quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Por que a direita bate Bumbo por Yoani?



Em artigo exclusivo para o 247, Breno Altman, diretor do Opera Mundi, argumenta que os protestos contra a cubana Yoani Sánchez foram uma manifestação democrática legítima; ele lembra que, em 2007, a claque organizada pelo ex-prefeito do Rio, Cesar Maia, para vaiar o ex-presidente Lula não gerou a mesma indignação; Altman diz ainda que, embora a direita tenha planejado a visita de Yoani como uma apoteose midiática, o episódio acabou demonstrando que a solidariedade em relação à Revolução de 1959 permanece viva na América Latina

Por Breno Altman

O direito de protestar faz parte da democracia. Essa garantia inclui apupos, gritos, gestos, cartazes e até o esculacho. Apenas exclui o exercício da violência direta, monopólio do Estado em seu papel regulador das relações sociais. Não se pode classificar, como modalidades aprioristicamente antidemocráticas, por exemplo, piquetes grevistas, ocupações de terra e bloqueios de estrada. Muito menos o recurso à vaia.

O sistema democrático, afinal, não tem como finalidade tornar a política o reino dos eunucos, mas normatizar o conflito de classes, partidos e grupos a partir de regras válidas para todos e resguardadas pelas instituições pertinentes.

Protegido por esse princípio, o então prefeito do Rio de Janeiro, César Maia, organizou uma claque para vaiar o presidente Lula na abertura dos Jogos Panamericanos de 2007 e impedi-lo de discursar. A esquerda aceitou o fato como natural e tratou de mobilizar suas forças para, na garganta, neutralizar as cornetas conservadoras.

Na semana passada, quando a blogueira Yoani Sanchez chegou ao Brasil, diversas entidades e agrupamentos progressistas resolveram botar a boca no trombone, por considerarem insultante a visita de uma dissidente incensada e financiada pelos Estados Unidos, no eterno propósito de combater a revolução cubana.

Esses movimentos tomaram várias iniciativas para demonstrar que, a seu juízo, Yoani era persona non grata. As medidas tomadas, em alguns momentos, até passaram do ponto, caindo em provocações e deslizando para o exagero. Os ativistas eventualmente cometeram erros políticos, correndo o risco da antipatia do senso comum. Agiram, contudo, sob amparo da mesma Constituição que avalizou os protestos do Maracanã.

Inúmeros oráculos da direita reagiram com fúria descontrolada. Cerraram fileiras e acusaram os manifestantes de atentarem contra a democracia, sem pudores de expor sua dupla moral. Boa parte dos que supostamente se horrorizaram com as vaias contra a escriba, vale lembrar, vibrou com a armação de Maia e se dedica a estimular qualquer ação de repúdio, verbal ou física, aos petistas acusados no processo do chamado “mensalão”.

Essa indignação pretensamente democrática dos setores conservadores exala o odor de sua contumaz hipocrisia. Claro, muitos cidadãos torceram honestamente o nariz, à direita e à esquerda, pois está sedimentado, em nossa cultura política, que o confronto é uma aberração da natureza. Mas a vanguarda reacionária está preocupada com qualquer outra coisa que não os bons modos.

A direita imaginou que o road show de Yoani Sanchez seria a apoteose midiática de uma nova voz contra o governo cubano. Acreditou que teria conforto para revalidar seu ponto de vista sobre o regime fundado em 1959, dando-lhe ares de unanimidade, em um momento no qual as atenções se concentravam na eleição de Raul Castro para novo mandato presidencial e no aprofundamento das reformas do sistema socialista.

Essa aposta, além de subserviência ideológica aos Estados Unidos, voltava-se também para desgastar um aspecto importante da política internacional brasileira, qual seja, o apoio à economia cubana e à integração plena do país no bloco latino-americano. Não é à toa que os valetes da blogueira foram alguns ases da oposição mais iracunda, aos quais se somou o inefável senador Eduardo Suplicy.

Qual não foi a surpresa dessa gente, porém, quando reparou que não haveria pacto de silêncio e a empreitada estava sendo enfrentada por onde passasse sua heroína. O governo não saiu um milímetro de seu papel institucional, a favor ou contra a blogueira, mas uma fatia da esquerda resolveu dizer publicamente o que pensava, em alto e bom som.

Bastou para os organizadores da visita reduzirem o número de eventos e Yoani cancelar sua ida para a Argentina, arremetendo diretamente para a República Checa. Temia-se que, em Buenos Aires, a recepção fosse ainda mais calorosa e massiva. O próprio Wall Street Journal, santuário do pensamento conservador, registrou que a presença da dissidente havia sido um tiro pela culatra e ressuscitado a solidariedade com a revolução cubana.

A mesma lucidez faltou a seus pares brasileiros. Como é de praxe, a imprensa tradicional recorreu à pena de articulistas que, com passado na esquerda, atualmente cumprem expediente como banda de música da direita. Outrora essa posição foi preenchida pelo talento político e literário de Carlos Lacerda, até de Paulo Francis. Infelizmente seus herdeiros têm poucas luzes e pálidos dotes narrativos, déficit que parecem compensar com um rancor irracional contra seu lado de origem.

E o ódio costuma ser, como se sabe, parteiro de ideias delirantes. Os manifestantes chegaram a ser comparados com os camisas-negras de Mussolini e as tropas de choque nazistas, enquanto Yoani Sanchez foi citada como equivalente cubana do sul-africano Nelson Mandela. São afirmações reveladoras de que não há limites para o reacionarismo quando as ruas ousam desafiar seu modo de ver o mundo.

Breno Altman é jornalista e diretor editorial do site Opera Mundi e da revista Samuel.

FONTE: UJS Nacional

14º Coneb da UNE: O jovem que a TV esconde



Uma cobertura ao vivo no campus da Universidade Federal de Pernambuco poderia render ótimas histórias. Cerca de quatro mil jovens estavam lá para o encontro do Conselho Nacional de Entidades de Base da UNE. Mas presentes estavam só as tevês públicas. As emissoras privada não se interessam por esses jovens.

Cerca de quatro mil jovens circulam pelo campus da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) na manhã de um belo sábado de verão. Festival de risos, músicas, mochilas e colchonetes.

Estão ali para participar do 14º Coneb, o Conselho Nacional de Entidades de Base da União Nacional de Estudantes (UNE). Havia gente que levou dois ou três dias para chegar ao Recife, como os que saíram do interior do Amapá, usando barcos e ônibus como meios de transporte.

Durante três dias vão discutir os rumos da educação brasileira e, de quebra, a luta pela democratização da mídia. Nada mais pertinente e necessário. O próprio encontro é o melhor exemplo dessa necessidade, praticamente ignorado pelos grandes meios de comunicação.

O número de participantes, os convidados presentes (autoridades públicas e especialistas) e os temas em discussão justificam a inclusão do encontro em qualquer cobertura jornalística séria. Não foi o que ocorreu. Abro dois grandes jornais de Pernambuco no domingo e nada. Nos do Rio e São Paulo nem sombra do encontro.

Televisões presentes só as públicas: a TV Brasil e a TV Pernambuco. Fato que ressalta a importância desses veículos na luta contra o bloqueio imposto pelos meios privados aos movimentos sociais, como o estudantil.

Uma cobertura ao vivo no campus da UFPE poderia render ótimas histórias. Além do conteúdo dos debates, as vivências, os sonhos e as esperanças daqueles estudantes com diferentes sotaques brasileiros mostrariam ao telespectador um jovem comprometido com seu País, bem diferente dos que aparecem todos os dias em Malhação ou similares.

Coincidindo com o evento da UNE foi oficialmente implantada a Empresa Pernambuco de Comunicação, gestora da TV pública local. Vinculada ao governo do Estado mas gerida por um Conselho autônomo que segue em linhas gerais os padrões de gestão adotados pela Empresa Brasil de Comunicação. São tentativas promissoras de tornar esses veículos mais públicos e menos estatais.

No caso de Pernambuco o processo levou mais de três anos, num debate aberto com ampla participação da sociedade. A TV já existia mas estava sucateada. Foi criada em 1984, tendo tornado-se durante os governos pós-ditadura de Miguel Arraes (1987-1990 e 1995-1999) um importante veículo de informação e entretenimento. Abandonada na gestão Jarbas Vasconcelos (1999-2006), tem agora possibilidades de se reerguer.

São passos importantes mas ainda preliminares para a constituição de um serviço público de rádio e televisão no país capaz de competir com a mídia comercial. Um dos obstáculos mais sérios, além de uma destinação constante e consistente de recursos, está na forma do telespectador sintonizar essas emissoras.

O espectro eletromagnético por onde trafegam as ondas de rádio e TV foi praticamente privatizado. Pernambuco é um bom exemplo: no Recife a TV Pernambuco pode ser assistida no canal 46 (UHF). Até o governo Jarbas era possível ver a TV estatal em VHF, no canal 9, ao lado das grandes redes comerciais. Mas a concessão foi perdida e ocupada, rapidamente, pela Bandeirantes.

Fato que se repete em outros Estados. Com a digitalização prevista para os próximos anos o problema pode ser minimizado mas não resolvido. As grandes redes comerciais continuarão a ser sintonizadas nos tradicionais canais de números baixos (hoje vão do 2 ao 13) restando os mais longínquos para as redes públicas.

Para que o telespectador possa comparar os programas e escolher os que lhe interessam é fundamental que públicas e privadas estejam lado a lado, com um “zap” apenas entre elas . E que as públicas sejam várias, dando conta da grandeza territorial do Pais e de sua diversidade cultural. Não são tantas as emissoras comerciais mostrando praticamente a mesma coisa? Então deveremos ter muitas públicas mostrando as nossas múltiplas realidades.

Só assim será possível cobrir ao vivo, com competência e detalhamento, um evento como o da UNE realizado no Recife. Dessa forma, o estereótipo do jovem consumista e alienado será, no mínimo, relativizado.

Por: Laurindo Lalo Leal Filho, sociólogo e jornalista, é professor de Jornalismo da ECA-USP. É autor, entre outros, de “A TV sob controle – A resposta da sociedade ao poder da televisão”

FONTE: UJS Nacional

Ditadura violou direitos de 50 mil pessoas, diz Comissão da Verdade



Os levantamentos feitos pela Comissão Nacional da Verdade (CNV) estimam que 50 mil pessoas foram, de alguma forma, afetadas e tiveram direitos violados pela repressão durante a ditadura militar. O número inclui presos, exilados, torturados, mas também familiares que perderam algum parente nas ações durante o período de 1964 a 1985, além de pessoas que sofreram algum tipo de perseguição.

A CNV reuniu na segunda-feira 25 representantes de comissões estaduais e de várias instituições para apresentar um balanço dos trabalhos feitos e assinar termos de cooperação com quatro organizações.

A CNV assinou termos de cooperação com a Associação Nacional de História (Anpuh), com o Conselho Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Direito (Conpedi), com a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e com o Sindicato dos Petroleiros do Rio de Janeiro. “Estamos compartilhando nossa metodologia, nossa estratégia com uma ampla gama de comissões da verdade já criadas, algumas em criação e outros grupos que estão em processo de criação de suas comissões”, disse o coordenador da CNV, Paulo Sérgio Pinheiro.

Pinheiro disse que os convênios assinados firmam parcerias de colaboração e troca de informações. “São acordos de cooperação e basicamente põem à serviço dessas instituições nossas competências, como por exemplo, o acesso aos arquivos e eventuais convocações para depoimentos,” disse.

Recentemente, a Comissão Nacional da Verdade recebeu da Petrobras mais de 400 rolos de microfilmes, além de microfichas e documentos textuais. O material, de acordo com a CNV, ajudará a entender como o regime militar monitorava os trabalhadores da empresa.

O coordenador da CNV estima que até o momento a comissão examinou “por baixo” cerca de 30 milhões de páginas de documentos e que fez centenas de entrevistas. Pinheiro disse que, em função do volume de informações, a CNV deve continuar pesquisando até o final de 2013, quando a comissão deverá ter o esqueleto do relatório final em mãos. “O relatório tem que estar nas mãos da presidenta da República até dia 16 de maio. Em princípio, acordamos entre

Fonte: Agência Brasil

Nota das Juventudes: Pelo direito democrático de se manifestar

Os movimentos sociais de juventude vem a público defender o inalienável direito de manifestação, como assegura o artigo 220 da constituição brasileira.

A juventude tem consciência do seu papel e foi às ruas denunciar o circo armado pela direita brasileira, para transformar uma blogueira, apoiada pelos EUA, em mártir da democracia.

Fomos às ruas por que no Brasil o monopólio da mídia, consequência do apoio de alguns veículos de comunicação à ditadura militar, criminaliza os movimentos sociais e a juventude. Por isso não aceitaram nossos protestos, esta é a maior prova da face reacionária e antidemocrática de YS e da mídia brasileira.

Moção do PCdoB em apoio à UJS

Mais uma vez temos a certeza que estamos do lado certo da história. Depois de diversas tentativas fracassadas do imperialismo americano em golpear a soberania do povo cubano, a partir de uma máfia organizada em Miami, tentam agora, com YS, um novo golpe contra revolução Cubana. A embalagem pode ser diferente, mas, o conteúdo é sempre o mesmo, subjugar o bravo povo cubano aos interesses do grande capital.

Continuaremos defendendo a autodeterminação dos povos, lutando, sempre de maneira democrática, pois, somos os filhos e filhas dos lutadores sociais que derrotaram a ditadura militar, lutadores que a grande imprensa ajudou a perseguir.

Utilizamos nosso direito constitucional de manifestação para denunciar a falsa defensora dos direitos humanos. Como pode YS não declarar nenhum repúdio a prisão, nos EUA, dos cinco heróis cubanos? Como ser defensora dos direitos humanos indo ao congresso nacional com apoio do deputado Jair Bolsonaro, um defensor aberto das práticas de tortura, da homofobia e do machismo. Como pode a blogueira e a mídia falar em democracia se não respeitam o direito de manifestação exercido pela juventude brasileira? YS nos acusou de terroristas por realizar manifestações – com caneta e papel – por onde ela passou, denunciando suas mentiras. É esta sua concepção de democracia, que criminaliza as vozes que discordam de sua opinião?
Para a tristeza de setores fascistas da imprensa, vamos continuar a exercer nosso direito de protestar, direito conquistado nas ruas, com muito sangue e luta do povo brasileiro.

Assinam este documento: ABGLT, ANPG; APEOESP; Associação Cultural B; Centro de Estudos Barão de Itararé; CONAM, CONEM, Consulta Popular; ECOSURFI; Enegrecer; FEAB; Federação Paulista de Skate; Fora do Eixo; Juventude da CTB; Juventude da CUT; Juventude do PSB; Juventude do PT; Juventude Pátria Livre; Levante Popular da Juventude; Marcha Mundial das Mulheres; MST; Nação Hip Hop Brasil; Pastoral da Juventude, PJMP; REJU; REJUMA; UBES; UBM, UJS; UNE; UPES, Via Campesina.

São Paulo 23 de fevereiro de 2013FONTE: UJS Nacional

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Nota de esclarecimento sobre a visita de Yoani Sánchez ao Brasil


Considerando as notícias falsas veiculadas acerca das manifestações provocadas pela vinda da blogueira Yoani Sánchez ao Brasil, a UJS (União da Juventude Socialista) vem a público esclarecer que:

a) A UJS defende a livre manifestação de ideias. Justamente por isso, para que todas as visões sejam apresentadas, é que participamos das manifestações relativas à visita da blogueira cubana ao nosso país.

b) Não houve qualquer tipo de agressão contra Yoani Sánchez em nenhum dos atos dos quais participamos. Não houve mais do que manifestações pacíficas com o único objetivo de romper o cerco imposto pela mídia monopolista.

c) A manifestação de Feira de Santana não impediu a exibição do filme nem cerceou de qualquer modo o direito de Yoani se pronunciar. A UJS organizou uma manifestação democrática no local, Yoani chegou bastante atrasada e, ao entrar foi recebida apenas com palavras de ordem de protesto, nenhuma agressão verbal, muito menos física. Os responsáveis pelo evento permitiram nosso pronunciamento e, que entregássemos o nosso manifesto contra o bloqueio econômico à Cuba, que por óbvio, a falsa defensora dos direitos humanos se recusou a assinar. Em seguida, os militantes da UJS sentaram-se para assistir o documentário. Entretanto, com o argumento do “atraso nos horários”, os responsáveis pelo evento anunciaram o cancelamento do ato.

d) Defendemos a mais ampla liberdade de opinião. E, em nossa opinião, Yoani é um instrumento financiado pelo imperialismo norte-americano e europeu com objetivo de desestabilizar a heroica resistência do povo cubano. Infelizmente no nosso país meia dúzia de famílias monopolizam os principais meios de comunicação e querem que apenas a versão anti-cubana prevaleça. Nós não permitiremos que isso aconteça. Enquanto não houver uma lei de meios no Brasil, que permita que todas as vozes sejam ouvidas, protestos pacíficos como os que aconteceram serão necessários.

e) Os atos, portanto, vão continuar. Fazemos um chamado a todos os simpatizantes da revolução cubana para que juntos continuemos a dizer em alto e bom som: Abaixo o Imperialismo! Viva Cuba e a Revolução!
São Paulo, 19 de fevereiro de 2013
 
+ informações: www.ujs.org.br 


UJS protesta na chegada de #YoaniMercenaria

 
Na manhã de ontem (18/02), militantes da União da Juventude Socialista organizaram uma manifestação no Aeroporto Internacional Deputado Luís Eduardo Magalhães, em Salvador, em protesto a presença da blogueira cubana Yoani Sanches, que desembarcou por volta das 8h50.

Com cartazes e faixas que se podia ler: “Blogueira Mercenária, Yoani Sanchez é financiada pela CIA”, “Mídia golpista é o apoio da blogueira traíra”, “personalidade falsificada, fabricada pelos Estados Unidos e seus aliados”, “Abaixo o bloqueio dos EUA a Cuba. Yoani Sánchez é persona non grata na Bahia” os militantes expressaram a indignação com a presença da cubana no Brasil.

Ao tomar conhecimento do ato que os socialistas estavam realizando, a blogueira desembarcou por uma saída lateral do aeroporto, para assim, evitar confrontá-los, e seguiu de carro para Feira de Santana, onde participará de eventos, entre eles, o lançamento do documentário “Conexão Cuba-Honduras”, do cineasta Dado Galvão, e no qual a blogueira é uma das protagonistas.

No documentário, assim como faz no seu blog, nos artigos e discursos que realiza, Yoani levanta queixas, críticas e denúncias ao governo de Fidel e Raul Castro, em Cuba. Essa postura anti-catrista é que fez as mídias darem notoriedade a ela, e consagrá-la como uma grande defensora da liberdade de expressão.

Contudo, os cartazes dos militantes da UJS apontam para a falsa imagem que Yoani conseguiu construir com a ajuda dos meios de comunicação. Alegando ter dificuldades financeiras, na verdade ela recebe US$ 6 mil por ser diretora regional da Associação Interamericana de Prensa (SIP), US$ 6 mil do jornal El Pais (no qual é correspondente), suas premiações pela defesa da “liberdade de expressão” já lhe renderam uma arrecadação de 250 mil euros e recebe salário por ser representante do “escritório de interesses” dos EUA em Havana.

#YoaniMercenaria nas redes

Além desse ato, os militantes da UJS também se expressarão nas redes sociais, usando a tag#YoaniMercenaria para fazer com que os brasileiros também passem a ter conhecimento sobre a verdadeira identidade da blogueira, tão cultuada pela mídia brasileira, além de fortalecer a solidariedade com Cuba e osirmãos Castro.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

O jogo sujo neoliberal na campanha contra a Petrobras

Há uma pergunta que não é feita, na recente onda de avaliações negativistas sobre o desempenho da Petrobras em 2012: qual é o papel de uma empresa estatal de infraestrutura do porte petroleira brasileira?
O alarmismo dos jornalões conservadores, dos comentaristas “econômicos” ligados à especulação financeira e dos consultores de investimentos descreve em cenário quase falimentar para a Petrobras. Equiparam os lucros menores alcançados em 2012 a um prejuízo que não ocorreu. A realidade é inversa; embora tenha ficado 36% abaixo da expectativa, a Petrobras teve lucro de R$ 21,2 bilhões, o que não é pouco.
Em entrevista coletiva nesta terça-feira (5) a presidenta da estatal, Maria das Graças Foster, referiu-se aos problemas enfrentados em 2012 e que, em sua avaliação, persistirão neste primeiro semestre. O recuo nos lucros em 2012 resultou, disse, do “aumento da importação de derivados a preços mais elevados, pela desvalorização cambial, que impacta tanto nosso resultado financeiro como nossos custos operacionais, pelo aumento de despesas extraordinárias como a baixa de poços secos e pela produção de petróleo” que, embora dentro da meta “foi de 1.980 mil barris por dia no Brasil, 2% inferior à de 2011″. Em sua avaliação, a produção de 2013 ficará no mesmo patamar de 2012, mas vê perspectiva de crescimento com a entrada em operação, no segundo semestre, de seis novas plataformas de extração de petróleo.
As avaliações sobre a saúde financeira da Petrobras fazem parte de um jogo que envolve um conjunto contraditório de interesses financeiros, especulativos e mesmo ideológicos.
O foco dos jornalões e seus comentaristas tem sido a contenção, pelo governo, do preço da gasolina para impedir o crescimento da inflação no ano passado. Chamam isso de “interferências do governo na gestão da Petrobras”.
A queda no lucro em 2012 não pode ser negligenciada; ela gera um problema para os acionistas privados da Petrobrás; a União é dona de 50,26% das ações ordinárias, com direito a voto, tendo, portanto, o controle da empresa; acionistas privados são donos de 39,6% dessas ações e, ganham menos do que esperavam. A presença do capital privado é muito maior entre os acionistas preferenciais, que não têm direito a voto, mas são privilegiados na distribuição dos dividendos e na devolução do capital, quando for o caso. Eles são donos de 73% do total destas ações. A direção da Petrobras decidiu pagar dividendos de 47 centavos de real para cada ação ordinária, menos da metade do que vai pagar para as ações preferenciais (97 centavos).
Esta redução nos lucros dos acionistas explica parte do “problema” gerado pelo desempenho em 2012 – embora a Petrobras tenha tido um lucro líquido que supera os R$ 20 bilhões (correspondendo a 9% do de seu valor de mercado calculado pela Corretora Economatica), o ganho é bastante inferior ao esperado pelos investidores. Eles podem perder dinheiro se ficarem atemorizados pelo noticiário alarmista: compraram ações a um preço que correspondia a uma expectativa de lucro mais alta e, agora, são induzidos a vendê-las a preços mais baixos.
Há inclusive analistas que se referem a especulações que acompanham este movimento: existem aplicadores que torcem pela criação de um clima pessimista para induzir muita gente a vender suas ações, permitindo aos espertalhões comprá-las na baixa, para acumular a possibilidade de maiores lucros futuros.
Essa possiblidade é concreta devido aos reconhecidamente sólidos “fundamentos” da Petrobras que podem levar à recuperação no preço de suas ações em médio e longo prazos.
A Petrobras é uma empresa que não corre o risco de quebrar, muitos dizem. Ao contrário, a perspectiva promissora ancora-se no cenário de crescimento da Petrobras, cujo tamanho pode dobrar nos próximos anos.
Contra os pessimistas de plantão pode-se argumentar que a Petrobras vive dores de crescimento e, na verdade, se fortalece. Sua lucratividade da estatal vem crescendo; nos três últimos meses de 2012 teve lucro de R$ 7,7 bilhões, muito acima dos 5,22 bilhões esperados pelos analistas, e 53% mais alto do que o registrado no mesmo período em 2011. Quase 80% do lucro no final de 2012 (6,12 bilhões) foi operacional, muito acima do lucro financeiro (1,6 bilhões).
Contrapondo-se às análises catastrofistas, é preciso registrar – ao lado da queda de 36,3% no lucro líquido de 2012 – os resultados positivos do ano. A receita líquida foi de R$ 281,3 bilhões, 15% maior do que a de 2011, que ficou em R$ 244,1 bilhões. O valor alcançado em 2012 não é negligenciável e pode relativizar outro problema real, o salto de 43% na dívida líquida, que chegou a R$ 147,817 bilhões (que corresponde a pouco mais da metade da receita líquida alcançada no ano), e que a presidenta da Petrobras prevê que vai continuar crescendo em 2013, pois a estatal precisa garantir os investimentos programados para 2013, na altura de R$ 97,7 bilhões.
Outro ponto positivo foi o cumprimento da meta de produção para 0 ano de 2012, de 1,98 milhão de barris por dia de óleo e gás natural.
O caráter ideológico da campanha contra a Petrobras foi registrado com clareza num editorial onde o jornal O Globo defendeu os sócios privados da estatal. A grande parcela de acionistas privados da empresa reforça suas obrigações com o “mercado”, disse o diário da família Marinho. “Não fosse assim, seu capital deveria ser fechado, para que pudesse prestar contas somente à União”, criticou.
Este é o ponto e ajuda a responder à pergunta formulada no início destas reflexões. O papel de uma empresa controlada majoritariamente pelo governo é remunerar o capital privado investido em suas ações ou ser instrumento de política econômica?
Para o dogma neoliberal impõe o respeito sacrossanto aos interesses do capital – é a ele que a empresa deve prestar contas, e não à sociedade através de seu instrumento, o governo. São os interesses privatistas que devem prevalecer, pensam.
Na série de governos inaugurada por Luiz Inácio Lula da Silva em 2003, o pensamento que prevalece é outro. O governo e o Estado têm um papel essencial no fomento e apoio ao desenvolvimento e, nesse sentido, devem intervir na economia. E empresas do porte da Petrobras são ferramentas insubstituíveis para isso. É necessário que as empresas do governo, ou controladas por ele, intervenham na formação dos preços, no aumento da oferta de bens e de crédito, na redução dos juros, na criação das condições para o crescimento econômico e o desenvolvimento. E legítimo, e necessário, usar uma empresa como a Petrobras para segurar o preço dos combustíveis e conter a inflação!
O noticiário alarmista não passa de uma campanha para, enfraquecendo a Petrobras, atingir também o governo da presidenta Dilma Rousseff, acusou o deputado federal Fernando Ferro (PT-PE). Trata-se de “uma crítica desonesta, um mau jornalismo, que não ajuda a democracia e muito menos o povo brasileiro”.
 
Fonte: Vermelho

sábado, 9 de fevereiro de 2013

NOTA DE REPÚDIO A RESTRIÇÃO DE UM CARNAVAL POPULAR

Foto de Show no Palco Solstício durante o Solstício do Som
Inverno 2012, que acontece tranquilamente durante o ano.

Não existe festa mais democrática do que o Carnaval, é gente na rua, nos blocos, nas avenidas, nos clubes é gente esbanjando alegria. Esse ano não teremos nosso Carnaval no Centro de Petrópolis o que já é de conhecimento de todos, nessas condições o carnaval da cidade será mais do que nunca um carnaval feito pelo povo, com eventos nos bairros e até mais populares do que os anteriores.

 
A Tribo de Gonzaga que é um dos principais grupos artísticos da cidade, por iniciativa própria está organizando o "Carnaval da Liberdade" na Praça da Liberdade que somaria com os eventos organizados pela população esse ano. Para nossa surpresa o evento foi impedido de forma ditatorial com direito a policia fortemente armada para intimidar os músicos que na nossa opinião não representam ameaça alguma para essa cidade, essa foi a atitude tomada pela Prefeitura de Petrópolis, sem explicações. O que era o Carnaval da Liberdade se tornou o Carnaval da Repressão! :(

A cultura teve e tem papel importante na história desse País, foi instrumento de luta contra  repressão popular nos anos ditatoriais, e conduziu por anos os gritos de liberdade daqueles que lutaram por uma nação livre e democrática.

Nós da União da Juventude Socialista que compreendemos a carência de atividades culturais em nossa cidade repudiamos a atitude da Prefeitura de Petrópolis, do Prefeito Rubens Bomtempo, do Secretário de Fazenda e do Presidente da Fundação de Cultura e Turismo que desrespeita princípios básicos de nossa constituição, que tiram do povo a liberdade de se manifestar culturalmente e impede o livre acesso a cultura de nossa população.

Senhor Prefeito, “Quem não gosta de Samba bom sujeito não é...”!

 

Coletivo de Cultura da UJS Petrópolis

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

DOCUMENTO BASE DO 2° ENG DESTACA LUTA POR PASSE LIVRE, ENSINO TÉCNICO E REFORMA EDUCACIONAL NO ENSINO MÉDIO



1. Contexto das lutas

Vivemos, no último período, em um Brasil de grandes transformações. No cenário socioeconômico, a descoberta de reservas de petróleo da camada pré-sal, a retomada da indústria naval, os programas de distribuição de renda e geração de emprego, possibilitaram ascensão econômica e a retirada de mais de 27 milhões de brasileiros da condição de extrema pobreza.

A criação de 214 novas escolas técnicas proporcionando a formação e qualificação ainda insuficiente de 1,1 milhões de estudantes, o que significou um aumento de 110% das vagas na educação técnica, a criação de 3 mil vagas no ensino superior por meio do Reuni e do Prouni, o aumento de investimento do PIB em educação, a aprovação das cotas sociais e raciais, a perspectiva do investimento de 10% do PIB em educação e da lei da meia-entrada nos dão uma nova realidade para o enfrentamento dos desafios postos à educação brasileira e as transformações sociais no Brasil.

Apesar dos recentes progressos na educação, enfrentamos problemas inadmissíveis para uma potência econômica mundial em meio ao século XXI: são 14 milhões de analfabetos, apenas 18% das crianças de 0-3 anos conseguem ter acesso à creche e 18% ainda não têm acesso ao ensino infantil (essencial para formação, socialização e construção do aprendizado). O ensino médio tem uma evasão de 10,3% e convivemos com um déficit de 300 mil professores, em especial nas áreas de ciências exatas e biológicas. Pouco mais de 40% das escolas de ensino fundamental/médio tem bibliotecas e de um total de 194 mil escolas, apenas 80 mil tem laboratórios de informática. Isso sem falar do descaso com a saúde, previdência, reforma agrária e outras áreas que atingem diretamente os trabalhadores e seus filhos.

Para revertermos o quadro atual da educação básica é necessária uma profunda reforma educacional que rompa os laços da educação com o perfil tecnocrata, que nunca cumpriu o papel de servir aos interesses nacionais. Encontramos ainda uma educação que não se encaixa no mundo em que vivemos. As novas tecnologias não são aplicadas na sala de aula, o estudante vive no século XXI, mas ainda é formado numa escola arcaica, não o ensinando a aprender, apenas a decorar e tratando a educação como um negócio.

Para nossa educação cumprir seu papel para o desenvolvimento do país, o problema central a ser vencido é dar o fim a aprovação automática que está implementada oficialmente em vários estados brasileiros, mas na prática já hegemoniza o ensino médio, precisamos acabar com isso, a escola que queremos precisa ensinar os estudantes, e para isso nossas escolas precisam exercitar com provas.

E essa escola atrasada se dá não apenas pela falta de tecnologia, mas por uma concepção que não vincula educação com desenvolvimento nacional, vivemos num país que importa mão de obra, por não formar devidamente sua juventude. Sem educação o desenvolvimento não é pleno, o Brasil para saltar de patamar deve investir na formação cidadã e profissional dos estudantes.

Estão dados muitos dos desafios do movimento estudantil secundarista e a UBES deve estar preparada para vencê-los. Mudar a cara da educação e construir uma nova escola perpassa fundamentalmente por uma UBES mais forte, ainda mais de massas e com maior poder de intervenção institucional.

2. O ensino médio: A luta das UBES pelo avanço da educação!

O ensino médio cumpre um papel essencialmente de formação de mão de obra barata. Sem capacidade de formar cidadãos, nem para o mundo do trabalho, nem para a universidade e, com métodos que não foram alterados há décadas, o mesmo necessita de uma reformulação no seu currículo.

Uma das principais dificuldades da educação pública brasileira são os problemas estruturais das escolas que vão desde a falta de equipamentos qualificados como quadras cobertas, laboratórios, salas climatizadas, bibliotecas e outras estruturas básicas para a educação de qualidade; até o total abandono de salas de aula que alagam, quadras esburacadas e prédios totalmente depredados. Para formar as próximas gerações com qualidade precisamos superar essas deficiências tendo escolas bem equipadas, adaptadas aos nossos tempos e que se utilizam da tecnologia para apoiar o potencial de aprendizagem dos estudantes, colocando fim à sina de educar a nossa juventude com cuspe e giz.

Outro aspecto que precariza a educação é o déficit de quase 300 mil professores no Brasil, o principal fator é a desvalorização desses profissionais, mal remunerados com 9 estados abaixo do piso nacional estabelecido, com planos de carreira pouco atraentes e com pouca possibilidade de formação continuada. Nessas condições a sala de aula vira um campo de batalha, onde estudantes e professores estão em trincheiras diferentes. Enxergando um no outro sua frustração. O professor, mal pago, trabalha em mais de um turno, não tendo tempo de formular sua aula, e o estudante tem a sensação de que o que o professor ensina é pouco aplicável na sua vida.

Um fator crucial para a aprendizagem do estudante é seu estudo ser custeado, pois a falta de recursos e o principal fator para os altíssimos índices de evasão escolar. Dentre os fatores que elevam o custo, o transporte encontra-se em destaque. A falta de políticas de passe estudantil deixa os estudantes 5, 6 reais distantes de sua escola todos os dias. Sem contar com o material escolar, taxas de prova e alimentação que podem fazer um dia de estudante custar uma fortuna. Por isso, precisamos de uma nova política de assistência estudantil. A União Brasileira dos Estudantes Secundaristas luta em toda sua história para desonerar os estudantes possibilitando o amplo acesso a educação a todos.

Para enfrentar os desafios da escola a participação é fundamental para uma educação de qualidade, e infelizmente não é a nossa realidade. Diretores de escola são indicados, planos políticos pedagógicos não são debatidos com a comunidade escolar em um processo que torna a escola um objeto de poucos, gerando currículos, calendários e atividades pouco atraentes para os estudantes que quase nunca se sentem representados pela direção da escola que, por sua vez, toma todas as decisões apoderando-se da escola. Por isso lutamos pelas eleições diretas e paritárias para diretor.

Sendo assim a bandeira máxima de todo movimento educacional por décadas no Brasil é o financiamento da educação, pois é elemento primordial de qual quer mudança mais profunda na realidade do ensino oferecido no país. Essa luta de gerações é materializada na histórica bandeira que propõe a destinação de 10% do PIB (Produto Interno Bruto) para a educação pública, proposta pela primeira vez na década de noventa e de lá pra cá vem se reinventando, principalmente na fonte dos recursos como, por exemplo, 50% do fundo social do pré-sal pra educação e os 100% dos royalties do petróleo brasileiro. Recentemente foi vinculado pela presidenta da República, através de Medida Provisória, os recursos do petróleo à educação. O dinheiro contigenciado deve ser executado, foram passados para os bancos 274 bilhões de reais através de amortizações da dívida, um verdadeiro pré-sal por ano entregue aos bancos. Cabe agora a nossa geração garantir esses investimentos e mudar de uma vez por todas a cara e a alma da educação brasileira.

3. O ensino técnico avançou, mas precisamos de mais!

A qualidade da educação básica é hoje o grande desafio da nossa geração. O Brasil vive um momento de desenvolvimento, que nos aponta cada vez mais na direção do pleno emprego, passando a ocupar o posto de 7º economia do mundo. Diante dessa realidade, surge a urgente necessidade de formar profissionais qualificados para atuar no mundo do trabalho, que possam desenvolver cada vez mais o nosso país de forma soberana e sustentável. E se atualmente é pautada a expansão do ensino técnico, é fruto de muita luta da UBES, que em meio ao neoliberalismo na era FHC, que desvinculou o ensino técnico do ensino médio, determinou o corte de verbas e a criação de fundações para arrecadação e gerenciamento dos recursos para a educação, avançando mais um passo para a extinção do ensino técnico vinculado ao ensino médio, nossa entidade não descansou e foi para as ruas para barrar o desmonte da escola técnica.

Frutos dessas intensas lutas, nos últimos 10 anos mais de 214 escolas técnicas foram construídas e o investimento no ensino técnico teve um salto significativo, foi criada a nova lei de estágio, que ainda tem muito o que avançar, mas o principal desafio do ensino técnico não foi superado, ainda não temos a politécnica como base educacional; o Brasil importa força de trabalho especializada e ainda não conseguiu formular um sistema que casasse o ensino médio com o técnico; os cursos concomitantes não apresentam uma grade curricular que garanta a aprendizagem necessária para a formação técnica e cidadã.

Para responder ao desafio de se sanar o apagão de mão de obra, o governo traz como resposta o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e ao Emprego – PRONATEC que têm por meta beneficiar 3 milhões de brasileiros com a oferta de cursos técnicos e profissionalizantes. Defendemos que o PRONATEC priorize o investimento no ensino técnico, pois 92% das vagas são profissionalizantes assim como manicure, auxiliar de dentista, agenciamento de viagens e etc. O Brasil necessita para o seu desenvolvimento mais ensino técnico, precisamos que o ensino técnico chegue a 50% das vagas. O PRONATEC é constituído por diversas frentes de atuação sendo a primeira delas a ampliação do Ensino Técnico Profissionalizante, através dos Institutos Federais, mas, também prevendo a maioria dos seus recursos públicos para o chamado sistema ‘S’ ( Sesc, Sesi, Senac e Senai) gerido pela Confederação Nacional das Indústrias (CNI).

Um dos principais problemas é o não estabelecimento de uma contrapartida do sistema “S”, possibilitando assim, a dispensa de celebração de convênio, acordo, contrato ajuste ou instrumento ou similares para o pagamento das bolsas formação às instituições de ensino, permitindo assim que verbas públicas, FGTS, BNDES sejam repassadas a iniciativa privada sem que haja um controle efetivo. Esse programa forma insuficientemente profissionais para as áreas estratégicas do desenvolvimento de nosso país e valoriza pouco as vocações econômicas regionais. Por isso, defendemos que o PRONATEC priorize o investimento na escola pública, garanta a regulamentação do sistema “S”, priorize cursos nas áreas industriais, químicas e agrícolas e das áreas em desenvolvimento das diversas regiões do Brasil, além de oferecer também um programa de estágio remunerado.

Precisamos, portanto, ser a entidade precursora na construção do ensino técnico capaz de responder a realidade do nosso país e aos anseios da juventude. Com mais recursos para a educação, finalmente podemos alcançar a escola que pensa e tem estrutura para propiciar a formação cidadã e profissional casada com a cultura e com o esporte, extinguindo de uma vez por todas a lógica de formar apertadores de parafuso. A UBES deve intervir no PRONATEC, participando de suas comissões pelo Brasil a fora, denunciando a entrega do patrimônio público para a iniciativa privada, apontando seus erros. Buscamos um PRONATEC que invista apenas no setor público, oferte cursos onde a juventude possa tomar papel de destaque, garantindo a pesquisa, extensão, com estágio de qualidade e bem remunerado.

4. Passe estudantil já!

A mobilidade urbana é um dos maiores problemas dos estados e municípios do país, sua raiz vem de um projeto capitalista de cidade dividida entre pobres e ricos, que não serve aos interesses do povo brasileiro. A prova disso é que atualmente o maior gasto das famílias brasileiras é em transporte.

Quando falamos de passe livre temos no horizonte uma política que garanta não só a chegada do aluno à escola, mas também garanta sua mobilidade nos espaços de conhecimento, pesquisa, lazer e cultura em nosso país, pois a educação ultrapassa a sala de aula.

Para tal, devemos enfrentar uma batalha dura contra os donos das empresas de ônibus, e os governos que buscam favorecê-las, o grande entrave na garantia do passe livre. Pois defendemos que a verba para pagar o passe estudantil dos estudantes seja tirada do lucro dos empresários, com a perspectiva de se municipalizar a rede de transportes para o estado garantir e controlar de fato esse direito.

Devemos usar de toda a nossa irreverência do movimento secundarista, pulando catracas de todo o Brasil, para conquistar o passe estudantil irrestrito e sob o controle dos estudantes, barrar as tarifas abusivas dos transportes, além de exigirmos dos governos meios de transportes alternativos e sustentáveis.

Saudações Estudantis

UNIÃO BRASILEIRA DOS ESTUDANTES SECUNDARISTA – UBES

Fonte: UBES - ubescomunica.wordpress.com

14º Coneb: Conheça as propostas da UNE para a Reforma Universitária


O ano de 2013 terá importantes mobilizações do movimento estudantil e da juventude brasileira. A luta pela educação de qualidade, com a aprovação de mais investimentos para o setor e a reforma universitária, com amplas transformações no ensino superior e nas instituições públicas e privadas, deverão entrar na pauta.

A reforma universitária foi, inclusive, o principal tema em debate no 14 Conselho Nacional de Entidades de Base (CONEB) da UNE, realizado entre os dias 18 e 21 de janeiro na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), no Recife.

A entidade reuniu cerca de quatro mil representantes de DAs e CAs de todo o país para expor seus problemas, anseios, opiniões e propostas sobre a universidade brasileira, em um ciclo de debates com convidados, grupos de trabalho e, finalmente, a construção de um documento unificado com a proposta da UNE para a reforma do setor.

O texto foi aprovado na plenária final do CONEB e envolve tópicos essenciais como a assistência estudantil, a garantia da qualidade no processo de expansão da rede pública, a fiscalização e controle do sistema privado, evitando irregularidades e abusos.

Além disso, o conselho das entidades de base, aprovou resoluções nas áreas de conjuntura, movimento estudantil e algumas moções sobre temas diversos (Leia mais abaixo as outras resoluções e moções).

As definições do encontro indicarão a atuação da entidade no próximo mês de março, durante a Jornada de Lutas unificada da juventude brasileira, reunindo o movimento estudantil e diversos outros grupos pelas ruas das principais cidades do país.

> Leia aqui a proposta aprovada sobre Reforma Universitária

> Leia aqui a prposta aprovada sobre movimento estudantil

> Leia aqui a proposta aprovada sobre conjuntura

> Leia aqui as moções aprovadas na plenária final do 14 CONEB

Fonte: UNE

Fidel Castro reaparece e conversa sobre mudanças em Cuba e no mundo


Após um longo período sem aparições públicas, na tarde de ontem (03), o ex-presidente cubano Fidel Castro voltou a aparecer em público, em Havana.

A oportunidade ocorreu em Havana, onde Fidel foi ao colégio eleitoral para depositar seu voto, na eleição geral que vai eleger 612 deputados da Assembleia Nacional e mais de mil delegados das assembleias provinciais.

Após realizar o voto, Fidel permaneceu no local por mais de uma hora, conversando ali com amigos, admiradores e jornalistas. Tendo passado o poder ao irmão, Raul Castro, em 2006, Fidel tem-se mantido reservado em aparições públicas e demoradas.

Em 2010 foi a última vez que Fidel havia aparecido em público por mais tempo. Já em junho do ano passado, o líder havia escrito sua última coluna no espaço Reflexões de Fidel, no jornal cubano Granma, e desde então, permaneceu reservado em sua casa, onde recebe visitas esporádicas de amigos, como o do ex-presidente Lula, que esteve com ele na última semana, conversando sobre o equilíbrio do mundo.

Já na tarde de ontem, além de falar sobre a integração e união da América Latina, da economia nacional e internacional, Fidel também conversou sobre as reformas até mesmo na agricultura de Cuba, o embargo d0s Estados Unidos e falou sobre o presidente venezuelano Hugo Chávez, que desde dezembro está em Cuba, se recuperando de uma cirurgia realizada contra um câncer.

“Está muito melhor, recuperando-se. Tem sido uma luta forte, mas tem melhorado. Temos que curá-lo. Chávez é muito importante para seu país e para a América Latina”., disse Fidel sobre o amigo venezuelano.

Se tratando dos cubanos, Fidel ressaltou a valentia de seu povo, enfatizando a importância que a população tem na Revolução Cubana.

“Este é um povo valente. Não temos que provar isso. Cinquenta anos de bloqueio e não puderam nos derrotar. O povo é tudo, sem o povo não somos nada, sem o povo não haveria revolução”.
 
Fonte: UJS Nacional
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