terça-feira, 26 de março de 2013

Nota aos Militantes da UJS sobre a Manifestação contra a Dilma em Petrópolis


PORQUE NÃO PARTICIPAMOS DO PROTESTO CONTRA A PRESIDENTA DILMA!

Na noite de ontem (25/03) diversas autoridades participaram da Missa na Catedral pelas vítimas da chuva, sabendo disso foi organizado um protesto pelo Facebook afim de recepcioná-las. Compreendemos bem a liberdade de expressão que cada indivíduo tem e o direito de se manifestar e somos totalmente a favor de qualquer tipo de manifestação desde que seja propositiva, por isso resolvemos não participar dessa manifestação.
Para nós da UJS Petrópolis a manifestação desde que foi criada no Facebook não teve foco, objetivo ou se quer propostas para o que que quer seja, o evento passou por diversas mudanças no nome ("Protesto contra presidente Dilma e o Governador Sérgio Cabral", "Protesto contra a Presidente Dilma, o Governador Sérgio Cabral e o Prefeito Rubens Bomtempo" etc.) mostrando a falta de foco e a total indecisão do que fazer e incoerência dos criadores do evento. E se tem algo que nós da União da Juventude Socialista somos é propositivos e não somos capaz de apontar qualquer problema sem que apresentemos alternativas.
Além de tudo não é novidade alguma que a Presidenta viria não só para participar da Missa mais também para anunciar apoio às vítimas da chuva, por isso não vimos motivo algum para hostilizar quem está trazendo recursos para os desabrigados da chuva na cidade. Entendemos também que este não é o melhor momento para uma manifestação e que as famílias que foram atingidas pelo desastre merecem respeito, apesar de achar legítimo que os verdadeiros atingidos pelas chuvas devam sim se manifestar e indagar as autoridades diante o acontecido e cobrar providencias.
Nós da União da Juventude Socialista nos solidarizamos com as vítimas da chuva e estamos a disposição para ajudar a reconstruir nossa cidade e fazer dessa uma cidade melhor.

UJS Petrópolis

segunda-feira, 25 de março de 2013

PCdoB 91 anos: vice-presidente da UJS comenta a união da entidade com o partido


Apesar dos 91 anos, completados nesta segunda-feira (25/3), o Partido Comunista do Brasil é um partido novo. Novo porque, além de apresentar ideias novas para o país, tem em seu quadro uma vasta lista de nomes da nova juventude – consciente, atuante e disposta a levar a legenda para bem mais longe.

São jovens como Manuela Simões, vice-presidenta da UJS (União da Juventude Socialista) e diretora do Movimento Estudantil Universitário, que escolheu o PCdoB para militar. Filiada há 10 anos, ela comemora a nova fase de crescimento do partido e diz estar disposta a contribuir para o fortalecimento da luta maior: pelo socialismo. Confira a entrevista.

- Por que escolheu o PCdoB?

Comecei militando na UJS (União da Juventude Socialista), como todo quadro jovem do partido que começa sua militância. Ingressei quando era secundarista, tinha 17 anos de idade. Ao longo do tempo, a gente vai conhecendo as lutas e as ideias do partido e passa a conviver com as lutas diárias, as batalhas que o PCdoB vive na atualidade. Conhecemos também a história, o legado que o partido tem, a marca que deixa – é uma marca muito colada com a História do Brasil, [como por exemplo] a Guerrilha do Araguaia, a Ditadura Militar. Tudo isso me motivou para essa luta, uma luta de ideias, de um mundo mais justo, a entrar na fileira do partido, a ajudar a construir esse socialismo.

- Sobre esses episódios da História citados: Você tem contato, no partido, com pessoas que viveram na Ditadura Militar, que estiveram ligados à guerrilha. Como é a relação com esses nomes? E qual a sensação de estar ao lado delas?

É uma relação de referência. Eles são uma referência, são pessoas que viveram na época da Ditadura, batalharam para que o partido tivesse a face que tem hoje. A gente sabe que eles viveram em um momento que, falar sobre partidos políticos, poder ser de esquerda, era uma coisa muito difícil. Agora, a gente vive um momento muito bom, que vem desde o Governo Lula, até os dias atuais, mas eles se tornam uma referência.

Quando a UJS tem cursos de formação, a gente convida essas pessoas para elas poderem passar um pouco dessa experiência, o que foi a Ditadura Militar. É uma referência de luta, da batalha que eles viveram e de liderança, que a gente sabe que são poucas no país. Mas no PCdoB ainda temos essas lideranças, que trazem a marca do combate à Ditadura e da luta pela Redemocratização. Pra gente, é um privilégio ter essas referências, que ajudam a gente nas nossas batalhas e ajudam também, sabendo do passado, a lutar para o futuro do país.

- O PCdoB vive, e o próprio país também, um momento diferente. A tão buscada democracia foi conquistada e, agora, o partido deixa de ser oposição para estar ao lado de um novo projeto, iniciado por Lula. O que muda com essa nova realidade? Quais os novos desafios?

Claro que a gente vive em um momento diferenciado. A gente consegue ver, nitidamente, as mudanças no nosso país, a quantidade de pessoas que saíram da linha da pobreza, das pessoas que são beneficiadas pelo ingresso na universidade. O Governo Federal conseguiu abrir novas universidades e fazer uma reestruturação na outras universidades. No caso da Universidade Federal da Bahia (UFBA), a gente vê a universidade mudando, pela quantidade de pessoas que estão entrando, pela mudança de perfil. Isso ajuda a ter novos desafios. Muita coisa foi alcançada, mas muitas batalhas estão por vir. O partido fala um pouco sobre isso.

A reforma política é algo importante, está na ordem do dia. Sem uma reforma política, a gente não consegue mudar a estrutura que existe hoje no país. Isso é uma batalha importante e que a gente precisa combater. Na educação, também, porque a gente sabe que muita coisa avançou, mas ainda existem muitas lutas a serem travadas. Os 10% do PIB (Produto Interno Bruto) para a Educação é uma delas. Foi alcançada, mas ainda existe muita coisa a ser debatida. Os 50% do pré-sal para a Educação, que é o caso dos royalties, é uma batalha nossa, da juventude, que a gente vive no nosso dia-a-dia. Dilma [Housseff] sancionou, mas a gente sabe que para ele ser colocada em prática é preciso passar por algumas etapas.

A luta por mais verbas para a educação é nossa porque a gente sabe que é um setor estratégico, para que o nosso país se desenvolva, que consiga formar jovens, na perspectiva de mudança e desenvolvimento do país. São batalhas diferentes das da época da ditadura, do neoliberalismo de [Fernando] Collor, FHC [Fernando Henrique Cardoso], mas são batalhas que a gente precisa estar nas ruas, no nosso cotidiano, pautando, com a sociedade, para que elas sejam garantidas.

- O que você ainda quer ver do/no PCdoB?

A expectativa é de crescimento. O PCdoB teve a sua militância muito ceifada na época da Ditadura Militar, mas agora vive um processo de crescimento e é um dos que mais crescem, no país. Esse avanço é devido à política acertada que o partido tem, em relação às propostas que a gente tem, ao programa muito avançado que vem ajudar no desenvolvimento do país. Então, espero que o PCdoB continue crescendo, de uma forma qualificada, da forma que vem crescendo, com quadros novos, mas com consciência política e com a consciência de qual o papel que a gente tem. O que a gente espera para o PCdoB, também é o fortalecimento do partido e o crescimento dele nas bases sociais, nas bases que a gente atua. Que a gente consiga fazer que, com 100 anos, o partido seja mais forte, grande e que continue com as suas ideias e finalidades atuais, que são referentes à luta pelo socialismo.

Fonte: UJS Nacional

domingo, 24 de março de 2013

53º Congresso da UNE e Bloco Na Rua rumo à Goiânia


Entre os dias 29 de maio e 02 de junho, em Goiânia, acontecerá o maior fórum de deliberação do movimento estudantil: o 53º Congresso da UNE (União Nacional dos Estudantes).

A largada já foi dada desde o último dia 10, em votação da plenária do 61º Conselho Nacional das Entidades Gerais, o Coneg da UNE.

Congresso da UNE

O Congresso é realizado a cada dois anos, é nele que a nova presidência e diretoria da UNE é eleita, e são definidas também as frentes de atuação da entidade nos dois anos posteriores. A UNE já foi presidida por diversos importantes nomes da política brasileira, como José Serra, Aldo Arantes, Franklin Martins, Aldo Rebelo, Lindberg Farias e Orlando Silva. Estes três últimos também presidiram também a União da Juventude Socialista.

O evento é aberto a todos, contudo, apenas os delegados têm o poder de voto. Os delegados são estudantes que são eleitos em suas universidades para representar os demais alunos da instituição no Congresso.

Organização da eleição

O Congresso da UNE e o processo de eleição dos delegados competem à organização da Comissão Nacional de Eleição, Credenciamento e Organização (CNECO). Essa Comissão é composta por 44 membros, todos eleitos na plenária do 61º CONEG. As eleições dos delegados devem cumprir as regras dispostas no regimento (leia aqui o documento).

A eleição da UNE é realizada de forma congressual, semelhante ao que ocorre em outras entidades como OAB, CUT e CNBB. As chapas se organizam em teses que são apresentadas, discutidas e eleitas na plenária final do Congresso, no último dia do encontro. Nesse momento são votadas as propostas consensuais, divergentes e, por fim, os estudantes elegem o novo presidente e a composição da diretoria.

Essa é composta proporcionalmente na medida exata dos votos que cada chapa obteve na votação. Além dos delegados (estudantes eleitos nas universidades), podem participar do congresso observadores credenciados.

Movimento Bloco Na Rua

Durante o 14º Coneb (Conselho Nacional de Entidades de Base) da UNE, realizado em Recife, foi lançada a chapa Bloco na Rua, movimento que pretende eleger o maior número de delegados ao 53º Congresso da UNE e ocupar as ruas durante todo o processo de mobilização do Congresso, entre as pautas já definidas pela chapa, está a prioridade pela ampliação dos investimentos na educação (10% do PIB, 100% dos royalties e 50% do pré-sal) e a Reforma Universitária.

Como participar?

O processo de eleição dos delegados pode ser encaminhado por Diretórios Acadêmicos (DCE) ou por uma Comissão formada por dez estudantes. Os processos de eleições bem como as inscrições das Comissões terão início a partir do dia 18 de março de 2013.

A proporção de eleição de delegado é de um (regularmente matriculado na Instituição de Ensino Superior) para cada mil estudantes. Qualquer aluno devidamente inscrito junto à comissão responsável pela eleição pode se candidatar a delegado para representar sua universidade no Congresso da UNE.

Os 500 DCEs que participaram do CONEG e votaram as deliberações já estão regularizados para participar do processo eleitoral de delegados. Aqueles que ainda querem participar têm até o dia 17 de março (domingo), para enviar seus documentos (Ata de eleição e posse e Estatuto) para e-mail: 53congresso.une@gmail.com

Serviço

Oque? 53º Congresso da UNE (CONUNE)

Quando? 29 de maio a 02 de junho de 2013

Onde? Goiânia (GO)

Informações? ujspetropolis@hotmail.com

terça-feira, 19 de março de 2013

Mutirão de Arrecadação #SOS Petrópolis


A Roda do CDC vem através desse evento mobilizar toda a galera pra ajudar nas arrecadações para doar pros desabrigados das chuvas. Nossa ideia inicial era mobilizar a galera para ir em algum ponto de apoio fornecer ajuda, mas achamos melhor e mais viável montar o nosso próprio ponto de arrecadação, e depois levar as doações para os pontos de apoio nos bairros. Nesta quinta-feira (21/03) montaremos uma barraca na Praça D. Pedro para as arrecadações. Estaremos ali a partir das 11h da manhã até as 17h da tarde. Vamos mobilizar o máximo de pessoas que pudermos, e desde já necessitamos de voluntários para ajudar na organização das doações na barraca. Tenho certeza que a Família Roda do CDC está junto nessa.

Estaremos com esse ponto bem no centro da cidade, porque facilita ao cidadão que tem dificuldade para chegar nos pontos de apoio de cada bairro.

Alguns dos produtos que podem ser arrecadados
- Alimentos não perecíveis (lembrando que a galera não come só sal e açúcar hein)
-Materiais de higiene (papel higiênico, pasta de dente, sabonete etc)
- Roupas e calçados (em bom estado)
- Produtos de limpeza
- Roupas de cama (cobertor, lençol e toalhas de banho)


Veja o Evento no Facebook: www.facebook.com/events/497476443647677

Organização: Nação Hip Hop Petrópolis e UJS Petrópolis

segunda-feira, 18 de março de 2013

Chuva castiga mais uma vez a cidade de Petrópolis-RJ

Neste domingo (17/03/2013) a cidade de Petrópolis foi vitima de uma chuva muito forte que começou por volta do inicio da tarde e já se estende até o momento dessa segunda-feira (18/03/2013). O Prefeito Rubens Bomtempo decretou feriado escolar devido a dificuldade de locomoção da população. A Cidade está em estado de calamidade, os dados oficias da prefeitura são de 10 mortes, sendo 2 delas de homens da defesa civil, e mais de 50 pessoas desalojadas. O Centro histórico ficou completamente em baixo d'água e várias lojas foram invadidas pela água. Os bairros da cidade sofrem com muitos deslizamentos de terra e muitas sirenes de emergência ainda continuam tocando.

Segue abaixo os pontos de apoio:

Alto da Serra
Localidade: Morro da Oficina
Escola Municipal Vereador José Fernandes
Endereço: Rua Teresa, nº 1.781.

Escola Estadual Rui Barbosa
Endereço: Rua Alynthor Werneck, S/N.
Localidade: Vila Felipe, Chácara Flora e Dom João Braga
Escola Municipal Dr. Rubens de Castro Bomtempo
Endereço: Rua Permínio Schimidt, S/N.

Localidade: 24 de Maio
Escola Estadual Augusto Meshick
Endereço: Rua 24 de Maio, S/N.
Localidade: Rua Nova
Igreja Metodista Wesleyana
Endereço: Rua Antônio Soares Pinto, nº 390.

Localidade: Sargento Boening
Escola Municipal Ana Mohammad
Endereço: Estrada do Paraíso, nº 701.

Quitandinha
Localidade: Independência e Taquara
Escola Municipal do Alto Independência
Endereço: Rua Leonor Maia, nº 1.670.
Guarda Comunitária da Independência
Endereço: Rua Ângelo João Brand e/f 1.362.
Sede da Associação de Moradores da Independência
Endereço: Rua Ângelo João Brand, nº 6.
Igreja Matriz de São Jorge
Endereço: Rua Evaldo Braga nº 365
Igreja Universal do Reino de Deus
Endereço: Rua Ângelo João Brand nº 1.362.
Igreja do Evangelho Quadrangular
Endereço: Rua Glauce Rocha nº 521.

Localidade: Amazonas
Escola Municipal Stefan Zweig
Endereço: Rua Sergipe, nº 49.
Localidade: Duques
Escola Municipal Odette da Fonseca
Endereço: Estrada Rio Petrópolis, Km 85.

Localidade: Espírito Santo

Escola Municipal Marcelo Alencar
Endereço: Rua Araruama Lote, nº 69.

Localidade: Ceará
Igreja Assembléia de Deus
Endereço: Rua Ceará, S/N.

Localidade: Rio de Janeiro
Posto de Saúde Vila Saúde
Endereço: Rua Santa Catarina, nº 23 - Quadra 41.
Centro de Educação Infantil Chiquinha Rolla
Endereço: Rua Campos, S/N.

Localidade: São Sebastião
Escola Municipal Papa João Paulo II
Endereço: Rua São Sebastião, nº 625.

Localidade: Vital Brasil
Sede da Associação de Moradores São Sebastião
Endereço: Rua Álvaro Machado, nº 120.

Localidade: Siméria
Sede da Associação de Moradores São Sebastião
Endereço: Rua Álvaro Machado, nº 120.

Localidade: Dr. Thouzet
Igreja Santíssima Trindade
Endereço: Rua Lopes de Castro, nº 101.
Escola Paroquial Bom Jesus
Endereço: Rua Dr. Thouzet, nº 820.

Bingen
Localidade: João Xavier
Salão Paroquial São Paulo Apóstolo
Endereço: Rua João Xavier, nº 79

Veja imagens da tragédia:

 


quarta-feira, 13 de março de 2013

Manuela defende aprovação do Estatuto da Juventude no Senado

O projeto do Estatuto da Juventude, que chegou ao Senado em outubro de 2011, depois de aprovado na Câmara, foi tema de debate em audiência pública, nesta terça-feira (12) na Comissão de Assuntos Sociais (CAS). A reunião foi solicitada por Paulo Paim (PT-RS), relator do projeto e contou com a participação da líder do PCdoB na Câmara, deputada Manuela D’Ávila (RS).

Para Manuela, que foi relatora da matéria na Câmara, “o Estatuto é fruto de uma série de lutas que vem sendo feitas pelos movimentos sociais e pelo movimento estudantil. Nós lutamos para assegurar nossos direitos e não por concessões de governos. O Estatuto será a conquista de um direito efetivo para uma parcela da população que é a definidora do nosso futuro e do nosso projeto de país’’, ressaltou.

“Tive a honra de formular e sistematizar o texto, fui quase autora, porque não tínhamos um projeto bem formulado. Terminei a minha juventude – porque já não sou formalmente jovem – e ficarei muito feliz de ver esse projeto aprovado no Senado e tendo a certeza de que os nossos jovens terão esse direitos para sempre assegurados no nosso país”, finalizou a parlamentar.

Temas caros

O Estatuto da Juventude é uma declaração de direitos e deveres dos jovens, ou seja, um instrumento jurídico-político para promover os direitos da juventude. O texto foi aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, no dia 15 de fevereiro do ano passado. Agora, a matéria será apreciada pelas comissões de Assuntos Sociais; de Educação, Cultura e Esporte (CE) e pela de Direitos Humanos (CDH).

Entre os temas do Estatuto mais caros ao movimento estudantil está a definição da meia entrada. O texto e prevê que qualquer jovem entre 15 e 29 anos que estude ou faça parte do Bolsa Família terá esse direito em eventos públicos, inclusive partidas de futebol da Copa do Mundo de 2014 e competições dos Jogos Olímpicos de 2016.

A meia-entrada estudantil seria distribuída da seguinte forma: 40% dos ingressos para eventos financiados exclusivamente com recursos privados e 50% dos ingressos para eventos bancados com verbas públicas – tanto na área esportiva quanto na artística e cultural.

O debate reúne ainda o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), relator do projeto na CCJ do Senado; a secretária nacional de Juventude da Presidência da República, Severine Macedo; a vice-presidente do Conselho Nacional de Juventude, Rebeca Ribas, e da presidente da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), Manuela Braga, entre outros.

Fonte: Vermelho

61º Coneg da UNE chama juventude a colocar o “Bloco na Rua”

 
Entre os últimos dias 8 e 10 deste mês, em São Paulo, foi realizado o 61º Conselho Nacional de Entidades Gerais da Une, o CONEG.

Com a participação de diversos diretórios acadêmicos de todo o país, os estudantes discutiram sobre as propostas a serem aprovadas pelo movimento estudantil neste ano e realizaram também, a convocatória para o 53º Congresso da UNE, que tem à sua frente o movimento Bloco na Rua.
Nos dois primeiros dias do CONEG, as mesas de debates foram variadas em seus temas, que discutiam temas como a Reforma Universitária, Reforma Agrária, Política, a participação das mulheres na política, a democratização dos meios de comunicação, a violência contra a juventude, e claro, a principal bandeira do movimento, a ampliação dos investimentos para Educação, que compreende os 10% do PIB, os 100% dos royalties e os 50% do fundo social do pré-sal

“Essa juventude ocupou o Congresso Nacional, com mais de 800 estudantes para pedir os 10% do PIB na Educação. Agora temos que aproveitar este momento para criar mobilizações e cobrar os 100% dos royalties, pois temos noção do que isso representa no futuro da nossa educação, por isso, mais do que nunca, vamos colocar nosso Bloco na Rua!.”, ressaltou Renan Alencar, diretor da UNE.

Já no domingo (10), terceiro e último dia do Coneg, as atenções se voltaram para a unificação dos movimentos sociais em realizar mobilizações para alcançar os 100% dos royalties para a educação. Movimentos como a CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), a CUT (Central Única dos Trabalhadores), o MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra) e Marcha Mundial de Mulheres, afirmaram aos estudantes que estarão em parceria com a UNE, para ocupar as ruas novamente e pressionar o governo.

Em suas palavras iniciais, todos representantes usaram suas falas para relembrar a morte, a vida e o legado do presidente venezuelano Hugo Chávez, falecido no último dia 05.

“A notícia da morte de Chávez coincidiu com o dia em que realizamos a Marcha das Sindicais, em Brasília. Mas a morte dele não nos amoleceu, pelo contrário, deu-nos grandes impulsos para realizar a maior marcha dos sindicalistas e estudantes. Nossa homenagem a ele é dar continuidade ao processo de construção do socialismo na Venezuela e nos solidarizar com o povo venezuelano, para ajudá-los a eleger Nicolás Maduro a presidente.”, afirmou Wagner Gomes, presidente da CTB.

Gomes prosseguiu falando da importância da UNE no processo político do Brasil e destacou que a CTB unirá suas forças para ajudar os estudantes a concretizarem os investimentos na educação.

“A UNE continua na luta de um país democrático, com autonomia e soberania, e nosso lema é avançar nas conquistas do trabalho, defendemos mudanças estruturais no setor e só aprofundaremos essas mudanças, fazendo como vocês entoaram aqui: Botando o Bloco na Rua. Por isso, reitero, que assim como abraçamos a defesa dos 10% do PIB na educação, também vamos nos juntar a vocês e nos mobilizar pelos 100% dos royalties.”, declarou.

Democratização da mídia
Já o presidente da CUT, Wagner Freitas, além de concordar com as palavras de Gomes, chamou a atenção também para a necessidade de fazer mobilizações para a aprovação da regulamentação dos meios de comunicação.

“Vamos fazer uma campanha de regulamentação da mídia, queremos ouvir vozes e diferentes; opiniões diferentes destas das seis famílias que dominam o país. Realizamos uma marcha com mais de 50 mil pessoas, e a mídia ignorou esse fato. Só informou que a Marcha atrapalhou o trânsito em Brasília. Não citou que estávamos ali para pressionar o governo para avançar nas políticas de trabalho e também que defendíamos os 10% do PIB na educação, pois sabemos que sem Educação, não há Revolução.”, alertou Freitas.

Seguindo as palavras de Freitas, Manuela Braga, presidente da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), chamou a atenção para o recente caso de parcialidade da mídia, na visita da blogueira cubana Yoani Sanchez ao país.

“Não podemos mais permitir que eventos como esses ocorram. Uma blogueira, financiada pelos Estados Unidos e por grandes veículos de comunicação, vem aqui difamar Cuba, é tida como uma heroína. Enquanto nós, que fomos protestar contra as mentiras que ela estava propagando fomos vistos, por esta mesma mídia, como marginais, por apenas querer mostrar o outro lado da história, que a mídia omitiu. Precisamos de uma mídia que conte estes dois lados ao povo. Vamos criar um baixo-assinado para pedir a democratização dos meios de comunicação, para assim, criarmos um Brasil mais justo, igualitário, e onde todos têm voz.”.

Homenagem a Chávez

O líder revolucionário Hugo Chávez, como já citado, foi lembrado por todos os movimentos sociais. Além disso, a Plenária também fez um minuto de silêncio em respeito a Chávez. ]

Outro ponto a ser destacado, foi um vídeo apresentado em honra ao líder, que emocionou muitos presentes, entre eles, o cônsul da Venezuela, Robert Torrealba, que também compôs a mesa da Plenária. “A maior homenagem que vocês podem fazer, é essa, lembrar sempre da luta de Chávez, reiterar seus ideais. Nós continuaremos lutando junto aos povos da América Latina”, disse emocionado.

Já o presidente da UNE, Daniel Iliescu, declarou a Torrealba que a entidade continuará a dar apoio a Venezuela, na sua continuidade da Revolução Bolivariana. “A Venezuela não retrocederá, continuará avançando. Os estudantes brasileiros reafirmam aqui o seu total apoio ao país”, destacou.

FONTE: UJS Nacional

Senado discute royalties para educação nesta quinta



Está marcada para esta próxima quinta (14), a primeira audiência pública para analisar a Medida Provisória 592/12 enviada ao Congresso Nacional, em dezembro passado, pela presidente Dilma Rousseff, no qual ela propõe que os 100% dos royalties do petróleo sejam aplicados na educação.

Para a discussão, estão convidados a presidente da Petrobras, Graça Foster, e a diretora da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Magda Chambriard, que devem fornecer subsídios aos parlamentares para possíveis mudanças no texto da MP.

A medida, envida por Dilma, determina que “programas e projetos direcionados ao desenvolvimento da educação” recebam 100% dos recursos dos royalties recolhidos em futuros contratos sob o regime de concessão, no qual o produto da lavra é de inteira propriedade do concessionário, que ainda assume integralmente o risco da atividade exploratória.

Já no modelo de partilha, em que a produção de uma determinada área é dividida entre a União e a empresa contratada, vão para a educação 50% dos rendimentos que comporão o Fundo Social do Pré-sal, criado em 2010.

Ainda conforme a MP, o dinheiro que vier da exploração do petróleo e do gás natural deve ser acrescido ao mínimo constitucional previsto para aplicação na educação. Conforme o artigo 212 da Constituição, “A União aplicará anualmente nunca menos de 18% e os estados, o Distrito Federal e os municípios, 25%, no mínimo, da receita resultante de impostos, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino”.

MP continua valendo

A Comissão Mista é presidida pelo senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) e tem o deputado Carlos Zarattini (PT-SP) como relator. Por meio de sua assessoria, o deputado confirmou à Agência Senado que a MP 592 não ficará prejudicada com a derrubada dos vetos à Lei 12.734/12, e caberá à Comissão Mista, por exemplo, discutir melhor as áreas em que os recursos serão investidos e informar-se sobre cronologia da produção e o volume do dinheiro disponível.
Opinião semelhante tem o advogado-geral da União, Luís Adams, que disse não haver contradição entre a MP e a lei, e as duas normas poderão vigorar.

– A princípio, a medida provisória vem a estabelecer um regramento em vários itens de maneira diferenciada e ela vale, não tem maiores problemas. Eu não tenho visto maiores contradições entre as duas decisões – explicou.

Os vetos interpostos pela presidente Dilma Rousseff à Lei 12.734/12 foram derrubados na madrugada da última quinta-feira (7). Com isso, fica confirmada a distribuição mais igualitária dos royalties entre todos os estados e municípios brasileiros, inclusive do dinheiro proveniente de contratos já firmados.

Fonte: UJS Nacional

sábado, 9 de março de 2013

UJS Mulher: Ser socialista é ter mulheres no poder!

Nos últimos 10 anos, avançou no Brasil, a implementação de políticas públicas para as mulheres, fruto da luta do movimento organizado de mulheres e feministas. No entanto, as mulheres brasileiras ainda estão longe de alcançar sua plena emancipação. Ainda vivemos em uma sociedade culturalmente machista.

A eleição da presidente Dilma, sem dúvidas, representou uma conquista histórica para as mulheres brasileiras. Mas, não é tudo.

A representação política das mulheres nos espaços de poder não representa sua real força na construção do desenvolvimento nacional. As mulheres são 51% da PEA, do eleitorado brasileiro, têm na sua maioria, 3 anos a mais de escolaridade que os homens e ainda ganham 30% a menos no mercado de trabalho.

Os desafios são ainda maiores quando falamos das jovens mulheres. Dos 5,3 milhões de jovens, as mulheres pardas, pretas e indígenas de 18 a 25 anos são a maioria e estão entre os 40% mais pobres do país, além de não estudar e não trabalharem. A gravidez precoce e a falta de creches são alguns dos motivos que as levam a abandonar os bancos da sala de aula.
Uma nova sociedade é possível!

O capitalismo acentua as desigualdades entre homens e mulheres, precariza a mão de obra feminina, gera guerras, violência e feminiliza a pobreza. A crise do atual sistema abalou o mundo inteiro e vitimou principalmente a juventude e as mulheres. Portanto, a plena emancipação da mulher não se dará nos marcos do capitalismo. Ser feminista, neste contexto, não é apenas uma luta justa, mas necessária.

A UJS luta por uma sociedade justa e igualitária, onde homens, mulheres, jovens possam ter os mesmos direitos, uma sociedade socialista. E a construção de uma nova sociedade perpassa pelo combate a todas as formas de opressão da mulher. Muitas mulheres na história já traçaram esse caminho, Anita Garibaldi, Rosa Luxemburgo, Alexandra Kolontai, Olga Benário, Loreta Valadares.

Hoje, temos inúmeras referência; a presidente Dilma Rousseff, a deputada Manuela D’Ávila, líder do PCdoB na Câmara, e Manuela Braga, que está à frente da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas, são representantes da força feminina no poder, entre tantos outros exemplos de mulheres batalhadoras, que lutam dia a dia para transformar o país em uma nação onde não prevaleçam essas desigualdades.

Ser feminista, socialista é ser revolucionária. É ter mulheres no poder! A frente de jovens mulheres feministas da UJS compreende esse desafio e convoca todas as jovens a dar continuidade a essa luta. Lutemos!

Filie-se a UJS

Hoje, algumas bandeiras de lutas são estratégicas, no Brasil, para avançarmos na emancipação da mulher. Neste dia 8 de março renovemos a necessidade de atualidade da nossa luta. Vamos ocupar as ruas por:

1. Espaços de poder: Reforma Política com lista fechada e alternância de gênero

2. Democratização da Mídia: Somos mulheres e não mercadoria;

3. Mercado de trabalho: Igualdade Salarial já!

4. Combate a violência contra mulher: Pela plena implementação da Lei Maria da Penha.

Construção de mais delegacias da mulher e equipamentos de atendimento a mulher vitimada;

5. Legalização do Aborto: Nem uma jovem a mais pode morrer. Aborto é questão de saúde pública!

6. Educação: Menos juros, mais creches!Por uma educação não sexista
 
7. Sou mulher, feminista da União da Juventude Socialista!

terça-feira, 5 de março de 2013

Nota: Hasta Siempre, Comandante!


“Por nossos mortos nenhum minuto de silencio, mas, uma vida inteira de luta”.

A América Latina, Nuestra America, perde hoje um de seus mais destacados líderes. Em rede de televisão aberta e ao vivo o vice-presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou a morte do Comandante Hugo Chávez.

Quando Eduardo Galeano escreveu o livro “As veias abertas da América latina” éramos um continente de joelhos para as grandes potências, vivíamos em quase todas as partes nas sombras de ditaduras assassinas e entreguistas.

Hugo Chávez é um dos maiores símbolos da luta por transformar este pedaço de terra tão rica, de um bravo povo, em “la gran patria latinoamérica”!

Temos a certeza que a revolução bolivariana, que fortaleceu a democracia participativa através dos círculos bolivarianos e dos conselhos comunais, que erradicou o analfabetismo, enterrou a ALCA (Área de Livre Comércio das Américas), que tem a menor desigualdade social de toda a América do sul e proclamou o socialismo do século 21, continuará, lidera por Nicolás Maduro, a realizar os grandes feitos revolucionários iniciados por Hugo Chávez.

Estamos seguros de que o povo venezuelano, com sua bravura revolucionária, saberá superar este momento de profunda dor – dor que também sentimos – e continuarão o caminho da libertação, justiça, democracia e paz.

Como disse o vice-presidente Nicolás Maduro, “que em nosso coração haja o único sentimento de nosso comandante, amor pela pátria”.

Hasta Siempre Comandante Chávez!

União da Juventude Socialista.

Há 60 anos, morreu Stálin, líder da União Soviética


Há exatos 60 anos, no dia 5 de março de 1953 morreu em Moscou o dirigente da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) e do Partido Comunista da União Soviética. O país e os comunistas de todo o mundo sentiram então o profundo golpe. Desaparecia aquele que durante três décadas comandou a construção do socialismo no país em meio a graves contradições e conflitos.

Jossif Vissarionóvitch Djugashvili, o Stálin (Homem de Aço) nasceu em 21 de dezembro de 1879 em Gori, província de Tblissi, Geórgia, região da Transcaucásia. Era filho de um sapateiro e uma camponesa.

Como seminarista em Tblissi, Stálin conheceu a literatura marxista e filiou-se ao Partido Operário Social Democrata da Rússia no ano de sua fundação, em 1898.

A partir de então dedicou-se à atividade revolucionária, editando publicações clandestinas, redigindo textos e artigos e fazendo a propaganda do marxismo entre os operários.

Participou ativamente da luta operária a partir de 1905. No ano de 1912, na Conferência de Praga (antiga Tchecoslováquia), os bolcheviques decidem organizar-se em partido independente, afastando completamente os mencheviques e adotando o nome Partido Operário Social Democrata Russo (bolchevique).

Na época, Stálin estava na prisão, de onde fugiu pouco depois, participando com Lênin da criação do jornal Pravda (A Verdade). Indicado para dirigir o grupo bolchevique na Duma (parlamento russo), foi detido mais uma vez e enviado para a Sibéria, de onde só sairia com a revolução democrática de fevereiro de 1917, que pôs fim ao regime monárquico czarista.

A jornada de luta dos operários, que acontecia desde o início do ano de 1917, se amplia e obtém a adesão de um grande número de soldados sublevados em razão das precárias condições criadas pela Primeira Guerra Mundial.

Durante o período anterior à Revolução de Outubro, Stálin participou dos preparativos para a insurreição e integrou o grupo que conduziu o Comitê Militar Revolucionário. O levante começou no dia 23 de outubro (6 de novembro no calendário usado atualmente), à noite. No dia seguinte, rapidamente, as tropas revolucionárias tomaram os principais pontos de Petrogrado e o Palácio de Inverno, onde se tinha refugiado o governo provisório.

Quando o 2º Congresso dos Sovietes se instalou naquele mesmo dia, proclamou: “… apoiando-se na vontade da imensa maioria dos operários, soldados e camponeses e na insurreição triunfante levada a cabo pelos operários e a guarnição de Petrogrado, o Congresso toma em suas mãos o poder”.

Após a revolução, Stálin atua na condução do Partido e dos negócios do Estado. Durante a guerra civil desencadeada pela burguesia, destacou-se como estrategista militar.

Em 1936, o 18º Congresso dos Sovietes aprova uma nova Constituição da URSS, a Constituição do socialismo, garantindo não apenas liberdades formais como as constituições burguesas, mas amplíssimos direitos e liberdades aos trabalhadores, material e economicamente, assegurados por todo o sistema da economia socialista que não conhece as crises, a anarquia nem o desemprego.

Enquanto os soviéticos comemoravam êxitos, os países capitalistas viviam profunda crise e Hitler já ocupava as nações vizinhas da Alemanha. Em relação à política externa, o Soviete Supremo orienta o país a continuar aplicando a política de paz e de fortalecimento das relações com todos os países, não permitindo que a URSS fosse arrastada a conflitos por provocadores, política amplamente defendida por Stálin na época.

Em 1941, após campanhas militares vitoriosas na Europa Ocidental e Central, a Alemanha de Hitler invade o território da URSS. A guerra contra a União Soviética durará cerca de 4 anos e meio e trará danos terríveis para o país. Mesmo assim, liderado por Stálin, o Exército Vermelho e o povo soviético rechaçam heroicamente a agressão nazista. Os invasores foram expulsos no fim de 1944 e completamente derrotados em maio de 1945. Uma epopeia que salvou não somente a URSS, mas toda a humanidade.

Stálin dedicou-se também ao trabalho teórico e ideológico, sistematizando e difundindo os princípios do marxismo-leninismo.

Sob sua direção, o socialismo se estabeleceu e a URSS conquistou imensos êxitos. Também cometeu graves erros, que estão entre os fatores que levaram à degenerescência do socialismo e à sua posterior derrota.

Fonte: Vermelho

sábado, 2 de março de 2013

VENHA PARTICIPAR DO UJS PIPOCA

UJS Pipoca acontece na próxima quarta-feira com a exibição do filme V de Vingança


+ informações no evento no Facebook: http://www.facebook.com/events/610445708981050

Moção de repúdio contra o extermínio da juventude negra



Pelo fim da violência e extermínio da juventude negra e pela desmilitarização das policias.

… Nos deparamos a cada dia com a ampliação do abismo social entre negros e brancos, com relação à renda, emprego, escolaridade, acesso à justiça e poder. O drama social acomete, com maior gravidade, a população negra, que habita as favelas e periferias desestruturadas, tornando presa fácil da criminalidade, assistindo nossos jovens serem mortos pela violência urbana e nos negando oportunidades de mobilidade social.

Dados levantados junto ao sistema penitenciário brasileiro apontam que o encarceramento, nos primeiros seis meses de 2012, superou a marca de 549.500 presos em todo o país, representando um aumento de 511% nos últimos vinte anos. A maior parte dos aprisionados é composta de jovens negros.

Dados do Ministério da Saúde mostram que metade das vítimas de homicídios no Brasil tem entre 15 e 29 anos e sete de cada dez jovens assassinados são negros, sendo mais de 90% do sexo masculino. O jovem negro que mora em bairros da periferia é o principal alvo da violência urbana no País. A manutenção ou mesmo ampliação destes índices aponta para uma “banalização” da violência cotidiana, a qual a juventude negra do nosso país é submetida, permeando as práticas tanto do poder público, quanto de grande parcela da sociedade civil e gerando uma realidade por nós compreendida como verdadeiro programa de extermínio da nossa juventude.

A política de guerra às drogas tem servido de justificativa para a criminalização da pobreza e é a principal responsável pelo grande índice de homicídios que vitimizam os jovens negros que habitam as periferias e favelas do nosso país. Essa guerra objetiva punir somente o elo mais vulnerável de toda a cadeia produtiva das drogas ilícitas. Os ‘inimigos’ a serem eliminados são os pobres, negros, marginalizados e sem acesso à justiça. A organização em que se estrutura a polícia militar no Brasil é marcada por resquícios ideológicos do período ditatorial (1964-1984), que vêem a população pobre e negra como inimigos internos e potenciais criminosos, do mesmo modo pelo qual as forças repressoras eram orientadas no período colonial – combatendo e capturando os negros escravizados, em resistência.

Plenária Nacional de Lutas da Juventude Brasileira

São Paulo, 23 de fevereiro de 2013

Fonte: UNEGRO

Censura à Falha, tiro no pé da Folha

“Tratar o humor como ilícito, no fim das contas, é a mesma coisa que censura.” [1] Tais Gasparian, advogada da Folha que assina o processo contra o blog Falha de S. Paulo, comentando o caso jurídico envolvendo Juliana Paes e o colunista da Folha de S. Paulo, José Simão, em 2009).

Uma definição clássica de paródia é a de que esta se trata de um texto (entendendo texto aqui como qualquer manifestação discursiva, seja ela verbal ou não verbal) que repete outro texto-base, contudo o faz promovendo algumas diferenças, as quais caracterizarão este “novo” texto como depreciativo ou como uma homenagem àquele que está sendo parodiado [2]. Para poder proceder este seu intento, o principal o mecanismo em que a paródia se apoia é a ironia. Enunciando esta breve explanação de como se constituem as paródias, passemos a comentar o caso envolvendo o blog Falha de S. Paulo e o jornal Folha de S. Paulo, o qual teve seu mais recente episódio jurídico transcorrido no dia 20 de fevereiro de 2013. Nesta oportunidade o Tribunal de Justiça de São Paulo manteve a proibição ao blog de utilizar o seu domínio (www.falhadespaulo.com.br), bem como o logo com o qual parodiava o logo do jornal.

O principal argumento do periódico é de que a Falha estava utilizando indevidamente a marca da Folha, podendo com isto, inclusive, confundir os seus leitores e leitoras que, por ventura, acessassem por engano o endereço eletrônico da Falha. Quanto a esta última afirmação, Julian Assange, criador do Wikileaks, em entrevista concedida no final do ano de 2010, comentou cirurgicamente que:

“[...] o blog não pretende ser o jornal e acho que deve ser liberado. A censura é um problema especial quando ocorre de forma camuflada. Sempre que haja censura, ela deve ser denunciada.” [3].

Pois é, o blog se valia da relação explícita e direta existente entre texto-paródia e texto-base-parodiado, contudo a ofensiva por parte do jornal, o qual em outras oportunidades, como no caso de nossa “epigrafe”, defendeu seu direito de zombar, parodiar ou satirizar outrem através de seus colunistas e quadrinistas, se associa àquele cinismo contemporâneo de que Slavoj Žižek sintetiza com a frase parodiada de Marx: “eles sabem muito bem o que estão fazendo, mas mesmo assim o fazem” [4].

Provavelmente, mesmo com a ciência de que o blog não apenas não tencionava ser o jornal, como seguramente teria pouca expressividade para tirar qualquer vantagem econômica da propalada confusão que se provocaria pela tipografia e endereços eletrônicos similares, o periódico, ainda assim, fundamentou sua acusação neste cínico alicerce de uso indevido da marca.

A Falha de S. Paulo foi criada com o intento de escarnecer a cobertura pretensamente parcial, no entender dos criadores do blog, da Folha de S. Paulo nas eleições presidenciais de 2010. Para tal, se valeu de foto montagens envolvendo os colunistas e os donos do jornal, um simulador de manchetes, dentre outros recursos. Ao retomarmos a definição de paródia, é compreensível que o blog se valesse de deformações irônicas referentes ao conteúdo estético e de estilo da Folha de S. Paulo, se não fosse assim, não haveria sequer uma paródia, apenas cópia – o que aí sim poderia se caracterizar como algum uso indevido de marca.

Salientamos que o interessante nesta situação toda é que a crítica suscitada pela paródia se deu graças ao seu caráter humorístico reflexivo. Deste modo, podemos dizer que esta atitude intempestiva do grupo Folhacorrobora com a ideia de que se a Falha não se valesse de um humor crítico e reflexivo (e, em nossa perspectiva, todo humor calcado na crítica é motor para ocasionar reflexões), muito provavelmente não teria recebido atenção alguma por parte do jornal.

Em outros termos, se o blog visasse tão somente gracejar de forma pueril e light com o jornal alvo, enfocando em questões menores, como somente os nomes dos cadernos, por exemplo, repetimos: o jornal, muito provavelmente, não daria atenção alguma ao pequeno sítio paródia.

O escárnio propagado pelo blog, porém, teve uma ressonância quase que imediata, uma vez que questionava algo caro aos veículos jornalísticos de comunicação: a tão propalada (e diríamos até ilusória) isenção total. E, mais do que isto, pela via do humor debochado e crítico, promoveu certo desmonte no discurso proferido e tão defendido pela própria Folha de S. Paulo de que esta sempre tivera uma linha editorial pautada, principalmente, pela imparcialidade.

Gostaríamos neste ponto de esclarecer que, a nosso ver, não há problemas em uma publicação impressa, como um jornal de circulação diária, adotar determinadas posturas políticas, desde que o faça de forma clara e direta ao seu público leitor, até porque, em diversos países do mundo, há mídias que explicitam abertamente suas posições frente às mais variadas questões. Além disso, vale pontuarmos que julgamos pouco crível a existência de uma total imparcialidade em uma cobertura jornalística, ainda mais neste caso que estamos analisando, em que o objeto da mesma fora uma eleição presidencial.

Por mais que os profissionais envolvidos (repórteres, editores, âncoras dos telejornais, etc.) busquem completo distanciamento ou certa isonomia ao tratar dos candidatos, sempre há o fator humano envolvido, o qual, estando embainhado na ideologia e forjado pelos fatores sócio-históricos, se traduz nas mais mínimas trivialidades – o enquadramento escolhido para a foto do político, as palavras utilizadas para descrever um ato de campanha, dentre outras.

Retornando ao caso Folha X Falha e finalizando, diríamos que os criadores do blog através de suas charges e apontamentos mordazes com relação às manchetes e às capas do jornal, desnudavam posições e intenções do periódico em cobrir favoravelmente um candidato, preterindo os outros postulantes.

Assim, se o jornal quisesse estabelecer algum diálogo com as críticas ou com o deboche vinculado pelo blog paródia, este (jornal) poderia questioná-lo, tentando demonstrar que sua cobertura ao pleito presidencial não estava sendo parcial. Ou, simplesmente ignorar a existência da crítica, visto que ao perpetrar o processo ainda em curso, a Folha acabou por dar “um tiro no pé”, pois, de alguma forma, se não amplificou a crítica realizada pela Falha enquanto esta esteve no ar, demonstrou pouca habilidade em lidar com o fato de se tornar alvo de zombaria.

Até porque, como denunciado pelos criadores da Falha em seu outro blog, montado para dar visibilidade ao caso [5], a MTV utilizou o mesmo logo paródia presente na Falha de S. Paulo em um dos seus programas humorísticos em 2011, entretanto, a emissora não recebeu o mesmo tratamento jurídico dado ao blog. Embora, valha comentar que o canal televisivo tenha realizado uma paródia tão somente com o logotipo do jornal, sem criticá-lo, o que pode se configurar com uma paródia inofensiva e de tipo homenagem, como descrevemos inicialmente.

Todavia, mesmo no caso do blog Falha de S. Paulo que se trata de uma paródia depreciativa e crítica, isto não lhe imputa a premissa de ser prontamente proibida pela via judicial, ainda mais quando tal proibição se respalda em um argumento cínico (o jornal não soube lidar com uma crítica certeira e debochada acerca de sua linha editorial, mas ao invés de assumir tal postura, alegou uma razão de outra ordem para silenciar aqueles que formularam a crítica). Isto posto, temos de concordar com a advogada do grupo Folha, quando esta diz que tratar o humor (sobretudo, aquele que critica o status quo, tal qual neste caso Folha versus Falha) como ilícito é de fato proceder a censura do mesmo.

Notas

[1] FOLHA ONLINE – Ilustrada. “Juiz proíbe que Simão fale de Juliana Paes” – 17/07/2009. Disponível em:. Acesso em: 25 fev. 2013.

[2] HUTCHEON, Linda. Uma teoria da paródia: ensinamentos das formas de arte do século XX.Trad. Teresa Louro Pérez. Lisboa: Ed. 70, 1989.

[3] ASSANGE, Julian. ‘Ainda a material de impacto sobre os EUA’, diz fundador do WikiLeaks. O Estado de S. Paulo, edição de 23 de dezembro. 2010. Disponível em: . Acesso em: 25 fev. 2013.

[4] ŽIŽEK, Slavoj. Cinismo e objeto totalitário. In:______. Eles não sabem o que fazem: o sublime objeto da ideologia. Trad. Vera Ribeiro. Rio de Janeiro: Jorge Zahar editor, 1992, p. 59-73.

[5] DESCULPE A NOSSA FALHA. Disponível em: . Acesso em: 25 fev. 2013.

Por: Mateus Pranzetti Paul Gruda – Doutorando em Psicologia pela UNESP-Assis, no qual desenvolve pesquisa sobre o discurso humorístico na contemporaneidade com bolsa da FAPESP.

FONTE: UJS Nacional

Colunista da Folha justifica tortura?



Para que serve a tortura?

Nesta quinta-feira, Contardo Calligaris na Folha de São Paulo deu à sua coluna o mesmo título desta agora. Diz ele:

“O saco plástico do capitão Nascimento funciona. Os ‘interrogatórios’ brutais do agente Jack Bauer, na série “24 Horas”, funcionam. E, de fato, como lembra ‘A Hora Mais Escura’, de Kathryn Bigelow, que acaba de estrear, o afogamento forçado e repetido de suspeitos detidos em Guantánamo forneceu as informações que permitiram localizar e executar Osama bin Laden.

Nos EUA, na estreia do filme, alguns se indignaram, acusando-o de fazer apologia da tortura. Na verdade, o filme interroga e incomoda porque nos obriga a uma reflexão moral difícil e incerta: a tortura, nos interrogatórios, não é infrutuosa -se quisermos condená-la, teremos que produzir razões diferentes de sua inutilidade”.


Antes de mais nada, vale ressaltar que há muito o cinema norte-americano naturaliza a tortura, a injustiça, a exclusão. Desde Hollywood ele tem sido sentinela avançado do modo capitalista, na propaganda dos valores da formação do homem norte-americano. De passagem, lembro um filme de Ford (sim, do grande Ford) em que John Wayne ouve a seguinte frase do empregado do hotel: “você e o cachorro sobem, mas o índio não”. O que dizer de 007, por exemplo, em sua cruzada contra os comunistas? O que falar dos mexicanos e índios, sempre pintados como bandidos desde a nossa infância? O que dizer da ausência de interioridade nos personagens negros que apareciam em seus filmes, sempre em posição subalterna ou de pianista para o amor do casal romântico?

O fundamental é que no fim do texto Calligaris conclui:

“Uma criança foi sequestrada e está encarcerada em um lugar onde ela tem ar para respirar por um tempo limitado. Você prendeu o sequestrador, o qual não diz onde está a criança sequestrada. Infelizmente, não existe (ainda) soro da verdade que funcione. A tortura poderia levá-lo a falar. Você faz o quê?”.

Esse é um recurso de justificativa da tortura é manjado. Seria algo como:

- Você é capaz de matar uma criança?

- Não, claro que não.

- E se a criança fosse uma terrorista?

- Crianças não são terroristas.

- E se ela estivesse domesticada, com lavagem cerebral, que a tornasse uma terrorista?

- Ainda assim, de modo algum eu a veria como uma terrorista.

- E se essa criança trouxesse o corpo cheio de bombas?

- Eu preferiria morrer a matá-la.

- E se essa criança, com o corpo de bombas, entrasse para explodir uma creche?

- Não sei.

- E se nessa creche estivessem os seus filhos e as pessoas que você ama?

- Neste caso…

E neste caso estariam justificados os fuzilamentos de meninos que atiram pedras em tanques de Israel. E neste caso, num desenvolvimento natural, estaria justificado até o assassinato dos que lutam contra a opressão, porque mais cedo ou mais tarde se tornarão terroristas. E para que não vejam nisto um exagero, citamos as palavras de Kenneth Roth, da Human Rights Watch: `Os defensores da tortura sempre citam o cenário da bomba-relógio. O problema é que tal situação é infinitamente elástica. Você começa aplicando a tortura em um suspeito de terrorismo, e logo estará aplicando-a em um vizinho dele` “.

É monstruoso, é um atestado absoluto do desprezo pela pessoa, que na mídia se discuta hoje não a moralidade da tortura, mas a sua eficiência. Esse deslocamento de humanidade – que sai da moral para descer no mais útil – é sintomático de que não basta mais ser brutais em segredo, na privacidade, escondido. Não. Há de se proclamar que princípios fundamentais da barbárie sejam fundamentos de cidadania. Assim como os defensores da ditadura têm a petulância de vir a público dizer que apenas se matavam terroristas, portanto, nada de mais; assim como o cão hidrófobo que leva o nome de Bolsonaro – e nesse particular, ele é da mesma raça e doença dos fascistas em geral – zomba sobre os cadáveres de socialistas, agora nas tevês, no cinema, passam à justificação moral da tortura.

Perigo à vista. Nós, os humanistas, temos adotado até aqui uma atitude passiva, ordeira, o que é um claro suicídio. Esse ar de bons-moços que andam pela violência como Cristo sobre as águas, além de suicídio, porque nos afundaremos todos, é, antes do desastre, um recolhimento da ética para os fundos que defecam.

Entendam. Longe está este colunista da valentia e poderosas forças. Mas nós que não sabemos atirar balas ou socos, temos que agir com as armas que a dura vida nos ensinou: escrevendo. E como temos sido omissos.

Por Urariano Mota, no Direto da Redação

FONTE: UJS Nacional
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