terça-feira, 30 de abril de 2013

NOTA: “UM MILHÃO PRA SAÚDE, PREFEITO?”


É do conhecimento de todos, que no início do ano, com o caos na saúde pública da nossa Cidade o Prefeito acabou decretando estado de calamidade na saúde do município e que posteriormente optou-se por não realizar o carnaval no centro, para naquele momento priorizar os problemas da cidade. Então os recursos que seriam gastos pela Prefeitura com o carnaval seriam para a Secretaria de Saúde. Tal fato teve grande repercussão não só na nossa cidade mais nacionalmente também. Foi então que surgiram diversas especulações pra onde teria ido o “um milhão do carnaval”, se de fato teriam sido gastos na saúde e com o que. 

A fim de esclarecer a população, a União da Juventude Socialista, solicitou a Prestação de contas do “um milhão da saúde”. A Prefeitura atendeu ao nosso pedido, esclareceu todos os procedimentos adotados e a destinação do recurso. O referido valor saiu da Fonte 00 (que é a fonte de todos os recursos arrecadados pela prefeitura) e foi utilizado não para o carnaval, mais sim para pagar o 13º dos Funcionários do Hospital Alcides Carneiro (HAC), que não foram pagos pelo Governo anterior e que acabou gerando não só este problema na saúde mais também outros, levando-a ao estado de calamidade.

Nós da UJS incitamos a Juventude e a População a participar da vida pública de nossa Cidade, a fiscalizar os nosso representantes, assim como fizemos neste caso do “Um Milhão da Saúde”, assim como fazemos em tantos outros durante o ano todo. E convidamos os Jovens a construir conosco essa Juventude Rebelde, porém Conseqüente e Propositiva que não especula mais sim se Informa e põe em pratica a luta por uma Cidade mais justa e desenvolvida.

União da Juventude Socialista

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Manu: Não existe país desenvolvido sem amplo investimento na juventude

 
Em artigo, publicado hoje (23), no Zero Hora, a deputada federal Manuela D’Ávila e também líder do PCdoB na Câmara, aponta a importância da aprovação do Estatuto da Juventude, projeto aprovado pelo Senado, no último dia 16.

A deputada, que já foi presidente da UJS e atuou também à frente do movimento estudantil destaca a necessidade de fazer com que as propostas do Estatuto sejam postas em práticas, afim de possibilitar a inclusão social dos jovens de 15 a 29 em diversas áreas, seja no esporte, na educação, lazer, cultura, transporte, segurança.

Para a líder do PCdoB, são essas política públicas voltadas aos jovens que serão capazes de construir um Brasil desenvolvido e humano, já que o futuro do país, quem transforma é a juventude.

Confira na íntegra o texto da deputada.

Juventude transforma o Brasil

” O Estatuto da Juventude é uma legislação avançada por ter sido construída coletivamente com a colaboração dos mais diversos segmentos sociais ao longo de nove anos. Essa carta de direitos para jovens entre 15 e 29 anos consolida conquistas, garantindo políticas públicas de Estado, e não de governos, para cerca de 52 milhões de brasileiros. Considera essa parcela da população como atores estratégicos que devem ter o papel potencializado para a transformação do Brasil. Não existe país desenvolvido sem amplo investimento na juventude.

Na Câmara dos Deputados, a iniciativa foi a que contabilizou maior participação popular por meio do e-democracia (33% do texto foi sugerido pelos cidadãos). O interesse pela matéria também foi manifestado em inúmeras audiências públicas pelo país. A relevância do texto é o que justifica tanta mobilização social nos últimos anos. O Estatuto só avançou porque houve muita pressão popular em razão da importância do tema. Depois da aprovação no Senado, falta ainda nova votação na Câmara.

Com 48 artigos, a proposta assegura à população dessa faixa etária acesso a educação, profissionalização, trabalho e renda, além de determinar a obrigatoriedade de o Estado manter programas de expansão do Ensino Superior, ofertando bolsas de estudos em instituições privadas e financiamento estudantil. Em um país em que o desemprego, os salários baixos e a informalidade tendem a afetar mais jovens do que adultos, as novas regras tornam-se fundamentais para garantir oportunidades de vida à juventude.

Dividir o tempo entre trabalho e estudo marca a trajetória de milhares de jovens de baixa renda, o que para muitos começa na adolescência. Sem contar os mais de 5 milhões de jovens que não estudam nem trabalham, sendo em sua maior proporção jovens mulheres e mães.

Nesse contexto, garantir direitos por meio do Estatuto é procurar enfrentar as desigualdades sociais. Ampliar o acesso à cultura, à educação e ao esporte é possibilitar que milhares de jovens não tenham que vivenciar a violência, o tráfico de drogas e os homicídios.
Quem critica a nova legislação, portanto, parece estar ignorando a complexidade da realidade brasileira que exige mecanismos legais para torná-la melhor. Um dos focos de questionamentos é a meia-entrada. Vale lembrar que esse benefício já existe em nível federal e não haverá custo adicional para o restante da população. Sendo assim, essa nova carta de direitos contribuirá decisivamente para a construção de um Brasil mais humano e desenvolvido.”

FONTE: UJS Nacional

Histórico: França aprova casamento gay


Esta terça-feira (23) ficará marcado na história da França e na luta por igualdade e respeito às opções sexuais dos franceses, isso porque foi aprovada a lei que autoriza o casamento de pessoas do mesmo sexo e lhes concede também, o direito à adoção de crianças.

Com 331votos a favor e 225 votos contra, Claude Bartolone, presidente da Assembleia Nacional, anunciou a conquista aos parlamentares: “Depois de 136 horas e 56 minutos, a Assembléia aprovou o casamento de abertura conta para casais do mesmo sexo.”.

Diante da dimensão deste avanço, o jornal francês Le Fígaro destacou este avanço como “a mais importante reforma social na França desde a abolição da pena de morte em 1981″.

A lei agora precisa apenas ser assinada pelo presidente socialista François Hollande, para então entrar em vigor. Contudo, a aprovação de Hollande já é positivamente esperada, visto que, essa foi uma de suas promessas de campanha eleitoral e, mesmo com inúmeros protestos realizados nos últimos meses contra a lei, o presidente manteve firme sua posição em prol dos direitos dos gays.

Após assinado, possivelmente em meados de junho, a França já realize os primeiros matrimônios homossexuais.

Países que aprovam o casamento gay

Com a aprovação, a França se torna o 14º país a legalizar a união homossexual. Os demais europeus são a Holanda, Espanha, Bélgica, Suécia, Islândia, Portugal, Dinamarca e Noruega. Canadá, África do Sul, Nova Zelândia também já permitem a união. Já na América Latina, o casamento igualitário é aceito apenas na Argentina e no Uruguai.

FONE: UJS NACIONAL

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Nota da UJS: Fora José Maria Marín do futebol brasileiro

Temos sido nos últimos dias bombardeados com denuncias contra a figura do presidente da Confederação Brasileira de Futebol – CBF e membro do Comitê Organizador Local da Copa do Mundo, denuncias acompanhadas de uma vasta documentação que revelam a relação entre o Marin e as ações da ditadura militar.

O que revelam os documentos, é que fora o apoio e simpatia publica que o mesmo externava na época com o regime, ele estaria diretamente ligado na prisão do Jornalista Vladimir Herzog e da continuidade da existência das atividades do DÓI-Codi.
Estes fatos se somam as denuncias de irregularidades nos contratos financeiros da CBF e até o ridículo fato de roubo de medalha na premiação da Copa São Paulo, formando assim um currículo moralmente questionável do atual Presidente da CBF, posto este que alcançou graças a sua relação com Ricardo Texeira, Presidente afastado devido a lavagem de dinheiro, evasão de divas e sonegação de impostos.

Para nós da União da Juventude Socialista; que entendemos que o futebol é um bem imaterial do povo brasileiro, que leva a nossa bandeira, nosso hino, nosso orgulho e nossa paixão, fazendo com que a Copa do Mundo e o futebol esteja presente na economia, na política e nas mais diversas expressões culturais do país e rodas de dialogo do nosso povo; não podemos aceitar que nossa representação junto ao comitê organizador da Copa do Mundo e que o comando do futebol brasileiro seja feita por alguém de reprovável conduta e que age repetidamente contra a nossa democracia e interesses nacionais.

Por esta razão, convocamos toda a população brasileira a exigir o imediato afastamento do José Maria Marin da Presidência da CBF, da sua participação do Comitê Organizador da Copa e que o mesmo seja banido do futebol e que seus atos contra a democracia e os direitos humanos sejam investigados e punidos.

Mostraremos que nossa democracia se consolida e que tais espaços não podem conviver com um declarado agente da ditadura.

Comissão Diretora Nacional da União da Juventude Socialista.
São Paulo – SP, 13 de abril de 2013

Sakamoto: Jovem rico erra. “Menor” pobre comete crime

Os repetidos casos de violência gerados por jovens da classe média alta brasileira e a forma aviltante com a qual têm sido tratados adolescentes pobres no processo de ocupação policial de comunidades no Rio de Janeiro me deixam duplamente incomodado. Primeiro, é claro, pelo fato em si. Segundo, pela forma como a sociedade se comporta diante disso.

Sabemos que é mais fácil uma pessoa que roubou um xampu, um litro de leite ou meia dúzia de coxinhas ir amargar uma temporada no xilindró – como mostram diversos casos que já trouxe aqui – do que um empresário que corrompeu ou um político que foi corrompido passarem uma temporada fora de circulação.

Não que o princípio da insignificância (que pode ser aplicado quando o caso não representa riscos à sociedade e não tenha causado lesão ou ofensa grave) não seja conhecido pelo Judiciário. Insignificante mesmo é quem não tem um bom advogado, muito menos sangue azul ou imunidade política.

Tempos atrás, a seguinte notícia veio a público:

“A empregada doméstica Sirley Dias de Carvalho Pinto, de 32 anos, teve a bolsa roubada e foi espancada por cinco jovens moradores de condomínios de classe média da Barra da Tijuca, na madrugada de sábado. Os golpes foram todos direcionados à sua cabeça. Presos por policiais da 16ª DP (Barra), três dos rapazes (…) confessaram o crime e serão levados para a Polinter. Como justificativa para o que fizeram alegaram ter confundido a vítima com uma prostituta.”

Os rapazes não eram da ralé. Se fossem de classe social mais baixa, certamente o texto seria sutilmente diferente:

“A empregada doméstica Sirley Dias de Carvalho Pinto, de 32 anos, teve a bolsa roubada e foi espancada por cinco moradores da favela da Rocinha, na madrugada de sábado. Os golpes foram todos direcionados à sua cabeça. Presos por policiais da 16ª DP (Barra), três dos bandidos (…) confessaram o crime e estão presos. Como justificativa para o que fizeram alegaram ter confundido a vítima com uma prostituta.”

Rico é jovem, pobre é bandido. Um é criança que fez coisa errada, o outro um monstro que deve ser encarcerado. Lembro que o pai de um deles, num momento de desespero, justificou a atitude do filho como sendo perdoável. Da mesma forma, o pai de um dos jovens que agrediram homossexuais com lâmpadas fluorescentes na avenida Paulista, em São Paulo, pediu condescendência. Afinal, isso não condiz com a criação que tiveram. Bem, são pais, é direito deles. O incrível é como a sociedade encara o tema, com uma diferenciação claramente causada pela origem social.

Tenho minhas dúvidas se a notícia sairia se fosse o segundo caso. Provavelmente, na hora em que o estagiário que faz a checagem das delegacias chegasse com a informação, ouviria algo assim na redação: “Pobre batendo em pobre? Ah, acontece todo dia, não é notícia. Além disso, é coisa deles com eles. Então, deixem que resolvam”.

Amigos que trabalharam em uma rádio grande de São Paulo, pertencente a um grupo de comunicação, já ouviram algo muito parecido, mas mais cruel… É triste verificar mais uma vez que o conceito de notícia depende de qual classe social pertencem os protagonistas. Somos lenientes com os nossos semelhantes, com aqueles que poderiam ser nossos primos e irmãos, e duros com os outros.

A justificativa dos espancadores também é bastante esclarecedora. Ou seja, “puta” e “bicha” pode. Assim como índio e “mendigo”. Lembram-se do Galdino, que morreu queimado por jovens da classe média brasiliense enquanto dormia em um ponto de ônibus? Ou a população de rua do Centro de São Paulo, que vira e mexe, é morta a pauladas enquanto descansa? Até onde sabemos, apesar dos incendiários brasilienses terem sido presos, eles possuíam regalias, como sair da cadeia para passear. E na capital paulista, crimes contra populacão de rua tendem a ser punidos com a mesma celeridade que agressões contra indígenas no Mato Grosso do Sul.

Na prática, as pessoas envolvidas nesses casos apenas colocaram em prática o que devem ter ouvido a vida inteira: putas, bichas, índios e mendigos são a corja da sociedade e agem para corromper os nossos valores morais e tornar a vida dos cidadãos de bem um inferno. Seres descartáveis, que vivem na penumbra e nos ameaçam com sua existência, que não se encaixa nos padrões estabelecidos. E por que não incluir nesse caldo as empregadas domésticas, que existem para servir? Se eles soubessem a profissão de Sirley, teria feito diferença?

A sociedade tem uma parcela grande de culpa em atos como esse e os dos jovens que se tornam soldados do tráfico por falta de opções e na busca por dignidade, fugindo da violência do Estado e do nosso desprezo. A culpa não é só deles.

A diferença é que, para os da classe média e alta, passamos a mão na cabeça. Afinal, são “jovens”. Para os pobres, os “menores”, passamos bala.

Por: Leonardo Sakamoto

Revolução Bolivariana segue com Maduro

No pleito presidencial deste domingo (14), Nicolás Maduro, o candidato da Revolução Bolivariana venceu o direitista Henrique Capriles por 50,6 6% a 49,07%. A diferença é de cerca de 200 mil votos. O comparecimento às urnas foi de 78,71%. Os dados foram divulgados apenas com 99,12% das urnas apuradas, quando o resultado é irreversível, pela presidenta do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), Tibissay Lucena.
“Com a morte de Hugo Chávez, acharam que era o fim da história. Temos um triunfo legal, Constitucional, popular. São mais de 200 mil votos de diferença. Se tivesse perdido por um voto estaria aqui para assumir minha responsabilidade e entregar o cargo. Mas estou aqui para assumir a vontade do povo”, disse Maduro em seu discurso de vitória.
O presidente eleito pediu respeito, tolerância e disse que ele mesmo faz questão de que haja uma auditoria para que não sobre dúvidas sobre este processo eleitoral. O CNE anunciou que será realizada uma auditoria cidadã. Desta forma, a orientação é os comandos de campanha solicitem a auditoria de 100% dos comprovantes de votação.
O órgão eleitoral também sugeriu que os acompanhantes internacionais estendam sua estadia no país para acompanhar este novo processo.
Chávez invicto

“Não voltarão. Não voltarão. Não voltarão. Não voltarão”, bradaram as pessoas presentes no Balcão do Povo no Palácio de Miraflores, em referência à burguesia que dominou o país durante toda a Quarta República.

“Chávez segue invicto. E seu filho será presidente da República e vai mostrar do que é capaz, vai construir uma pátria de amor, de paz, de prosperidade”, vaticinou Maduro.
Por Vanessa Silva, no sítio Vermelho

sábado, 13 de abril de 2013

O tomate e os agiotas da mídia

O tomate virou destaque na mídia nativa. O Jornal Nacional da TV Globo não para de falar no vegetal. Os jornalões também dão amplo espaço ao novo perigo vermelho! Os “analistas do mercado” – nome fictício dos porta-vozes do rentismo – afirmam que a explosão do preço do tomate evidencia que o governo perdeu o controle da inflação. Não resta outro remédio, ou pesticida: a alta da taxa de juros. O bombardeio tem alvo imediato: a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, na próxima semana.
Segundo a Folha, que é tucana e rentista, a inflação “deve fechar o ano acima de 6%”. Ela faz esta afirmação no título, mas relativiza o terrorismo no próprio corpo da matéria. “A maioria dos cerca de cem analistas consultados semanalmente pelo BC, entretanto, tem estimativa menor. As projeções de inflação de 2013 registraram leve recuo na semana passada, de 5,71% para 5,70%”. Mesmo assim, o tomate, o novo inimigo público da economia, indica dias piores para a nação brasileira – que caminha para o caos total!
Já o Estadão, que está falido e é refém dos banqueiros, garante que a inflação vai superar o teto da meta fixada pelo governo. “Esta é a expectativa da maioria esmagadora dos economistas do mercado financeiro consultados pelo AE Projeções. Segundo um conjunto de 45 instituições, o indicador atingirá nível de 6,50% a 6,70%, com mediana de 6,62%… Se o IPCA superar o teto no acumulado em 12 meses, será a primeira vez que isso acontecerá desde novembro de 2011, quando a taxa foi de 6,64%”.
Globo, Folha e Estadão não vacilam diante deste cenário apocalíptico. “A opinião majoritária é que a subida dos juros deve começar no mês que vem”, decreta o jornal da famiglia Frias. Para o diário, que estigmatizou os aeroportos lotados, a alta da inflação já afeta os hábitos de consumo dos ricaços. “Consumidor troca avião por carro, evita estacionamento e restaurante e espaça idas ao cabeleireiro e à manicure. Levantamento que leva em conta itens com maior peso no consumo dos mais ricos mostra aumento dos serviços”.
No meio deste tiroteio, o governo ainda tenta resistir. No início desta semana, a presidenta Dilma Rousseff promoveu um almoço com os economistas Delfim Netto, Luiz Gonzaga Belluzzo e Yoshiaki Nakano – os três avessos à ortodoxia neoliberal. O Palácio do Planalto se mostra preocupado com a inflação, mas evita medidas que desestimulem o crescimento da economia. A batalha será definida nos próximos dias. A mídia rentista já está em campo; falta a pressão dos movimentos sociais e das forças comprometidas com a produção e o trabalho.
Por: Altamiro Borges

A importância dos estudantes na transformação do País


A UBES mais uma vez foi decisiva para fazer as mais avançadas bandeiras da juventude se expressarem de modo massivo para o benefício e a visibilidade das maiores causas nacionais. Que seria da nossa Jornada de Lutas sem a meninada com cabeça de gente grande que é a militância secundarista? Tomando umas, recordava de meu ingresso na militância juvenil e comunista ainda no Salomé Bastos, na 8ª série, com 14 anos, de onde partiria ao glorioso Liceu do Ceará para as jornadas do Fora Collor. Lembrava que à época, tinha cabelo na cabeça e o não os tinha no peito. Lembrava dos amigos que fiz e que permanecem até hoje, como Andrea Oliveira, Flávio Arruda, Joao Marcelo Nogueira Martins, Viviane Rodrigues, Paulo Rogério Gomes de Sousa e tantos! Lembrava dos primeiros amores escruciantes e de onde peguei as emoções que me impulsionam na luta até hoje.

E lembro, sobretudo, daquela força das multitudinárias marchas do Fora Collor que plasmaram em mim a convicção do poder da juventude nas ruas e com bandeiras claras, como é hoje a defesa dos 10% do PIB, os 100% dos Royalties e os 50% do fundo social do pré-sal. Ontem, quando estivemos com a Presidenta Dilma, ficou cristalina a responsabilidade da juventude fazer tremer o país e o povo entender o que está em jogo no destino do pré-sal. Pela primeira vez a riqueza do país ser destinada ao seu povo, à superação da miséria e da desigualdade, ao futuro, ao desenvolvimento, à base de educação e ciência que permita ao trabalho brasileiro libertar-se da vergonhosa proeminência da produção da matéria prima que, esclarece-nos Tom Zé é “o grau mais baixo da capacidade humana” e que ainda domina – e com grande e crescente margem – a nossa relação comercial com o mundo.

Quando ouvia sobre essa imensa responsabilidade que cabia à juventude, pensava comigo mesmo: “olha só como a juventude consegue – a despeito dos imbecis que a menospreza, inclusive com um discurso pseudo-esquerdista – pautar o centro do projeto nacional”! E pensava, sobretudo: “É, Dilminha, moçada, para demover esse congresso atrasado, para calar a boca da imprensa bandida, para amedrontar os interesses das multinacionais e do imperialismo, para sacudir o país, só se a base da UBES encher novamente as ruas e praças do país, para – com toda a paixão da passagem da adolescência e da juventude – indicar ao Brasil o caminho do futuro.

E essa mesma moçada, espremida nos ônibus, alvo da violência, com uma escola que não serve, que não teve educação infantil e creche, cujas mães e pais ralam em empregos sofridos, essa moçada que representa a base do movimento hip hop, a base das periferias, a moçada que é segregada pela falta de mobilidade urbana, toda essa galera, será que eles e elas sabem, que a escola integral do Brizola, as creches que abrirão caminho à igualdade, a reforma do ensino médio para que todo jovem possa escolher se será um técnico ou um universitário, as reformas e as novas escolas, os salários das professoras(es) e profissionais, será que sabem que tudo isso está à mão, como nunca antes? Será que os estudantes secundaristas sabem como pode ser importante – mais uma vez – a sua ação para o futuro do Brasil?!

Talvez não, porque a exclusão é demais, e porque o movimento secundarista sofreu duríssimo golpe na sua organização local e nacional quando nos anos de FHC se legalizou o liberou geral para as máfias e os inimigos da meia entrada a desmoralizarem com as infinitas e falsificadas carteiras que não servem – como antes – à luta, à cidadania, à politização, às mobilizações, sedes, carros de som, panfletos da juventude secundarista. É esse desmonte que ainda vigora a base para que tanta maldade se cometa com a juventude mais carente e linda das periferias, as crianças de rua a consumir o crack, a moçada que deixa a sala de aula porque não tem o que lá aprender e são seduzidas pela imprensa bandida e seus valores consumistas e desesperadores.

Essa é a consequência da desestruturação material da mais importante alavanca da luta de massas na juventude, representada na mais que gloriosa União Brasileira dos Estudantes Secundaristas e sua base infinita de dezenas de milhões de jovens de todos os municípios brasileiros e que o estatuto da Juventude pode corrigir. É esse o desafio que Manuela Braga e nossa meninada enfrenta quando dirige, com valentia, abnegação, militância apaixonada, tantos grêmios, UMES e Uniões Estaduais, mesmo sem um tostão, mesmo pedindo grana pro passe e pro almoço. A vida dos secunda nunca foi fácil. Por isso eles e elas, filhos dos trabalhadores e trabalhadoras, são a parcela que sempre mais me emocionou na juventude, porque eu nunca deixei de ser secunda. Por isso a UBES não precisa ser a UNE, porque quando a UBES se move, o Brasil treme, já que o outro nome para os secundaristas é povo nas ruas, o que a Jornada de Lutas da Juventude outra vez comprovou, indiscutivelmente.

E isso, mais que nunca, estimula a responsabilidade dos movimentos juvenis e do movimento sindical da educação apoiarem a UBES. Afinal, é na compreensão dos estudantes secundaristas, é na possibilidade de atuação de suas direções que repousa o maior potencial tectônico da luta para que o Brasil revolucione a Educação brasileira. Que fará o Congresso se a juventude secundarista se levantar pelos 100% dos royalties, os 50% do Pré-Sal e os 10% do PIB? Que farão os secundaristas se a UBES conseguir lhes dizer o que está em jogo?

O que aconteceria se no dia 02 de junho, os 10 mil participantes do Congresso da UNE se unissem, em Brasília, com caravanas secundaristas de todo o país, para pressionar o Congresso Nacional?

Desculpem, eu sei que sonho muito… é um velho hábito secundarista.

Por: Paulo Vinícius, Mestrando em Ciências Sociais, sociólogo e Secretário Nacional de Políticas para a Juventude CTB

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Por que as cotas raciais deram certo no Brasil


Nesta semana, a Revista Istoé traz, em sua capa, a chamada “Por que as cotas raciais deram certo no Brasil?”. Na reportagem a revista explica as barreiras superadas desde a ideia de implantar as cotas, até conseguir de fato, fazer com que elas fossem aprovadas por lei.

Antes de dar início ao texto da Istoé, cabe destacar a participação de todos idealizadores que contribuíram para que este avanço social fosse conquistado. Cabe a cada jovem, militante, estudante, representantes de diversos movimentos, essa árdua inclusão social conquistada. Tantas e tantas pressões, mobilizações foram realizados por essa militância, que vê nas Cotas apenas o começo da dívida histórica social que o país tem com os negros?

A UJS faz parte desta conquista e a partilha com todos que acreditaram em um Brasil melhor, mais justo e igual para todos. Foi com esta esperança que conseguimos alcançar este e muitos outros desafios, e com certeza, conquistaremos novos! Parabéns, juventude brasileira!

Por que as cotas raciais deram certo no Brasil?

Política de inclusão de negros nas universidades melhorou a qualidade do ensino e reduziu os índices de evasão. Acima de tudo, está transformando a vida de milhares de brasileiros
Amauri Segalla, Mariana Brugger e Rodrigo Cardoso

Antes de pedalar pelas ruas de Amsterdã com uma bicicleta vermelha e um sorriso largo, como fez na tarde da quarta-feira da semana passada, Ícaro Luís Vidal dos Santos, 25 anos, percorreu um caminho duro, mas que poderia ter sido bem mais tortuoso. Talvez instransponível. Ele foi o primeiro cotista negro a entrar na Faculdade de Medicina da Federal da Bahia. Formando da turma de 2011, Ícaro trabalha como clínico geral em um hospital de Salvador. A foto ao lado celebra a alegria de alguém que tinha tudo para não estar ali. É que, no Brasil, a cor da pele determina as chances de uma pessoa chegar à universidade. Para pobres e alunos de escolas públicas, também são poucas as rotas disponíveis. Como tantos outros, Ícaro reúne várias barreiras numa só pessoa: sempre frequentou colégio gratuito, sempre foi pobre – e é negro. Mesmo assim, sua história é diferente. Contra todas as probabilidades, tornou-se doutor diplomado, com dinheiro suficiente para cruzar o Atlântico e saborear a primeira viagem internacional. Sem a política de cotas, ele teria passado os últimos dias pedalando nas pontes erguidas sobre os canais de Amsterdã? Impossível dizer com certeza, mas a resposta lógica seria “não”.

Desde que o primeiro aluno negro ingressou em uma universidade pública pelo sistema de cotas, há dez anos, muita bobagem foi dita por aí. Os críticos ferozes afirmaram que o modelo rebaixaria o nível educacional e degradaria as universidades. Eles também disseram que os cotistas jamais acompanhariam o ritmo de seus colegas mais iluminados e isso resultaria na desistência dos negros e pobres beneficiados pelos programas de inclusão. Os arautos do pessimismo profetizaram discrepâncias do próprio vestibular, pois os cotistas seriam aprovados com notas vexatórias se comparadas com o desempenho da turma considerada mais capaz. Para os apocalípticos, o sistema de cotas culminaria numa decrepitude completa: o ódio racial seria instalado nas salas de aula universitárias, enquanto negros e brancos construiriam muros imaginários entre si. A segregação venceria e a mediocridade dos cotistas acabaria de vez com o mundo acadêmico brasileiro. Mas, surpresa: nada disso aconteceu. Um por um, todos os argumentos foram derrotados pela simples constatação da realidade. “Até agora, nenhuma das justificativas das pessoas contrárias às cotas se mostrou verdadeira”, diz Ricardo Vieiralves de Castro, reitor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).

As cotas raciais deram certo porque seus beneficiados são, sim, competentes. Merecem, sim, frequentar uma universidade pública e de qualidade. No vestibular, que é o princípio de tudo, os cotistas estão só um pouco atrás. Segundo dados do Sistema de Seleção Unificada, a nota de corte para os candidatos convencionais a vagas de medicina nas federais foi de 787,56 pontos. Para os cotistas, foi de 761,67 pontos. A diferença entre eles, portanto, ficou próxima de 3%. ISTOÉ entrevistou educadores e todos disseram que essa distância é mais do que razoável. Na verdade, é quase nada. Se em uma disciplina tão concorrida quanto medicina um coeficiente de apenas 3% separa os privilegiados, que estudaram em colégios privados, dos negros e pobres, que frequentaram escolas públicas, então é justo supor que a diferença mínima pode, perfeitamente, ser igualada ou superada no decorrer dos cursos. Depende só da disposição do aluno. Na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), uma das mais conceituadas do País, os resultados do último vestibular surpreenderam. “A maior diferença entre as notas de ingresso de cotistas e não cotistas foi observada no curso de economia”, diz Ângela Rocha, pró-reitora da UFRJ. “Mesmo assim, essa distância foi de 11%, o que, estatisticamente, não é significativo.”

Por ser recente, o sistema de cotas para negros carece de estudos que reúnam dados gerais do conjunto de universidades brasileiras. Mesmo analisados separadamente, eles trazem respostas extraordinárias. É de se imaginar que os alunos oriundos de colégios privados tenham, na universidade, desempenho muito acima de seus pares cotistas. Afinal, eles tiveram uma educação exemplar, amparada em mensalidades que custam pequenas fortunas. Mas a esperada superioridade estudantil dos não cotistas está longe de ser verdade. A Uerj analisou as notas de seus alunos durante 5 anos. Os negros tiraram, em média, 6,41. Já os não cotistas marcaram 6,37 pontos. Caso isolado? De jeito nenhum. Na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), que também é referência no País, uma pesquisa demonstrou que, em 33 dos 64 cursos analisados, os alunos que ingressaram na universidade por meio de um sistema parecido com as cotas tiveram performance melhor do que os não beneficiados. E ninguém está falando aqui de disciplinas sem prestígio. Em engenharia de computação, uma das novas fronteiras do mercado de trabalho, os estudantes negros, pobres e que frequentaram escolas públicas tiraram, no terceiro semestre, média de 6,8, contra 6,1 dos demais. Em física, um bicho de sete cabeças para a maioria das pessoas, o primeiro grupo cravou 5,4 pontos, mais dos que os 4,1 dos outros (o que dá uma diferença espantosa de 32%).

Em um relatório interno, a Unicamp avaliou que seu programa para pobres e negros resultou em um bônus inesperado. “Além de promover a inclusão social e étnica, obtivemos um ganho acadêmico”, diz o texto. Ora, os pessimistas não diziam que os alunos favorecidos pelas cotas acabariam com a meritocracia? Não afirmavam que a qualidade das universidades seria colocada em xeque? Por uma sublime ironia, foi o inverso que aconteceu. E se a diferença entre cotistas e não cotistas fosse realmente grande, significaria que os programas de inclusão estariam condenados ao fracasso? Esse tipo de análise é igualmente discutível. “Em um País tão desigual quanto o Brasil, falar em meritocracia não faz sentido”, diz Nelson Inocêncio, coordenador do núcleo de estudos afrobrasileiros da UnB. “Com as cotas, não é o mérito que se deve discutir, mas, sim, a questão da oportunidade.” Ricardo Vieiralves de Castro fala do dever intrínseco das universidades em, afinal, transformar seus alunos – mesmo que cheguem à sala de aula com deficiências de aprendizado. “Se você não acredita que a educação é um processo modificador e civilizatório, que o conhecimento é capaz de provocar grandes mudanças, não faz sentido existir professores.” Não faz sentido existir nem sequer universidade.

Mas o que explica o desempenho estudantil eficiente dos cotistas? “Os alunos do modelo de inclusão são sobreviventes, aqueles que sempre foram os melhores de sua turma”, diz Maurício Kleinke, coordenador-executivo do vestibular da Unicamp. Kleinke faz uma análise interessante do fenômeno. “Eles querem, acima de tudo, mostrar para os outros que são capazes e, por isso, se esforçam mais.” Segundo o professor da Unicamp, os mais favorecidos sabem que, se tudo der errado na universidade, podem simplesmente deixar o curso e voltar para os braços firmes e seguros de seus pais. Para os negros e pobres, é diferente. “Eles não sofrem da crise existencial que afeta muitos alunos universitários e que faz com que estes desistam do curso para tentar qualquer outra coisa.” Advogado que entrou na PUC do Rio por meio de um sistema de cotas, Renato Ferreira dos Santos concorda com essa teoria. “Nós, negros, não podemos fazer corpo mole na universidade”, diz. Também professor do departamento de psicologia da Uerj, Ricardo Vieiralves de Castro vai além. “Há um esforço diferenciado do aluno cotista, que agarra essa oportunidade como uma chance de vida”, diz o educador. “Ele faz um esforço pessoal de superação.” Esse empenho, diz o especialista, é detectável a cada período estudantil. “O cotista começa a universidade com uma performance mediana, mas depois se iguala ao não cotista e, por fim, o supera em muitos casos.”

O cotista não desiste. Se desistir, terá de voltar ao passado e enfrentar a falta de oportunidades que a vida ofereceu. Por isso, os índices de evasão dos alunos dos programas de inclusão são baixos e, em diversas universidades, até inferiores aos dos não cotistas. Para os críticos teimosos, que achavam que as cotas não teriam efeito positivo, o que se observa é a inserção maior de negros no mercado de trabalho. “Fizemos uma avaliação com 500 cotistas e descobrimos que 91% deles estão empregados em diversas carreiras, até naquelas que têm mais dificuldade para empregar”, diz Ricardo Vieiralves de Castro. Com o diploma em mãos, os negros alcançam postos de melhor remuneração, o que, por sua vez, significa uma chance de transformação para o seu grupo social. Não é difícil imaginar como os filhos dos cotistas terão uma vida mais confortável – e de mais oportunidades – do que seus pais jamais tiveram.

Por mais que os críticos gritem contra o sistema de cotas, a realidade nua e crua é que ele tem gerado uma série de efeitos positivos. Hoje, os negros estão mais presentes no ambiente universitário. Há 15 anos, apenas 2% deles tinham ensino superior concluído. Hoje, o índice triplicou para 6%. Ou seja: até outro dia, as salas de aula das universidades brasileiras lembravam mais a Suécia do que o próprio Brasil. Apesar da evolução, o percentual é ridículo. Afinal de contas, praticamente a metade dos brasileiros é negra ou parda. Nos Estados Unidos, a porcentagem da população chamada afrodescendente corresponde exatamente à participação dela nas universidades: 13%. Quem diz que não existe racismo no Brasil está enganado ou fala isso de má-fé. Nos Estados Unidos, veem-se negros ocupando o mesmo espaço dos brancos – nos shoppings, nos restaurantes bacanas, no aeroporto, na televisão, nos cargos de chefia. No Brasil, a classe média branca raramente convive com pessoas de uma cor de pele diferente da sua e talvez isso explique por que muita gente refuta os programas de cotas raciais. No fundo, o que muitos brancos temem é que os negros ocupem o seu lugar ou o de seus filhos na universidade. Não há outra palavra para expressar isso a não ser racismo.

Com a aprovação recente, pelo Senado, do projeto que regulamenta o sistema de cotas nas universidades federais (e que prevê que até 2016 25% do total de vagas seja destinado aos estudantes negros), as próximas gerações vão conhecer uma transformação ainda mais profunda. Os negros terão, enfim, as condições ideais para anular os impedimentos que há 205 anos, desde a fundação da primeira faculdade brasileira, os afastavam do ensino superior. Por mais que os críticos se assustem com essa mudança, ela é justa por fazer uma devida reparação. “São muitos anos de escravidão para poucos anos de cotas”, diz o pedagogo Jorge Alberto Saboya, que fez sua tese de doutorado sobre o sistema de inclusão no ensino superior. Acima de tudo, são muitos anos de preconceito. Como se elimina isso? “Não se combate o racismo com palavras”, diz o sociólogo Muniz Sodré, pesquisador da UFRJ. “O que combate o racismo é a proximidade entre as diferenças.” Não é a proximidade entre as diferenças o que, afinal, promove o sistema de cotas brasileiro?

Redação da UJS Nacional com Revista Istoé, veja infográficos e mais imagens no site da revista.

Sancionada Lei que permite gratuidade no vestibular a estudantes de escolas públicas


Durante a manhã de hoje (11/04), a presidenta Dilma Rousseff sancionou a lei nº 12.799, que estabelece critérios de isenção do pagamento de taxa de inscrição para ingresso nas universidades federais. A aprovação surge como um passo inédito e transformador rumo à democratização da universidade.

Segundo a norma estabelecida, será assegurada isenção total do pagamento da taxa de inscrição ao candidato que apresentar renda familiar per capita igual ou inferior a 1,5 salário mínimo todo o ensino médio e que tenha cursado o ensino médio completo em escola da rede pública ou como bolsista integral em escola da rede privada.

Para a diretora de assistência estudantil da UNE, Camila Moreno, esta é uma grande conquista. ‘’ A UNE sempre defendeu a democratização da universidade e todos os instrumentos que possibilitem o acesso a ela são importantes. Esta lei se mostra um auxílio, e mostra que a assistência estudantil começa antes mesmo do estudante ingressar na universidade’’, contou.

Outra determinação é a de que as universidades federais deverão adotar critérios para a isenção total e parcial do pagamento das taxas de inscrição, de acordo com a carência socioeconômica dos candidatos.

‘’Estamos comemorando muito esta grande vitória. Agora, mais estudantes terão chances de ingressar em uma universidade pública. É um grande avanço’’, comemorou Camila.

1,5 Bi para assistência estudantil

O acesso estudantil à universidade está em crescente expansão, e com processos mais democráticos para o ingresso dos estudantes. Lei de cotas, ampliação das universidades federais e programas de bolsas em universidades privadas como o Prouni vêm contribuindo para esse acontecimento. Contudo, o investimento em políticas que assegurem a permanência do estudante nas instituições de ensino mostra-se insuficiente nesse novo cenário.

Para Camila Moreno, esse é um grande desafio. ‘’ As instituições se democratizaram muito, mas a preocupação com a permanência do estudante não evoluiu na mesma proporção. Pensar coletivamente soluções para garantir que os estudantes ingressem e permaneçam nas universidades, como a aprovação dessa nova lei, é de extrema importância’’, ressaltou.

A garantia da permanência do estudante na universidade é uma das principais bandeiras de luta defendidas pela União Nacional dos Estudantes. No último dia 22 de agosto de 2012, o presidente da UNE, Daniel Iliescu, em reunião com a presidenta Dilma Rousseff, defendeu a destinação de R$1,5 bilhão para o Plano Nacional desse setor (PNAES) como forma de garantir políticas nesse sentido.

Fonte: UNE

Central venezuelana reúne 80 mil em apoio à eleição de Maduro


A quatro dias das eleições presidenciais na Venezuela, que ocorrerá domingo próximo, centenas de trabalhadoras e trabalhadores atenderam à convocação da Central Bolivariana Socialista dos Trabalhadores e Trabalhadoras do campo e pesca da Venezuela (CBST) e ao lado da sede da Presidência da Venezuela, o Palácio de Miraflores, concentraram-se nesta terça-feira (9), após marcharem por várias avenidas da capital Caracas.

Tremulando centenas de bandeiras e faixas, várias entidades sindicais mostraram mais uma vez que a classe trabalhadora venezuelana nessa batalha eleitoral tem lado. Decidiram há anos e continuam apoiando a revolução bolivariana liderada pelo até então presidente Chávez.

Na caminhada, cantada pela multidão, ouve-se um refrão de uma das músicas da campanha nos diversos carros de som: “Chávez vive, la lucha sigue! Chávez somos todos! Com Maduro sigue!”.

Chávez mira o Palácio de Miraflores

Desse palácio pode-se ver no alto o forte militar 4F – esta sigla registra a data do levante liderado pelo então tenente-coronel em 4 de fevereiro de 1992 – no qual estão abrigados os restos mortais de Hugo Chávez.

A cada passo, a cada atividade política, a cada concentração é como se não acreditasse, pois até então pouquíssimo tempo, o libertário integracionista latino-americano contemporâneo liderava e discursava nesses mesmos palanques e ruas com sua forte determinação socialista o processo revolucionário em seu país. O povo ainda sofre com essa perda.

Classe trabalhadora venezuelana tem lado

Saudando os presentes, o secretário de relações internacionais da CBST, Jacobo Freire, conclamava as trabalhadoras e os trabalhadores à luta. Coube ao presidente dessa central, Wills Rangel, o discurso inaugural do ato. Nele reafirmou que a classe trabalhadora não admitirá retrocessos e desenvolverá todas as suas energias rumo à vitória de Nicolás Maduro.

Já o presidente e candidato Nicolás Maduro saudou todo o público e juntamente com um grupo musical no evento presente tocou e cantou com toda a plateia.Emocionado resgatou a sua relação histórica com Chávez e o seu compromisso com o legado deixado por ele. “Poderá levar séculos para nascer um novo Chávez”, afirmou. Reafirmou seu compromisso com o processo revolucionário e denunciando o capitalismo, comprometeu-se em seguir o projeto deixado pelo seu antecessor.

Num momento alto, convidou ao palco cinco trabalhadores metroviários que juntamente com ele, fizeram as lutas dessa categoria em seu respectivo sindicato. Nessa hora reforçou seu pertencimento de classe e denunciou seu maior opositor, Capriles: “O burguesito não sabe o que é trabalhar. Não sabe o que é acordar às quatro da manhã, tomar um café e ir produzir a riqueza desse país. Ao contrário, o que ele sabe é viabilizar a exploração das trabalhadoras e dos trabalhadores. O único esforço dele é usar seu avião pessoal para ir à Nova York”.

Apresentou quatro projetos para a classe trabalhadora: Um mercado de alimentos para os trabalhadores; um forte programa residencial; um programa de saúde, esporte e cultura dirigido à classe; um reajuste no salário mínimo de 20% em maio deste ano, mais 10% em setembro e de acordo com a inflação, um novo incremento entre 5 e 10%. Isso pode gerar um reajuste entre 38 e 45% ainda em 2013.

A cada projeto apresentado Maduro foi interrompido pelo público assim saudado: “É assim que se governa! É assim que se governa!”.

Em ato final assinou publicamente um documento que se compromete em respeitar o resultado eleitoral independente de seu resultado. Seu opositor, com sua evidente derrota – todas as pesquisas apontam a vitória de Nicolás Maduro – já cria as condições para seu falso discurso contra o processo eleitoral.

“Em sistemas eleitorais obrigatórios, se votam 70% todos ficam contentes. Aqui votaram 81% sendo optativo.” A constatação é do chefe da missão da UNASUL (União de Nações Sul-americanas), o argentino Carlos Álvarez, que acompanha essas eleições. Ela está composta por 40 membros de órgãos eleitorais e de 10 países sul-americanos (Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Uruguai).

Fonte: CTB

Herzog: A Copa do Mundo é nossa, não dele [Marin]

 


 
Abro aspas: “Queremos prestar nossos melhores cumprimentos a um homem que, de há muito, vem prestando relevantes serviços à coletividade, embora nem sempre tenha sido feita justiça ao trabalho (…) Queremos trazer nossos cumprimentos e dizer do nosso orgulho em contar na polícia de São Paulo com o delegado Sérgio Paranhos Fleury”.

Essa é apenas uma pequena parte do discurso proferido por José Maria Marin no dia 7 de outubro de 1976, quase um ano após a morte do meu pai. Poucos dias antes de seu assassinato, Marin havia subido à tribuna para pedir providências do Estado contra a TV Cultura, “a fim de que a tranquilidade volte a reinar não só nessa casa, mas principalmente nos lares paulistanos”.

José Maria Marin não apenas incitou ações de violência contra os jornalistas que se opunham à ditadura brasileira (1964-1985), como também pediu o reconhecimento ao, para ele, exemplar trabalho executado pelos torturadores, sequestradores e assassinos daquele período.

Sérgio Fleury foi o principal agente do governo de comando das ações “secretas” do DOI-Codi em São Paulo. Centenas de pessoas foram presas e torturadas. Dezenas assassinadas. De algumas, até hoje, os familiares não têm informação sobre o paradeiro dos corpos.

O Brasil receberá o mundo para o maior evento esportivo de nossa história. O anfitrião dessa festa, nosso principal representante, será José Maria Marin. Ou não! Acredito que, à medida que revelarmos o caráter dessa pessoa, aqueles que estão à frente do nosso futebol e outros setores da sociedade pedirão sua saída.

É aceitável uma entidade privada ter na sua liderança uma pessoa de princípios que, suas próprias palavras o confessam, seguem na direção oposta à democracia e à defesa dos direitos humanos? Eu acho que não.

Há inúmeros casos de empresas que substituíram seus presidentes ao descobrirem fatos passados que conflitavam com os valores institucionais. A Fundação Livestrong, criada pelo ciclista Lance Armstrong, o removeu da presidência com a revelação do uso de doping.

Quais os valores dos representantes do nosso futebol?

A CBF, as 27 federações estaduais de futebol e os 20 clubes da série A têm agora conhecimento do passado de Marin. Cópias de seus discursos e da petição com mais de 53 mil assinaturas pedindo sua saída foram entregues a essas entidades.

Nosso país se orgulha da alegria e receptividade de seu povo. Um povo que sofreu as maiores demonstrações de intolerância da história da humanidade: o quase extermínio dos povos indígenas. Séculos de escravidão. E décadas de autoritarismo de um Estado não democrático.

Hoje, conquistamos a democracia com a contribuição de movimentos sociais e com inúmeras concessões (ainda difíceis de digerir), como a Lei da Anistia. Mas, dentre aqueles que violaram direitos humanos e executaram ações de tortura e assassinato, há não só os que não puderam ser trazidos à Justiça, como muitos que nem sequer têm seus nomes conhecidos.

Pensar em recompensar um desses personagens com a glória de ser o responsável por receber o mundo em nome do povo brasileiro na ocasião da Copa do Mundo é inaceitável. Intolerável. A Copa do Mundo é nossa. Não do Marin.

* Ivo Herzog é engenheiro naval e filho do jornalista Vladimir Herzog

Fonte: UJS Nacional

sábado, 6 de abril de 2013

UJS Petrópolis Lança aplicativo para Android


Baixe nosso aplicativo e tenha acesso as nossas informações ao alcance de um click

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O download só é possível se clicar no link a cima através de um aparelho que utilize o sistema operacional Android.

Faça sua inscrição e participe do 53º Congresso da UNE


Com mais de 75 anos de combatividade e história, a União Nacional dos Estudantes (UNE) se prepara para realizar o seu maior e mais representativo fórum. A 53º edição do Congresso da entidade ocorrerá na já tradicional “cidade dos estudantes”, Goiânia, no centro oeste de Goiás, de 29 de maio a 02 de junho. O CONUNE reunirá mais de 10 mil jovens de todos os estados do país com objetivo de definir os rumos do movimento estudantil para os próximos dois anos.

O processo eleitoral é realizado desde o mês de fevereiro com a escolha dos delegados e observadores, que são aqueles com a responsabilidade de representar a sua universidade durante as votações do encontro e, principalmente, no momento de eleição da nova diretoria e presidente da entidade.

Durante os quatro dias, os participantes terão a oportunidade de debater e trocar opiniões sobre os rumos do país, avaliar as políticas públicas, a ação dos movimentos sociais, os avanços na área da educação, esporte, meio ambiente, direitos humanos e outros assuntos importantes que gravitam em torno do movimento estudantil. O congresso é também uma grande celebração da diversidade, coroado com atividades culturais, intervenções artísticas, trocas de costumes e tradições e, claro, shows diários.

O presidente da UNE, Daniel Iliescu, ressalta a importância histórica do Congresso da UNE como grande mobilizador da juventude brasileira. “O Congresso é importante porque joga água no moinho das mudanças da educação brasileira, além de reafirmar a longevidade e combatividade da União Nacional dos Estudantes. Todos os estudantes do Brasil estão convidados a participar desse momento histórico, não só para entidade, mas também para o movimento estudantil e para o país”.

Inscreva-se já

Para participar do 53º CONUNE basta preencher as informações, como instituição de ensino, curso, nome, RG e endereço. Durante o preenchimento, duas opções de participação estarão disponíveis: será possível se inscrever como delegado ou observador. Vale lembrar que delegado é o participante que foi eleito em sua faculdade pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE) ou comissão eleitoral e observador é o participante que irá apenas assistir ao congresso, com direito a voz mas sem direito a voto.

Escolhida a opção correta e com todos os campos preenchidos é necessário gerar o boleto. Atenção para a importância desse documento, que além do pagamento será a porta de entrada para o congresso, sendo necessário apresentá-lo no momento do credenciamento.

O boleto pode ser pago em qualquer agência bancária, lotérica ou via internet até a data emitida. Caso passe do prazo será necessário gerar novo boleto e o custo não terá alterações, desde que esteja dentro das datas específicas.

A taxa de inscrições, para todos os participantes, é de R$ 60,00 até o dia 30 de abril. Entre os dias 1º e 24 de maio, o valor aumenta para R$ 75,00. Nos dias do evento, passará a custar R$ 125,00 . Está incluso nessa taxa o direito à alojamento, transporte e alimentação durante os quatro dias.

Clique aqui e faça já sua inscrição.
Fonte: UNE

Quer ir com a gente? Entre em contato com a UJS Petrópolis pelo e-mail ujspetropolis@hotmail.com ou facebook www.facebook.com/ujspetropolis para mais informações.

Blogueiros criam fundo para batalhas judiciais



Reunidos ontem à noite na sede do Centro de Estudos de Mídia Barão de Itararé, em São Paulo, blogueiros, ativistas, militantes de partidos políticos, movimentos sociais e advogados decidiram, por consenso, criar um fundo para socorrer financeiramente colegas que sejam alvo de processos judiciais, ameaças ou violência em todo o Brasil.

O fundo de emergência será inicialmente organizado pelo Conselho Nacional da blogosfera, formado por 26 ativistas de todo o Brasil no mais recente encontro da entidade, em Salvador, na Bahia. Uma conta bancária receberá as contribuições de internautas, por enquanto em nome do Barão de Itararé. Decidiu-se também que a entidade terá um corpo jurídico exclusivamente devotado à defesa de blogueiros.

Segundo Altamiro Borges, presidente do Centro, a judicialização do debate político e a ameaça a poderes nunca antes questionados multiplicou o número de ações, que incluem ameaças, agressões e assassinatos.

“Os coronéis acostumados a mandar sem contestação ou crítica, seja em nível nacional, estadual ou local, encontram na Justiça frequentemente o caminho para calar ou intimidar a blogosfera”, afirmou Altamiro. “Com isso, escapam do debate das questões políticas de fundo, como a da democratização da mídia, para um terreno no qual dispõem de maiores recursos”, aduziu.

Presentes, os blogueiros Paulo Henrique Amorim, Rodrigo Vianna e Lino Bocchini — além deste que vos escreve –, que enfrentam na Justiça ações movidas por grandes corporações da mídia, declararam que não pretendem recorrer ao fundo, nem agora nem no futuro. Conceição Lemes, editora-chefe do Viomundo, explicou: “Há gente que nem dispõe de advogado e que, por falta de recursos, se cala diante de autoridades em várias partes do Brasil. Não é o nosso caso”.

Eduardo Guimarães deixou claro: “É importante que o fundo de apoio a blogueiros tenha critérios claros e pré-estabelecidos para aqueles que serão beneficiados em caso de necessidade. Sugiro que os que se interessarem por tal apoio façam uma contribuição mensal — pequena, talvez simbólica –, de forma que integre o esforço que está sendo empreendido e, assim, faça jus ao eventual apoio do qual poderá vir a precisar. Dessa maneira, não haverá questionamento sobre quem vier ou não a ser apoiado”.

Embora as decisões futuras ainda dependam do Conselho Nacional, vários oradores lembraram como absolutamente prioritário o caso do jornalista/blogueiro Lúcio Flávio Pinto, do Pará. Editor do Jornal Pessoal, Lúcio Flávio foi condenado pelo Superior Tribunal de Justiça a indenizar Cecílio do Rego Almeida, a quem acusou de ser grileiro de terras.

Fonte: Barão de Itararé

Movimentos da Juventude entregarão à Dilma documentos com reivindicações



UJS, UNE, MST, CUT, CTB, Pastoral da Juventude e outras entidades levarão até a presidenta da República a cobrança por mais investimentos em educação, reforma agrária e democratização dos meios de comunicação

Representantes da Jornada Nacional de Lutas da Juventude Brasileira entregarão à presidenta Dilma Rousseff nesta quinta-feira, 4 de abril, documento com as principais reivindicações do movimento, que tem realizado desde o dia 25 de março série de manifestações nas principais cidades do país. Passeatas já ocorreram em São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Porto Alegre, Sergipe, Ceará, Manaus, Piauí e Goiás.

O encontro entre a presidenta da República e os mais de 40 grupos, entidades, organizações e coletivos que compõem a Jornada de Lutas será às 10h, no Palácio do Planalto.

Entre os grandes consensos dos movimento –que reúne estudantes, jovens da cidade e do campo, trabalhadores, feministas, juventudes partidárias e ecumênicas, coletivos LGBT, de cultura, meio ambiente e das periferias– está a necessidade de investimento na área da educação pública, com a destinação de 10% do PIB, 50% do fundo social do Pré-sal e 100% dos royalties do petróleo exclusivamente para o setor.

O trabalho decente para a juventude, as reformas política e agrária, a redução da jornada de trabalho, a denúncia contra o extermínio da juventude negra e a democratização da comunicação de massas também são bandeiras estruturais reivindicadas pela juventude.

“Unir a Juventude Brasileira: Se o presente é de luta, o futuro nos pertence” é o lema do manifesto assinado de forma inédita e unificada por entidades como a UNE, CUT, MST, CTB, Pastoral da Juventude, ABGLT, Apeoesp e Conam. O documento, aprovado no fim de fevereiro, aponta a necessidade de aprofundar as mudanças no país.

“Queremos cidades mais humanas em vez de racismo, violência e intolerância. Queremos as garantias de um estado laico, democrático, inclusivo, que respeite os Direitos Humanos fundamentais, inclusive aos nossos corpos, à liberdade de orientação sexual e à identidade de gênero, num ambiente de liberdade religiosa. Queremos reformas estruturais que garantam um projeto de desenvolvimento social e que abram caminhos ao socialismo. Lutamos por um desenvolvimento sustentável, solidário, que rompa com os valores do patriarcado, que assegure o direito universal à educação, ao trabalho decente, à liberdade de organização sindical, à terra para quem nela trabalha e o direito à verdade e à justiça para nossos heróis mortos e desaparecidos”, diz trecho do manifesto. (Leia a íntegra aqui: http://ow.ly/jJ0O9)

MARÇO É MÊS DE LUTA E HOMENAGENS

Já é tradicional no calendário do movimento estudantil brasileiro ocupar as ruas das capitais do país no mês de março, simbólico para a luta dos jovens brasileiros. A Jornada é uma homenagem a duas figuras marcantes. Uma delas foi o estudante secundarista Edson Luís, assassinado em 28 de março de 1968 com uma bala no peito, disparada por militares, durante repressão a um protesto no restaurante universitário Calabouço, no Rio de Janeiro. Edson reivindicava preços mais justos para a alimentação dos estudantes.

A Jornada lembra ainda a data de nascimento (28 de março de 1947) de uma das principais lideranças jovens da história brasileira; o ex-presidente da UNE, Honestino Guimarães, preso, torturado e assassinado pela ditadura militar no Rio de Janeiro. Honestino, com seus anseios em mudar o Brasil e o mundo, continua um símbolo vivo para diversas gerações.

QUEM PARTICIPA DA JORNADA

Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT); Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG); Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (APEOESP); Associação Cultural B; Centro de Estudos Barão de Itararé; Confederação Nacional das Associações de Moradores (CONAM); CONEM; Consulta Popular; ECOSURFI, Coletivo Nacional de Juventude Enegrecer, Federação dos Estudantes de Agronomia do Brasil (FEAB), Federação Paulista de Skate, Fora do Eixo, Juventude da CTB, Juventude da CUT, Juventude da Contag, Juventude do PSB, Juventude do PT, Juventude Pátria Livre; Levante Popular da Juventude; Marcha Mundial das Mulheres; Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST); Nação Hip Hop Brasil; Pastoral da Juventude, Pastoral da Juventude do Meio Popular (PJMP), Rede Ecumênica da Juventude (REJU); Rede da Juventude pelo Meio Ambiente e Sustentabilidade (REJUMA); União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES); União Brasileira de Mulheres (UBM), União da Juventude Socialistas (UJS); União Nacional dos Estudantes (UNE); Via Campesina.

Fonte: Jornada de Lutas - ujs.org.br

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Comunicado sobre a Audiência Pública do Transporte

 
 A UJS Petrópolis, comunicou a Câmara que não poderia comparecer a Audiência Pública marcada para o dia 04 de abril de 2013, as 18h e 30min, por motivo de seus membros estarem participando da Jornada de Lutas da Juventude, evento a ser realizado no Rio de Janeiro, ao longo de todo o dia 04/04/13, solicitamos o cancelamento da mesma.

  Vale Ressaltar, que o citado evento já constava em nosso calendário de atividades regional, antes de a Audiência Pública ser remarcada do dia 28 de março para o dia 4 de abril do corrente ano, e o mesmo foi confirmado, na data de hoje, pela Direção Regional da UJS, o que tornou impossível a nossa presença na citada audiência.

  Em momento oportuno, encaminharemos à Câmara Municipal, a solicitação de informações que julgarmos necessários à Câmara Municipal, a solicitação de informações que julgamos necessárias ao nosso esclarecimento sobre o tema da audiência.



UJS Petrópolis

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Eventos pelo Brasil marcam Semana Nacional de Memória e Direitos Humanos


Entre os dias 01 e 06 de abril, é memorada a Semana Nacional de Memória e Direitos Humanos (SNMDH), um espaço de articulação das entidades que lutam pela defesa dos Direitos Humanos e pelo direito à Memória.

Durante estes dias, por todo o país, ocorrerão cerca de 40 eventos, que visam propagar o debate democrático sobre a necessidade de se construir uma memória pública do período ditatorial no Brasil e consolidar a defesa intransigente dos direitos humanos. Essa iniciativa foi convocada no fim de fevereiro, pelo Núcleo de Preservação de Memória Política.

Hoje (01), em São Paulo, o Arquivo Público do Estado de São Paulo (APESP) promove o seminário “Arquivos da repressão e o acesso público na era digital”. Este ato marcará o lançamento, na internet, de cerca de um milhão de documentos do Deops/SP.
 
Hoje, o documentário 1964 – Um golpe contra o Brasil, produzido pelo Núcleo Memória e dirigido por Alipio Freire, já foi apresentado, às 14 horas, na Unidade Santo Amaro do Cursinho da Poli.
 
O mesmo documentário será exibido também logo mais, às 19 horas, no Museu da Imagem e do Som de Campinas, com debates após a exibição.
 
Na quarta (3), o Watson Institute for International Studies, da Brown University, dos Estados Unidos, realiza um debate sobre duas obras literárias do escritor gaúcho Luis Fernando Veríssimo que têm como tema central a ditadura civil-militar de 1964 e como este acontecimento histórico é abordado na ficção: A Mancha e O Condomínio.

Este debate acontecerá entre as 18h e 19h, no auditório Joukowsky Forum, e terá como convidada Leila Lehnen, professora de literatura brasileira e hispano-americana da Universidade do Novo México.

Estes e outros eventos, você obtém mais informações no site da Semana Nacional de Direitos Humanos. Confira.

FONTE: UJS Nacional

Estatuto da Juventude deve ser votado nesta semana

 Senado deve aprovar já na quarta-feira (3) o projeto do Estatuto da Juventude, que estabelece uma série de direitos para as pessoas de 15 a 29 anos. A proposta será examinada em reunião da Comissão de Assuntos Sociais. De acordo com o senador Paulo Paim (PT-RS), relator do projeto, após a votação na Comissão, será apresentado um requerimento de urgência para que o texto siga diretamente ao Plenário.

A proposta não foi analisada na semana passada porque eram necessários ajustes no dispositivo que prevê vagas gratuitas para estudantes carentes no transporte rodoviário interestadual. O líder do PT, senador Wellington Dias (PI), informou que o governo desejava ainda avaliar o impacto dessa cota de gratuidade.

O texto assegura a ocupação de dois assentos gratuitos e mais dois com desconto de 50%.

De acordo com Paim, outro ponto objeto de divergência – a própria faixa etária a ser abrangida pelo estatuto – já foi resolvido. A Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República defendia uma faixa menor, de 18 a 29 anos, para evitar sobreposição com o Estatuto da Criança e do Adolescente, que classifica como adolescentes as pessoas de 12 a 18 anos. Paim afirmou, no entanto, ter feito ajustes para manter a faixa de 15 a 29 anos sem criar problemas práticos.

Outras polêmicas foram superadas durante a tramitação na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania. É o caso da meia-entrada em espetáculos artístico-culturais e esportivos a jovens estudantes ou comprovadamente carentes e da expedição da carteira de identificação estudantil, que, pelo texto, será feita “preferencialmente” pela União Nacional dos Estudantes (UNE) e pela União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), mas sem garantia de exclusividade.

Fonte: Rede Brasil Atual - ujs.org.br

O império contra-ataca





A esta altura, você já deve estar sabendo – e, se não sabia, agora saberá – que Luiz Carlos Azenha, jornalista-repórter da TV Record e editor do site Viomundo, foi condenado pela Justiça do Rio de Janeiro a indenizar o diretor de jornalismo da Globo, Ali Kamel, em 30 mil reais. Segundo a sentença, por Azenha ter movido “campanha insultuosa” contra ele.

Kamel vem obtendo sucessivas – e esquisitíssimas – vitórias na Justiça do Rio, assim como a emissora que o emprega, ao lado de outros grandes veículos de comunicação, conseguiu condenar, no STF, inimigos dessa corrente política que congrega partidos de oposição e impérios de comunicação.

O império da direita midiática no Brasil já conseguiu muito mais. Conseguiu manter o país sob uma ditadura militar durante duas décadas. O império da direita brasileira já conseguiu derrubar um governo legitimamente eleito e, depois, sustentou um regime que, por falta de votos, impediu este povo de escolher seus dirigentes.

A direita midiática, porém, perdeu poder. Hoje, exercita-o investindo contra trabalhadores da indústria da comunicação, mas não consegue mais dar golpes e eleger os governos que quer.

Azenha, ao lado de tantos outros, ajudou a derrotar a Globo em 2006, em 2010 e em 2012 – neste último ano, foi possível impedir o campeão da direita, candidato duas vezes a presidente, de se eleger como prefeito de São Paulo.

A Globo e seus tentáculos, bem como o exército de militantes – quase todos anônimos – que mantêm na internet, dirão que é muita pretensão achar que a blogosfera derrotou o império destro-midiático. Entretanto, as investidas desse império contra blogueiros referenda a tese que tentarão desqualificar.

O diretor da Globo não investiria contra Azenha, Paulo Henrique Amorim, Rodrigo Vianna, Cloaca News e tantos outros blogueiros, ou um colunista da Veja não investiria contra este que escreve, entre tantos outros, se nós não os incomodássemos. Incomodamos, e muito.

O ex-ministro da Secom Franklin Martins explicou, no último encontro de blogueiros progressistas, em Salvador, que o que nossos blogs fazem é visto como um perigo e um incômodo imensos por esses impérios de comunicação.

Para entender como simples blogs podem incomodar tanto esse império midiático que mantém 90% da comunicação de massas na mão de meia dúzia de famílias bilionárias, uma analogia: você sabe, leitor, por que as ditaduras censuram até uma distribuição de panfletos na rua? Sabe por que censuram uma música ou uma peça de teatro?

A comunicação, seja de que forma for feita, é “viral”. A informação esgueira-se por qualquer fresta que deixarem aberta e se espalha em progressão geométrica, mesmo que de forma lenta.

Uma Globo tem o poder da instantaneidade na comunicação. O que sai no Jornal Nacional às 20:31 hs., em questão de minutos já é sabido e consabido em todo território nacional e até no exterior. Contudo, a informação em um simples blog vai circulando devagar, muito devagar, mas sempre, sem parar.

As pessoas recebem artigo que escrevo em seus e-mails, em seus perfis nas redes sociais ou recebem indicação daquele texto ou até daquele blog através de amigos. E os argumentos que eu uso, por exemplo, vão sendo contrapostos à informação instantânea que a Globo, também por exemplo, difundiu.

Quando não existia a internet, esse processo era milhões de vezes mais lento e, ainda assim, assustava os déspotas que precisam falar sozinhos para mentir com “sucesso”.

Em campanhas eleitorais, aliás, a internet é muito mais importante. Por que a audiência em blogs políticos sobe tanto em períodos eleitorais? Porque pessoas pouco ligadas em política vão buscar informações adicionais na internet, já que muita gente já se deu conta de que o noticiário tradicional não conta a história toda.

Entendo as razões que o Azenha alega para encerrar seu site. É um repórter de sucesso, tem uma carreira pela frente e uma família a sustentar. Seu sufocamento financeiro pelas seguidas ações que Ali Kamel move contra si – e nas quais a Globo tem muito interesse – pode fazê-lo perder boa parte de seus bens, amealhados com trabalho honesto.

Além disso, assim como todos os outros blogueiros, Azenha não recebe dinheiro público que o governo Dilma Rousseff despeja aos borbotões nos cofres de uma Globo, que, apesar de ter só 45% da audiência, recebe 60% de todas as verbas publicitárias do governo federal.

É revoltante? Claro. Azenha tem todas as razões plausíveis para desistir de enfrentar esse poder discricionário e antidemocrático? Tem. Mas deve? Aí é outra questão.

Ao contrário do que parece, o império destro-midiático está perdendo o embate. O esforço que vem fazendo desde meados do ano passado, quando iniciou a sua última investida contra o governo Dilma e contra o PT, custou-lhe centenas de milhões de dólares.

Que resultado a Globo obteve com edições inteiras do Jornal Nacional focadas em destruir a imagem do PT? Zero. O PT, em pesquisa recente, aparece com 29% de preferência dos brasileiros – um patamar histórico – e se tornou, em 2012, o partido mais votado do país. E, de quebra, ainda tomou São Paulo do PSDB.

Ainda cabe recurso a Azenha na ação que Ali Kamel venceu contra si em primeira instância. O caso pode chegar ao Supremo Tribunal Federal, que está mudando de perfil. Além disso, mesmo se vier a perder, não tenho a menor dúvida de que boa parte do público da blogosfera se cotizaria e pagaria a indenização por ele.

Não é fácil ser blogueiro. O próprio Azenha relatou, recentemente, os riscos de violência física que este blogueiro corre, já que não conseguirão tirar nada de mim porque não tenho o que tirarem, em termos financeiros.

Há o caso Falha de SP, site do jornalista Lino Bocchini, quem está ameaçado de ter que pagar uma indenização pesada à Folha de São Paulo. Blogueiros que incomodam a direita midiática são assassinados ou espancados por todo o país. É uma “profissão” perigo que requer muita resiliência e coragem.

Todavia, os blogueiros têm um papel histórico. Se não nos deixarmos intimidar, poderemos consolidar a democracia no Brasil minando um poder discricionário e antidemocrático que meia dúzia de famílias bilionárias ainda detêm, mas que diminuiu muito e continuará diminuindo.

Diante de tudo isso, exorto o jornalista – e amigo do peito – Luiz Carlos Azenha a não desistir. Não temos a opção de desistir. Sem dinheiro, sem patrocínio, sofrendo processos e até violência física, estamos ajudando (muito) a mudar o Brasil. A recompensa que receberemos será o agradecimento das gerações futuras, que viverão em um país melhor.

Por: Eduardo Guimarães - ujs.org.br

Assassino de Che Guevara receberá Yoani

O sítio Opera Mundi divulgou ontem que Félix Rodríguez, ex-agente da CIA que participou do assassinato do revolucionário Ernesto Che Guevara, encabeçará a recepção à dissidente cubana Yoani Sánchez em Miami em meados de abril, quando ela fará nova turnê pelos EUA. A notícia, divulgada em primeira mão pelo sítio espanhol Terceira Informação, bombou nas redes sociais no final de semana. Ela serviu para abalar ainda mais a imagem da sinistra “blogueira”, tão paparicada pela mídia colonizada.

Segundo a enciclopédia virtual Wikipédia, Félix Ismael Rodríguez nasceu em 1941, em Havana. Seu tio foi ministro de Obras Públicas do ditador Fulgencio Batista e o jovem integrou a policia secreta do regime facínora e pró-ianque. Logo após o triunfo da revolução, em 1959, sua rica família se exilou nos EUA. Félix Rodríguez frequentou aulas na The Perkiomen School, na Pensilvânia, mas logo abandonou o estudo para ingressar na Legião Caribe Anticomunista, criada com o objetivo de derrubar o governo de Fidel Castro.

Em setembro de 1960, ele aderiu a uma organização paramilitar de exilados cubanos, bancada e financiada pela famigerada CIA. O grupo terrorista, batizado de Brigada 2506, planejou vários atentados em Cuba. Félix Rodríguez também participou da frustrada tentativa de invasão na Baia de Praia Girón. Em abril de 1967, os governos da Bolívia e dos EUA criaram o Segundo Batalhão Ranger com a missão de liquidar a guerrilha no país andino. Já a serviço da CIA, Félix Rodriguez foi o responsável pela execução de Ernesto Che Guevara, em 9 de outubro de 1967. Ele mesmo relatou o covarde assassinato:

“Quando cheguei, Che estava sentado num banco. Quando ele me viu, disse: ‘Você veio aqui para me matar’. Senti-me envergonhado e abaixei a cabeça sem responder. Então ele perguntou-me: ‘O que disseram os outros?’. Eu respondi que não tinham dito nada e ele retorquiu: ‘Eles são uns bravos!’. Eu não me atrevia a disparar. Naquele momento eu vi o Che grande, muito grande, enorme. Seus olhos brilhavam intensamente. Quando ele me olhou fixamente, fiquei tonto. Eu pensei que com um movimento rápido Che poderia tirar-me a arma. ‘Por favor, calma‘, disse ele. ‘Aponte-a bem! Vai matar um homem!’ . Então dei um passo atrás, dirigindo-me para a porta. Fechei os olhos e disparei a primeira salva. Che, com as pernas quebradas, caiu no chão, contorceu-se e começou a deitar muito sangue. Recuperei o meu ânimo e atirei a segunda salva de disparos, que feriu o seu braço, ombros e coração. Ele estava morto”.

É este crápula que agora recepcionará Yoani Sánchez em Miami, num ato organizado pela mafiosa Associação de Veteranos da Baía de Cochinos. Quando esteve no Brasil, a dissidente cubana foi recebida pelos líderes da oposição demotucana, teve como guarda-costas o fascistóide Jair Bolsonaro e ganhou os holofotes da mídia colonizada. Na ocasião, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP), que organizou sua visita ao país, afirmou “ingenuamente” que a blogueira cubana lutava pela liberdade. Que belas companhias!

Por: Altamiro Borges - ujs.org.br
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