quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Homenagem aos 65 anos da UBES na Câmara dos Deputados dia 5


A sessão contará com a presença de ex-presidentes da entidade secundarista e representantes de entidades dos movimentos sociais, que na ocasião, participarão do lançamento do selo dos Correios comemorativo aos 65 anos da UBES.

“Chegamos aos 65 anos com a irreverência de quem sempre esteve nas ruas lutando não só em defesa da educação, mas também pela construção de um novo país. Comemoramos todas as vitórias até aqui, selada pela maior delas que foi a conquistas dos royalties para educação”, comenta a atual presidenta da UBES, Manuela Braga.

A homenagem será na próxima quinta-feira (5/9), a partir das 15 horas, no plenário Ulysses Guimarães da Câmara dos Deputados em Brasília, sessão solene que homenageará a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas. A entidade máxima de representação dos estudantes do ensino fundamental, médio, técnico e pré-vestibular no Brasil completou 65 anos no início do segundo semestre de 2013.

A sessão que marca a abertura do 14º Conselho Nacional de Entidades Gerais da Entidade da UBES também será o ato de lançamento do novo selo dos Correios e do carimbo oficial que prestará homenagem à entidade. Estarão presentes os ex-presidentes do movimento secundarista brasileiro que protagonizaram importantes momentos da história do país à frente da UBES, assim como representantes dos movimentos sociais que prestarão suas homenagens.

A UBES foi fundada em 25 de julho de 1948, quando os estudantes já começavam a se organizar no interior das escolas por melhorias na educação. A formação do movimento secundarista data mobilizações desde a década de 30 com a Revolta dos Bondes no Rio de Janeiro e a campanha “O Petróleo é Nosso”, em defesa da riqueza natural.

Depois de 65 anos, a UBES já extrapolou as barreiras das salas de aula, em lutas como o Passe Livre Estudantil nos transportes para combater o absenteísmo nas escolas e garantir o acesso a esporte, lazer e cultura; contra o neoliberalismo, o enfrentamento à ditadura militar pela democracia, os Caras Pintadas que derrubaram o presidente corrupto, Fernando Collor de Melo; contra o neoliberalismo, reserva de vagas, Estatuto da Juventude e investimentos em educação que fomentam em suas gerações herdeiras as históricas bandeiras na voz de uma juventude combatente. “Apesar de sabermos que temos muitos desafios pela frente, é nesse espírito de construção de um novo Brasil para todos e todas que vislumbramos os próximos dias de luta que virão”, comentou Manuela.

Fonte: UBES

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Direita brasileira ataca médicos, mas recebe político corrupto

Roger Pinto na embaixada brasileira em La Paz, ele deveria estar preso
A direita brasileira é engraçada. Médicos estrangeiros para atender pobres nos grotões do país e trabalhar peal saúde dos brasileiros eles rejeitam, mas dão abrigo a um político que envergonha a todos os cidadãos do bem, de tão corrupto. Ele tem uma ficha criminal de dar inveja a traficantes brasileiros em prisão de segurança máxima.
Numa insubordinação absolutamente impossível de ocorrer entre governos democráticos de países irmãos, em uma “ação organizada pela direita com apoio dos setores conservadores do Itamaraty”, diz o deputado Cláudio Puty (PT-BA), foi dada fuga ao senador boliviano Roger Pinto Molina, abrigado na embaixada brasileira em La Paz, capital boliviana, há 15 meses, fugiu para o Brasil. O diplomata brasileiro na Bolívia, Eduardo Saboia disse ter agido por conta própria. O caso resultou na demissão do ministro das Relações Exteriores Antonio Patriota, pela presidenta Dilma.
“A queda foi causada pela fuga para o país do senador boliviano Roger Pinto Molina, um notório bandido, que teve a ajuda da embaixada brasileira em La Paz”, afirma o jornalista Altamiro Borges em seu blog. Ele Complementa ao afirmar que “a suspeita fuga do conservador Roger Pinto Molina, acusado por corrupção e homicídios na Bolívia, foi a gota d’água que derrubou Antonio Patriota”. Para Miro, “a ação arriscada quebrou todos os protocolos diplomáticos e evidenciou a cumplicidade da embaixada local com as forças direitistas bolivianas”.
O fugitivo senador boliviano é “notório bandido”, sinaliza Miro. Roger Pinto também é “proprietário de terras na fronteira com o Acre” e o “principal porta-voz do agronegócio no país”, relata Najla Passos, no site Carta Maior. A jornalista conta que o fugitivo “governou o departamento de Pando, quando acumulou processos por desvios de verba, favorecimento a jogos ilegais e venda de terra pública para estrangeiros. Depois, elegeu-se senador pela Convergência Nacional e passou a líder um bloco de partidos conservadores no parlamento”.
Najla relata “um aumento 290% em seu patrimônio avaliado, hoje, em US$ 1 milhão”, desde que ele ingressou na carreira política e foi “condenado por dano econômico ao país mais pobre da América do Sul, pediu asilo político ao Brasil, em maio de 2011. Em junho, teve a solicitação acatada pelo Itamaraty e se dirigiu à embaixada brasileira em La Paz, onde permaneceu por 545 dias, até a fuga para o Brasil”.
Já Hélio Doyle acredita que “o episódio da fuga de Pinto para o Brasil, sob proteção de um diplomata e de militares brasileiros, precisa ser esclarecido em todos os aspectos”, porém, garante ele, “não tem de ganhar relevância interna ou se transformar em um conflito diplomático. Tem de ter o tamanho do que Pinto representa hoje: insignificante”. Isso porque “a Bolívia pode julgá-lo à revelia (escolhida por ele) e o Brasil pode cumprir a norma internacional que impede asilados de se manifestar politicamente”. O jornalista Miro Borges ressalva que o senador fugitivo com ajuda da direita brasileira incrustada no Itamaraty “é o clássico predador de direita sul-americano. Ele é suspeito de envolvimento num massacre em que foram mortos 19 índios. Também é acusado de traficar drogas e acumular uma fortuna com propinas”.
A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) disse ter certeza de que “se fosse alguém de esquerda, ele, imediatamente, seria taxado pela imprensa de ditador, e, imediatamente, o fato iria ser condenado, mas, como se trata de alguém que faz a oposição a um governo que é muito diferente dos governos anteriores da Bolívia, certamente, não haverá, pelo menos em território brasileiro, a condenação pública a esse fato”, acentua. “Amanhã, qualquer outro episódio de qualquer lado pode ser motivo para que haja um descumprimento da norma, da regra, da hierarquia que tem que haver”, defendeu Vanessa.
“De acordo com o portal do governo da Bolívia, além da condenação, o senador responde a quatro processos por corrupção, além de outros dez por crimes comuns: calúnia, difamação e desacato à autoridade. O governo boliviano garantiu que o episódio não irá afetar as relações da Bolívia com o Brasil, mas o Ministério Público do país já estuda pedir a extradição de Roger Pinto”, finaliza Najla. 
É inadmissível que um notório bandido, traficante, político corrupto, com há muitos por aqui, use a diplomacia brasileira pra fugir de julgamento por seus ilícitos em seu país. O governo brasileiro não pode acatar pedidos de asilo para políticos que tenham acusações de mal uso de verbas públicas, que assim fogem de ser julgado pro seu povo. Óbvio que o senador boliviano já está no ninho demotucano, será que o propinoduto abrigam mais um?
Por Marcos Aurélio Ruy, da redação

#SaúdePadrãoCuba: Médicos brasileiros têm medo de quê?

Muita celeuma tem se feito com a chegada de médicos estrangeiros no país para participar do Programa Mais Médicos, criado para melhorar a saúde pública brasileira que tem um gargalo secular. O Ministério da Saúde pretende levar médicos para todos os municípios e universalizar o atendimento médico com qualidade.
Para isso, abriu inscrições recentemente e 18.450 candidatos se inscreveram, mas menos de um terço confirmou o cadastro. O governo deu toda prioridade para médicos brasileiros, mas esses profissionais deram às costas ao país, mais preocupados em ganhar dinheiro do que em salvar vidas, como está no juramento que fazem.
Saíram às ruas para protestar contra o Mais Médicos e criticaram com veemência a vinda de médicos estrangeiros, voltaram-se principalmente contra os cubanos. Mas os nativos não querem prestar atendimento onde tem mais necessidade, muito menos no Sistema Único de Saúde (SUS) para atender quem não tem dinheiro para pagar. Todas as manifestações das entidades médicas nacionais, além de partidárias, calcaram-se em críticas à falta de estrutura para se trabalhar em determinados locais, mas os profissionais “siliconados” como diz o blogueiro Cadu Amaral, “esquecem que também há postos e hospitais com equipamentos e falta de profissionais para colocá-los a funcionar”.
Mas quando se imaginava que a coisa não poderia piorar. Os médicos brasileiros mostram claramente a visão mercantilista que têm da medicina e mostram mais ainda falta de educação, inclusive. O jornal Folha de S.Paulo publicou reportagem em que alguns “siliconados”, do sindicato dos Médicos do Ceará, foram vaiar os colegas cubanos que compareceram ao curso dado pelo governo pra se adaptarem ao país. A soberba dos brasileiros de jaleco ultrapassou todos os limites do bom senso e envergonham o Brasil. Essas imagens serão mostradas no exterior e o povo brasileiro poderá ficar com fama de sem educação.
Mas os mesmos que agora vão para rua vaiar os cubanos não fizeram isso para “protestar contra médicos estupradores como Roger Abdelmassih, condenado a 278 anos de cadeia por violentar 37 mulheres”, revela Cadu. E também “não vão às ruas reclamar da postura dos planos de saúde que negam inscrição a idosos ou quem eles julgam com alto risco de uso dos serviços que afirmam oferecer”, acentua o blogueiro. Não fazem nem nunca fizeram anda para melhorar a saúde pública brasileira. Reclamam que falta estrutura e salários, mas nunca se viu nenhuma manifestação desses médicos com propostas pra melhorar o atendimento e salvar vidas dos mais pobres.
É muito cômodo apoiar-se na velha mídia antinacional e antipopular e esconder suas verdadeiras intenções. Por que os médicos brasileiros não vão par a rua contar que o governo gasta com a formação deles nas universidades públicas cerca de R$ 800 mil, para depois eles irem para a iniciativa privada, fugindo do SUS. O cubano Nelson Rodrigues disse à imprensa que “a base de nossa formação é humanista. É esse o caráter de nossa formação. A atenção ao indivíduo como forma de tratá-lo como ser humano integral é um elemento forte em qualquer processo de cura”. É de dar mais vergonha ainda aos jalecos brasileiros que protestam contra o que nem sequer conhecem. 
Sabe-se também que os cubanos trabalham coma medicina preventiva, ou seja, trabalham para que as pessoas não fiquem doentes. Ao contrário daqueles que atendem a interesses de laboratórios multinacionais e receitam remédios determinados por eles muitas vezes.
Cadu Amaral nota que os médicos brasileiros nunca deram “um pio sobre os inúmeros tratamentos que não são cobertos e só descobertos nos corredores dos hospitais” e jamais se indignaram “com colegas que vão a restaurantes com seus jalecos os entupindo de bactérias e ajudam a adoecer ainda mais os doentes. Tudo para andar nas ruas e as pessoas verem que ali está um médico”, reafirma.
“Vergonha. Essa palavra de oito letras é o que se sente ao ver a reação daqueles que
Médicos cubanos vêm trabalhar por solidariedade
juram de pés juntos dedicar a vida a salvar vidas, mas vaiam aqueles que estão em solo brasileiro para fazer o que eles dizem que fazem, mas ninguém vê”, acentua Cadu. Os médicos nativos também mostram ranço racista. Porque entre os cubanos há grande número de negros, pois lá não se exclui ninguém e todos têm a mesma chance. E como tem muito negro em Cuba, naturalmente muitos médicos negros. Em Fortaleza houve inclusive agressão fisica a um funcionário do Ministério da Saúde. Os “mauricinhos” e as “patricinhas’ que custam R$ 800 mil aos cofres públicos para concluírem seus cursos em universidades públicas, poem as garras de fora covardemente, mas se recusam a atender onde não tem dinheiro circulando aso borbotões.
Nem precisa mais repetir os números da saúde de Cuba, pois são de deixar qualquer brasileiro sensato boquiaberto. Espera-se que os médicos cubanos consigam ignorar essa manifestação de setores da elite nativa, muito mais preocupada em passear em Miami ou Europa do que em trabalhar em prol da Medicina, assim com “eme” maiúsculo, não a praticada por esses profissionais do dinheiro, que passam longe da real necessidade da saúde dos brasileiros.
Os médicos brasileiros devem estar com medo de perderem o pouco prestígio que ainda têm. O que acontecerá quando o povo brasileiro descobrir que há outras alternativas de atendimento eu não seja a do descaso e pouco caso com o paciente que não tem dinheiro para pagar os tratamentos. Afinal, o que temem os médicos brasileiros?
Vídeo com comentário do jornalista Bob Fernandes no Jornal da Gazeta. Os médicos cubanos atenderão inicialmente a 11 milhões de brasileiros sem médico:
Por Marcos Aurélio Ruy, da redação 

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

E os médicos cubanos estão chegando

Médicos de Cuba atendem no Haiti

O governo anunciou a contratação de 4 mil médicos cubanos até o fim de ano para suprir o Programa Mais Médicos. Os cubanos vêm para trabalhar nos locais onde os brasileiros se recusaram a ir. A maioria vai pra cidades nas regiões Norte e Nordeste nesta primeira fase em que chegam 400 médicos de Cuba já na segunda (26). Eles passarão por treinamento e irão atuar em cidades onde faltam médicos.

Bastou o governo anunciar essa contratação para a elite médica nativa ir ao delírio. Tanto que o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota precisou negar o viés ideológico dessa contratação. “A decisão de contratar médicos cubanos foi tomada em função de considerações dos melhores serviços possíveis, não tem motivação ideológica, há muitos médicos cubanos dispostos a fazer esse tipo de trabalho, talvez não tenha muitos médicos austríacos, por exemplo, dispostos a fazer esse trabalho”, disse o ministro.

“A questão de atração de médicos cubanos tem a ver com a carência de profissionais em áreas do Brasil”, assegura. “É algo que é aceito internacionalmente, dentro das estratégias de saúde. O acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) garante que estamos procedendo dentro das melhores práticas”, ressalta. “A ideia é atrair o médico que esteja disposto a trabalhar” e “não há um viés ideológico, mas, ao contrário, um viés humanitário”.

De acordo com o Ministério da Saúde, os médicos cubanos irão suprir a demanda de parte dos 701 municípios que não foram selecionados por nenhum médico na primeira edição do Mais Médicos.

Os conservadores se constrangem por que não entendem nada. O governo brasileiro pagará ao Ministério da Sáude de Cuba R$ 10 mil por mês, por médico contratado. Salário que os médicos brasileiros dispensaram. O governo cubano pagará os seus compatriotas. A mídia golpista fala até em “trabalho escravo”. Argumento que está entre a ignorância ou a má fé mesmo. Conhecendo a mídia nativa fico com as duas hipóteses.


A medicina em Cuba

A medicina cubana é reconhecida mundialmente pela excelência, ao contrário da brasileira, ineficiente e mercantilizada. A medicina cubana tem um caráter preventivo, e é altamente eficiente: a expectativa de vida em Cuba é comparável à dos países mais desenvolvidos do mundo. Hoje, a saúde pública britânica é como a de Cuba, focada na prevenção.

Outros países altamente desenvolvidos importam médicos quando eles são necessários para a saúde pública. E Cuba é um tradicional exportador de médicos. Há ou já houve médicos cubanos em 108 países.

A Organização Mundial da Saúde garante que Cuba tem os melhores índices de saúde do continente americano e do Terceiro Mundo. Texto de Pedro Porfírio, em seu blog, afirma que a medicina cubana “prioriza a prevenção e educação para a saúde” e com isso reduz custos com o setor na ilha caribenha. Os cubanos têm um médico para cada 148 habitantes com 100% de cobertura no país, prevalece o “médico de família” na ilha socialista. A mortalidade infantil dos cubanos faz inveja é de 4,9 nascidos por mil habitantes, inferior aos índices de EUA e Canadá. A expectativa de vida está em 78,8 anos.

A medicina no Brasil

O Brasil tem 1,8 médico para cada mil habitantes, na Inglaterra, são 2,7 e em Cuba, são 6 médicos par cada mil habitantes. No Brasil, segundo pesquisas, surgiram 147 mil novas vagas no mercado de trabalho, mas apenas 93 mil profissionais foram formado e que há 1,9 mil municípios com menos de um médico por 3 mil habitantes no Brasil e em outras 700 cidades, não há doutores com residência fixa. Nem é preciso dizer que esses 2,6 mil municípios sem assistência adequada estão entre os mais pobres e distantes dos grandes centros.

No país há 371.788 médicos, sendo que 266.251 localizam-se nas regiões Sul e Sudeste, 70% do total, os outros 30% dividem-se no restante do país. Já começa pelo ensino superior do setor, no qual 58% das universidades são privadas e os quase 13 mil médicos que se formam anualmente já aprendem a lógica do mercado e voltam-se para instituições privadas ou consultórios particulares. Dados revelam que mesmo onde há mais médicos no setor público a presença é 4 vezes menor do que no privado. Ainda pior, a formação de um médico, na universidade pública, custa ao redor de R$ 800 mil para o tesouro da União e dos estados e a maioria que estuda é oriunda das classes privilegiadas, por isso, tanta celeuma.

De acordo com a Agência Nacional de Saúde Suplementar existem no Brasil 46.634.678 usuários de planos de saúde e 354.536 postos de trabalho privados e consultórios particulares. Atendidos pelo Sistema Único de Saúde os outros 144.098.016 de brasileiros em 281.481 postos ocupados por médicos no setor público.


Hipocrisia de uma elite caótica

Os que se indignam com a contratação dos médicos estrangeiros, são os mesmos que não aceitam atender a população mais carente do interior do Brasil, esta visão não é somente corporativista, mas, extremamente elitista, pois, a entrada de médicos estrangeiros não mudara em nada a situação salarial dos médicos brasileiros, mas, poderá mudar profundamente a lastimável situação da saúde pública.

As entidades da elite médica ficam procurando fantasmas, mas não se importam com os reais problemas da saúde do brasileiro. Desde o princípio posicionaram-se contra o Mais Médicos e chegou-se a aventar a possibilidade de boicote com inscrição em massa e depois desistência em massa, o que parece ter realmente ocorrido. E que se lixe saúde dos brasileiros.

A formação dos estudantes de medicina no Brasil parece focar-se somente no mercado e como tal instrui os profissionais a pretenderem trabalhar nos grandes centros onde há mais possibilidade de dinheiro. Sem nenhuma visão humanista, portanto.

Por Marcos Aurélio Ruy
Fonte: ujs.org.br

O Brasil precisa de mídia democrática


“A concentração impede a circulação de ideias e pontos de vista diferentes. São anos de negação da pluralidade, décadas de imposição de comportamentos, de padrões de negação da diversidade do povo brasileiro”, afirma texto do projeto de iniciativa popular para construir uma mídia verdadeiramente democrática no país.

O texto reafirma a necessidade de atualização das leis que regem a comunicação brasileira, porque “lei que orienta o serviço de comunicação completou 50 anos e não atende ao objetivo de ampliar a liberdade de expressão, muito menos está em sintonia com os desafios atuais da convergência tecnológica”, acentua.

Então, diz o texto, “pare e pense! Como o índio, o negro, as mulheres, os homossexuais, o povo do campo, as crianças, aparecem na televisão brasileira? Como os cidadãos das diversas regiões, com suas diferentes culturas, etnias e características são representados?”, pergunta. “A liberdade de expressão não deveria ser para todos e não apenas para os grupos que representam os interesses econômicos e sociais de uma elite dominante? Existem espaços para a produção e veiculação de conteúdos dos diversos segmentos da sociedade na mídia brasileira?, questiona o funcionamento da velha mídia que não compreende o Brasil e seu povo e nem quer compreender.

Justamente para a construção de uma política de comunicação voltada para os interesses nacionais e que veicule a diversidade cultural, étnica, social, religiosa e política do país, é que se fez ontem (22) o lançamento nacional do Projeto de Lei de Iniciativa Popular das Comunicações, na Câmara dos deputados, em Brasília.

Estiveram presentes parlamentares, representantes de movimentos sociais, ativistas, personalidades públicas e políticos que apoiam a democratização da comunicação no Brasil. Para a deputada federal Luciana Santos (PCdoB-PE) o debate sobre o papel da mídia é fundamental para a democracia brasileira avançar. “E nós sabemos os grandes interesses econômicos e políticos que fazem com que a democratização da comunicação não avance”, salienta Luciana, porque os barões da mídia dominam a comunicação e não querem largar o osso de lucros altíssimos e estão pouco se lixando para as questões sociais e, muito menos, populares.

O projeto pretender a regulamentação de artigos da Constituição que versam sobre a comunicação. O que pode marcar uma nova era no setor porque a nova lei valerá para a atuação de meios de comunicação social no país e mudará o enfoque com vistas aos interesses nacionais no rádio e nas TVs abertas digitais e na webTV. Além disso, os ativistas pretendem a regulamentação de um novo marco regulatório para a comunicação no país.

Segundo Rosane Bertotti, coordenadora do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação, a Lei da Mídia Democrática “debate a transparência, o respeito à pluralidade e à diversidade, além do não incentivo à violência e à homofobia”. Para ela, “a concessão é pública e o direito de liberdade de expressão não pode atingir outros direitos humanos, que são fundamentais”, referindo-se à radiodifusão.

Participe da construção de um novo país

Já passa da hora do debate sobre o funcionamento dos meios de comunicação no Brasil ganhar as elevar o patamar de responsabilidades desses meios que atualmente só pensam em ganhar dinheiro e mais nada. O debate sobre democratização da comunicação, tão importante para o Brasil não ficar refém de meia dúzia de barões que controlam a informação e os seus órgãos desinformam a todos, para defender interesses mesquinhos dos empresários do setor. Assine aqui.

“Para construir um país mais democrático e desenvolvido precisamos avançar na garantia ao direito à comunicação para todos e todas”, diz o texto de abertura do projeto, para “ampliar a liberdade de expressão, para termos mais diversidade e pluralidade na televisão e no rádio”.


Por Marcos Aurélio Ruy
Fonte: UJS Nacional

Como mudar o mundo?

Estudar o marxismo para mudar o mundo, sugere Hovbsbawm

No livro Como Mudar o Mundo: Marx e o Marxismo, Eric Hobsbawm, 1 ano antes de falecer, conta a história do marxismo e mostra como as ideias de Karl Marx e Friedrich Engels no século 19 permanecem atuais no século 21. Como reconhece até o magnata russo George Soros, para quem “devemos prestar atenção” ao marxismo. Obviamente que Soros não pretende aderir, mas compreender o marxismo para com isso tentar solucionar a crise que o m undo capitalista deflagrou em 2008. Nesse período muita gente correu às livrarias atrás de livros de Marx e Engels.

O historiador marxista britânico, nascido no Egito (ainda colônia britânica), mostra como o pensamento marxista explica as transformações da humanidade e, mias do que isso, o livro traz toda a dificuldade de se divulgar as ideias e os estudos de Marx desde o tempo em que ele o fazia. Para Hobsbawm, antes de Marx, “os filósofos consideraram o homem em sua totalidade, mas ele foi o primeiro a apreender o mundo com um todo que é ao mesmo tempo político, econômico, científico e filosófico”. Além do que, explica o historiador, “o marxismo foi parte de uma tendência geral para a integração da história às ciências sociais e, em particular, para ressaltar o papel fundamental dos fatores econômicos e sociais nos fatos políticos e intelectuais”.

Hobsbawm divide o desenvolvimento da divulgação do marxismo em três períodos. No primeiro, os pensadores alemães enfrentavam dificuldades imensas. O mundo conhecido de então tinha grande parte de sua população no meio rural. Com a chegada do capitalismo e a Revolução Industrial, a classe trabalhadora era submetida a extensas jornadas de trabalho, mas ainda não conheciam bem o marxismo pelas dificuldades impostas à sua divulgação. Marx era comumente expulso de países e foi exilado em local precário em Londres, por isso, enfrentava dificuldades financeiras, o que atrapalhava seu trabalho. Nas ideias, afirma Hobsbawm, as dificuldades impostas à divulgação do marxismo ocorriam porque “sempre criticara o materialismo mecânico e determinista que constituía a base da ciência do século 19″.

Nesse primeiro período, o “advento de partidos socialistas e operários de orientação mais ou menos marxista em vários momentos na década de 1880 e começo da de 1890, e principalmente o enorme salto avante desses movimentos nos cinco ou seis anos da Internacional”, o debate central girava em torno de atingir as pessoas e mostrar-lhes a possibilidade de um mundo novo. “Na época de Marx e Engels, e no entender deles”, explica, “o fundamental era transformar o movimento operário em um movimento de classe”.

A Revolução Russa de 1917 marca o início do segundo período, por significar a primeira tentativa de se construir um país socialista. Para Hobsbawm, “a Revolução Russa transformou de várias formas a publicação das obras clássicas” de Marx e Engels de tal forma que a penetração e a influência do pensamento marxista se difundiram muito mais pelo mundo. O fato, para ele, correspondeu a um “renascimento da esquerda revolucionária” meio deixada de lado em algumas décadas passadas. Pela primeira vez tinha-se a possibilidade de discutir com agir estando no poder. Isso acarretou diversas discussões sobre os futuros encaminhamentos dos partidos d emassa, essencialmente os marxistas sobre como construir o Estado socialista
.
A Revolução russa trouxe grandes embates sobre o desenvolvimento e a transformação do marxismo dentro da nova realidade, mas também evidenciou “uma intelligentsia antimarxista”, define Hobsbawm, para quem, ao mesmo tempo, crescia uma tendência revisionista apegada ao “medo do comunismo” que os setores conservadores defendiam. Os reformistas acreditavam na necessidade de desenvolver o capitalismo em toda sua plenitude para, somente depois disso, buscar o poder, numa conciliação de classes par a passagem ao socialismo
.
Predominava, segundo Hobsbawm, nos meios intelectuais uma visão de classe média em detrimento de uma visão proletária do mundo, aferrando-se a princípios básicos, sem compreensão da realidade objetiva. Mas “a radicalização dos jovens intelectuais”, assegura ele, “não só fez crescer a presença intelectual marxista e o interesse público por textos marxistas como também proporcionou um mecanismo de sua reprodução” e divulgação. E ainda nesse período na Segunda Guerra Mundial, a luta contra o fascismo uniu as forças democráticas de todos os matizes e os comunistas tiveram grande destaque nas lutas de resistência, porque ” a derrota do fascismo era, afinal de contas, uma questão de vida e morte até para os revolucionários mais empenhados”, acentua.

Os anos 1980-90 marcam o início do terceiro período descrito por Hobsbawm, principalmente coma queda do Muro de Berlim em 1989 e a derrocada do socialismo no Leste europeu e o fim da União Soviética, causando grandes prejuízos. aos comunistas revolucionários. “A queda da União Soviética e do modelo soviético foi traumático não só para os comunistas como também par todos os socialistas, quando (…), com todos os seus defeitos patentes, for a única iniciativa que lograra realmente construir uma sociedade socialista”. Com isso os capitalistas sentiram-se mais confiantes em atacar os movimentos de trabalhadores e de esquerda em todo o mundo. Mas com o seu equivalente à queda do Muro de Berlim, acentua Hobsbawm, a crise de 2008 trouxe à tona novamente a questão de estudar e compreender o marxismo.

Nesse período a questão do meio ambiente ganhou inúmeros defensores que passaram a criticar o marxismo por não tratar do assunto. Tese furada, explica o historiador britânico, porque para Marx “o homem, ou melhor, os homens executam trabalho, isto é, criam e reproduzem sua existência na prática diária, respirando, buscando alimento, abrigo, amor etc. Fazem-no atuando na natureza, tirando da natureza (e, às vezes, mudando conscientemente a natureza) para essa finalidade. Essa interação entre o homem e a natureza é, e produz evolução social”, portanto, “o progresso, é claro, pode ser observado no fato de o homem tornar-se progressivamente. independente da natureza, que ele controla cada vez mais”. O que se contrapões à destruição do meio ambiente efetuada pelo sistema capitalista na busca desenfreada de lucros.

Hobsbawm conclui que “Marx é hoje, mais uma vez, e com toda justiça, um pensador para o século 21″. E ressalta que “uma coisa mudou pra melhor” de qualquer forma porque “redescobrimos que oi capitalismo não é solução, mas o problema”.
Por Marcos Aurélio Ruy
Fonte: UJS Nacional

Livro:
Eric Hobsbawm, Como Mudar o Mundo: Marx e o Marxismo, Companhia das Letras, 2011.

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Nação Hip Hop realiza Conxeão Serra II



Conexão Serra II - criado pela Nação Hip Hop Petrópolis para reunir e divulgar a arte urbana produzida em petrópolis e cidades vizinhas, dando destaque aos elementos da cultura hiphop, convidamos a todos pra um dia inteiro recheado de cultura, música, grafite, sk8 e muito mais...


MESTRANDO A CERIMÔNIA - Mc Kablan PsicoAudio e Lola.

* Mutirão de Grafite na pista de sk8

* Batalha de Mc's - valendo vaga pra batalha do real dia 07 de setembro. mais prêmios Gidrix Multimarcas e Feeling

* Apresentação do Grupo Original Skillz - dança de rua

* Game de Skate - premiação SOMA

* Shows - Ictus e Tajó-p - Petrópolis
Questão De Raciocinio part. Dk Amorim ADL - Teresópolis
Contágio - Juiz de Fora
Ramiro Mart e Iky Castilho - Rio de Janeiro
Gotam C.R.U. - Petrópolis

BIBLIOTECA RODA CULTURAL DO CDC - Empréstimos e doações de livros.

Sorteios ao decorrer do evento com a Gidrix Multimarcas e Victor Mendez Tattoo.
https://www.facebook.com/Gidrix?fref=ts
https://www.facebook.com/VictorMendezTattoo.9?fref=ts

Embalando a pista - DJ Caio Casamasso e DJ JC

APOIO: Fundação de Cultura de Petrópolis / SoMa Skate Arte / Eleva Prod / Feeling / GIDRIX PETRÓPOLIS INC

REALIZAÇÃO : NAÇÃO HIPHOP PETRÓPOLIS

https://www.facebook.com/pages/Nação-Hip-Hop-Petrópolis/206489169418787?fref=ts

Roda Cultural do CDC - https://www.facebook.com/RodaCulturalDoCdc?fref=ts

Click na Foto para entrar no Blog da Nação Hip Hop Petrópolis
BLOG DA NAÇÃO

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

#VotenaManu: a mais jovem representante no Congresso

Ex-diretora da UJS, Manu sempre foi atuou em favor dos nossos direitos
A deputada Manuela D’Ávila está novamente entre os mais votados para receber o Prêmio Congresso em Foco 2013 (Vote aqui). Como a principal representante da juventude no Congresso, Manuela, 32 anos, jaó foi diretora da UJS nacional e presidenta da UJS-RS. Também participou da UNE desde 2006 está na Câmara dos Deputados sempre com uma atuação destacada em favor dos direitos da juventude.

Na Câmara, Manuela foi relatora da Lei dos Estágios, que legalizou e melhorou a vida dos estagiários, anteriormente sem direito algum. Também foi relatora do Estatuto da Juventude, recentemente sancionado pela presidenta Dilma e define os diretos dos brasileiros na faixa dos 15 aos 29 anos. Foi Manuela que fez avançar o projeto do Vale-Cultura na Câmara e ainda foi presidenta da Comissão de Direitos Humanos e Minorias, vice-presidente da Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público. Integra a Frente Parlamentar em Defesa da Liberdade na Internet e a Frente Parlamentar pela Cidadania LGBT. Eleita por unanimidade é vice-presidente da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados. Desde julho de 2011 é vice-líder do governo no Congresso. Sua atuação é de tirar o fôlego.

Manu iniciou sua trajetória política em 1999, com apenas 18 anos, no movimento estudantil. Em 2003 foi eleita vice-presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE). Integrou a direção nacional da UJS em 2002 e foi eleita presidenta da UJS-RS em 2005. Em 2010 foi a deputada federal mais votada da história do Rio Grande do Sul com quase meio milhão de votos e a deputada mais votada do Brasil. Em 2001 o jornal inglês The Independent apontou Manuela como uma das principais líderes mundiais do futuro. Ela está entre as “100 Cabeças do Congresso”, de acordo com o DIAP, que todos os anos faz levantamento sobre os congressistas mais atuantes e influentes.

Manu também é presença fundamental no Marco Civil da Internet, impedindo que o lobby dos barões da mídia censure a internet. Ela se destaca na bancada feminina em defesa dos direitos femininos. Defende os direitos da comunidade LGBT, lutando pela União Civil Homoafetiva e pela criminalização da homofobia. É voz destacada no combate à violência que persegue os jovens no país e é a mais jovem líder partidária no Congresso.
A alegria de Manu contagia os parlamentares
Por isso tudo, a UJS lança a campanha #VotenaManu. Para eleger mais uma vez a deputada federal Manuela D’Ávila (PCdoB-RS) que concorre ao Prêmio Congresso em Foco 2013. Vote na Manu e peça aos seus amigos e parentes para votar também. Basta entrar no site e votar, não perca tempo. Manu está afinada com a voz das ruas e com os anseios da juventude desde que começou a sua atuação no Congresso.

Marcos Aurélio Ruy, da redação
Fonte: UJS Nacional

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Petrópolis participa do dia de Paralisação Nacional da UBES

 
 Na última terça-feira (13/08), seguindo o calendário nacional da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES),os estudantes da Escola Estadual Professor Augusto Meschik protagonizaram uma paralisação logo pela parte da manhã. A escola passa atualmente por um momento crítico, onde já surge a hipótese do seu possível fechamento. Diante dessa situação,os alunos foram às ruas para pedir o não fechamento da escola e também melhorias estruturais. Em passeata os estudantes saíram da escola e seguiram até a Coordenadoria Serrana 1, localizada no Centro da Cidade, onde paralisaram também por um período o trânsito do centro histórico de Petrópolis.

 A manifestação dos estudantes do Meschick não se restringiu apenas as principais demandas locais, mas também ultrapassou os limites da cidade e alcançaram as principais pautas nacionais em relação a educação do Brasil, como: Financiamento da educação: 10% do PIB, 100% dos royalties do petróleo e 50% do Fundo Social do Pré Sal; Reformulação do Currículo do Ensino Médio; Mais estrutura básica para garantir a escola que a gente quer (com laboratórios, quadras, ar condicionado, aquecedor, refeitório, quadra, biblioteca, etc.); Gestão democrática nas escolas; Escola em tempo integral; Passe livre já; Valorização do professor; e Modernização da escola.

 “Acho muito importante a adesão dos estudantes de Petrópolis durante a paralisação nacional para reivindicar e garantir direitos locais. A voz do estudante precisa ser ouvida e é por isso que nós estamos nas ruas. Não só agora, mas sempre que se fizer preciso a UBES e a UEES estará presente com os estudantes.” Diz: Luiz Felipe Hadesh, tesoureiro da UEES. O presidente da UJS Petrópolis, Wesley Diniz, colocou que a juventude petropolitana vem participando de várias manifestações (Colégio Estadual Irmã Cecília Jardim e Colégio Estadual D. Pedro II) e sendo protagonista das principais mudanças positivas na cidade.

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

André Tokarski: Qual o papel da juventude na luta por mudanças?

  
Tokarski fala à Rádio Vermelho
“Para alcançarmos mudanças mais profundas, precisamos de luta, unidade e organização e a juventude é central nesse processo”, declarou André Tokarski, presidente da União da Juventude Socialista (UJS), em entrevista a jornalista Deborah Moreira, ao falar sobre conjuntura política no Brasil e na América Latina e o papel da juventude nesse processo. Ele questionou: qual o papel da juventude na construção de um projeto nacional de desenvolvimento?

Segundo Tokarski, há cerca de 10 anos, a América Latina vive um processo importante de vitórias eleitorais e políticas das forças progressistas e anti-imperialistas. Ele destaca que o momento é de inaugurar um novo ciclo, que aprofunde essas conquistas e direcione a luta pelo socialismo.

“Os desafios estão postos e demandarão muita luta, unidade e organização. Os movimentos sociais precisam estar prontos para o desafio. É preciso salientar que há uma percepção clara que o Brasil vive um processo de conquistas, mas avaliamos que é preciso avançar ainda mais”, explicou Tokarski à Rádio Vermelho.

O dirigente acrescentou que o Brasil concluiu um ciclo de consolidação de avanços e conquistas de direitos, mas agora precisar seguir em frente, e seguir em frente é avançar no que chamamos de reformas estruturais e democráticas (reforma política, agrária, urbana, educação, mídia, tributária). Entendemos que o Brasil vive graves contradições. Existem forças democráticas no poder político, mas que não possui o poder pleno para poder realizar as transformações necessárias para que o Brasil galgue um novo andar em seu ciclo de desenvolvimento, declarou Tokarski.

“A juventude cumpre um papel político muito importante no Brasil e em toda a América Latina. Basta olhar para as lutas travadas pelos jovens no Chile, em defesa da educação pública; na Colômbia, em defesa da paz e contra a intervenção militar estadunidense; na Venezuela, em defesa da Revolução Bolivariana. Precisamos fazer a análise correta da atual conjuntura para que nossas ações tenham a capacidade de incidir na conjuntura, enfrentar os nossos inimigos e fazer pressão pelas reformas estruturais que defendemos no manifesto da articulação”, defendeu o presidente da UJS.

Agenda de lutas

De acordo com informações da UJS, os jovens estão organizando calendários de lutas. No dia
UJS sempre nas ruas pelo Brasil dos nossos sonhos


28 de agosto, está previsto o Dia de luta das entidades estudantis que fazem parte da UNE, em defesa dos 10% do PIB para educação, que deve acontecer de forma centralizada em Brasília-DF.

No dia 30 de agosto também está previsto a realização de atos na frente das sedes da Rede Globo em todo o país, para fazer agitação do “Fora Globo” como forma de pautar a democratização dos meios de comunicação.

Além disso, a juventude está convocando ato para o 7 de setembro. Com o tema ‘Juventude que ousa lutar constrói projeto popular’, a bandeira central nesse dia de luta é o fim do genocídio da juventude negra, contra a violência policial e pela desmilitarização da PM.

Ouça a íntegra das declarações na Rádio Vermelho

Fonte: Rádio Vermelho

Em pesquisa 91% acreditam que juventude pode mudar o mundo

Juventude nas ruas para mudar o mundo

A Secretaria Nacional de Juventude (SNJ) divulgou ontem (8) a primeira parte da Agenda Juventude Brasil: Pesquisa Nacional sobre Perfil e Opinião dos Jovens 2013, que foi feita nos meses de abril e maio. Para a secretária Severine Mendes “a pesquisa representa um passo importante para estabelecer o diálogo sobre a juventude, subsidiando as políticas voltadas para esse segmento” da sociedade. A percepção de Severine se justifica quando 91% dos pesquisados acreditam na possibilidade de a juventude mudar o mundo, sendo que 69% creem que pode mudar muito.

A traçar o perfil da juventude brasileira, levantamento aponta que 20% dos 51 milhões de jovens têm entre 15 e 17 anos, 47% estão entre 18 e 24 anos e 33% aparecem de 25 a 29 anos. Desse montante, 45% se identificaram como pardos ou negros e 34% como brancos, sendo ainda 49,6% do sexo masculino e 50,4% do feminino. Na questão de renda, 50% concentram-se na faixa média, 11% ns rendimentos altos e 28% ns de baixa renda. O que confirma a mobilidade social ocorrida nos últimos 10 anos no país. A pesquisa mostra ainda um Brasil majoritariamente urbano, 85% dos jovens entre 15 e 29 anos moram na cidade.

maioria trabalha (53%) e 21% procuram emprego. Estudam e trabalham 14%. Mas 40% trabalham e não estudam 26% não procuram emprego. Entre 15 e 17 anos 65% somente estudam o que é salutar e 16% trabalha. Enquanto, mais de 70% entre 25 e 29 anos faz parte da População Economicamente Ativa. Sendo que 33% pararam de estudar antes de atingir o grau desejado. Desses 35% apresentaram defasagem em ter a idade e a escolaridade. A pesquisa mostra ainda que somente 13% atinge o nível superior de ensino.

Para 24% a violência é a maior preocupação. Também pudera as mais recentes pesquisas apontam os jovens como as maiores vítimas das mortes violentas no Brasil. Em segundo lugar vem a preocupação com o emprego e a escolha da profissão, item escolhido por 19%. A educação aparece em terceiro com 9%, empatada com a preocupação com a possibilidade de uma crise econômica, depois vem a família e as drogas com 8% cada. Saúde vem a seguir com 7%.

Os assuntos que os jovens gostariam de discutir apresenta um perfil que contraria a pecha de alienados, vista por muitos. Com os pais ou responsáveis a preferência para debate consiste na educação e futuro profissional para 45%, a violência vem a seguir com 32% e as drogas 31%. Já com os amigos os pesquisados gostariam de discutir sobre drogas (41%), sexualidade (31%) e violência (30%). Os jovens acreditam que a sociedade deveria discutir a desigualdade e a pobreza aparece em primeiro lugar para 40% dos entrevistados. Drogas e violência vêm a seguir com 38% cada e a política surge em terceiro lugar com 33% e a questão sobre direitos humanos preocupa 32%.

O perfil traçado da juventude desmonta teses sobre a alienação dos jovens. Para 54% a política é tema muito importante e entre os problemas apontados a corrupção aparece com 36% das opções, enquanto a desigualdade com 20% das preocupações. Para 13% dos jovens o poder mantido pelos traficantes é fator de desestabilização.

Os resultados da pesquisa feita pela SNJ revelam uma juventude com muitas preocupações ao mesmo tempo e voltada para o progresso, com vontade de participação nos projetos do país e preocupados com o futuro, com questões que vã da escolha profissional à desigualdade social e a extinção da pobreza. Os jovens querem expressar livremente seus pensamentos num regime democrático. Mostra ainda grande preocupação com a falta de segurança e não se conforma com a violência que está matando os jovens. A juventude mostra que quer ser feliz agora e mostra vontade mudar e melhorar o mundo.

Por Marcos Aurélio Ruy
Fonte: UJS

O propinoduto tucano não é falatório: é documentado


O propinoduto que envolve os governos tucanos de São Paulo e Distrito Federal revelado, em julho, pela revista IstoÉ, provoca o movimento de placas tectônicas na mídia conservadora e minimiza pelos menos duas teses que o julgamento da Ação Penal 470, conhecida como “mensalão”, tornou célebres. Uma dizia que se tratava do “maior escândalo da história da República”; a outra é a tal da teoria do domínio do fato, que serviu de base a condenações sem a necessária comprovação de culpa nos autos.

Pelo apurado até agora, o prejuízo causado aos cofres públicos, em São Paulo e no Distrito Federal, chega a R$ 577,5 milhões. É muito maior (quase 12 vezes!) que os valores que, como se disse, foram envolvidos no apelidado “maior escândalo da história da República”, e que chegaram a R$ 50 milhões.

A própria Siemens confessou, e apresentou documentos para comprovar que o cartel (que envolvia também as multinacionais Alstom, francesa: CAF e Temoinsa, espanholas; Bombardier, canadense; Mitsui, japonesa) envolveu negócios no valor de R$ 1,9 bilhão, custo 30% maior do que os valores de mercado dos trens e serviços fornecidos.

Quando se trata de dinheiro público, não se pode qualificar os desvios cometidos pelo volume de recursos. Toda apropriação indébita deve ser rigorosamente apurada e punida. Entretanto, a comparação dos dois casos se justifica pelo fato de que a Ação Penal 470 não envolveu dinheiro público, mas empréstimos feitos por uma financeira particular, a Visanet, e que foram regularmente pagos.

No caso do propinoduto do qual a Siemens fez parte, foi dinheiro público mesmo, como a multinacional alemã confessou e demonstrou. Informações da justiça alemã, que também investiga o desvio de dinheiro do metrô de São Paulo, mostram que a Siemens pagou pelo menos oito milhões de euros (cerca de R$ 24,4 milhões), que foram movimentados por contas em agências financeiras uruguaias e, de lá, ingressaram para os cofres tucanos no Brasil. Qual é mesmo o maior escândalo da história da República?

O propinoduto e sua extensão são tamanhos que, apesar dos profundos vínculos da mídia com o tucanato e da tentativa inicial de blindagem para favorecer seus aliados conservadores, veículos como a Folha de S.Paulo e mesmo o Jornal Nacional, da Rede Globo, se viram na obrigação de noticiar aquilo que, através da internet e de veículos alternativos, ganhava-se e escandalizava-se a opinião pública.

Por outro lado, a reação do governador paulista, o tucano Geraldo Alckmin, foi pífia. Ele acusou o Conselho Administrativo de Desenvolvimento Econômico (Cade) de estar a serviço do Partido dos Trabalhadores e, ao mesmo tempo, passou a entoar o mantra “não sei de nada”. Seu comportamento indica a fragilização do argumento usado, no julgamento do TSE, para a condenação de inúmeros acusados: a teoria do domínio dos fatos, de inspiração nazista e, segundo a qual, devido aos cargos que ocupavam, era impossível que não soubessem dos fatos relatados, uma suposição que levou a condenações sem a necessária demonstração das culpas nos autos do processo.

Há uma verdadeira enxurrada de documentos que tornam a situação dos tucanos como o governador Geraldo Alkmin (candidato à reeleição em 2014) e Aécio Neves (provável candidato do PSDB à presidência da República no ano que vem) cada vez mais frágil.

Não se pode cair no mesmo denuncismo antidemocrático e vão, característicos da direita brasileira e sua mídia, mas o que tem sido publicado, como pela revista IstoÉ, é aterrador, principalmente porque não se trata do costumeiro falatório da mídia hegemônica, mas da reprodução de documentos que fundamentam as denúncias feitas.

O esquema de desvio de dinheiro opera desde pelo menos o ano 2000 (há 13 anos!) e atravessou todos os governos tucanos de São Paulo: Mário Covas, Geraldo Alckmin e José Serra. Um exemplo desses documentos é o relatório interno da Siemens, de fevereiro de 2000, que confessa: “o fornecimento dos carros [trens] é organizado em um consórcio político. Então, o preço foi muito alto”. Outro documento foi registrado em um diário de um executivo da multinacional, em julho de 2002: “Enquanto a Alstom mantiver seu preço acima do preço da Siemens, e a CPTM bloquear qualquer ataque, a Siemens será vencedora”.

A pilhagem dos cofres públicos por políticos conservadores, que já havia sido denunciada, e documentada, no livro (que a mídia tentou esconder) A Privataria Tucana, do jornalista Amaury Ribeiro Jr, parece interminável. Esta sim é a faxina que precisa ser feita, aquela que põe um ponto final no hábito ancestral da direita brasileira, de usar recursos públicos para engordar as contas bancárias de seus agentes.

Fonte: Portal Vermelho (Editorial)

Não ha contradição, quero Copa, Saúde e Educação

As Copas do Mundo e Olimpíadas são sempre fatores de grande mobilização popular. O esporte, em especial o futebol, é elemento forte da constituição da identidade nacional brasileira e onde o talento do nosso povo se manifesta na sua potência máxima. Importante relembrar que na Copa de 58, onde o Brasil era um país com pouca projeção mundial, com um povo fortemente subjugado, a vitória da Copa acendeu a chama da nossa autoestima, que passou a ter por ídolo pela primeira um jovem negro, o Pelé.
 
Agora, esses eventos acontecem aqui e abrem a oportunidade de garantir fortes investimentos em infraestrutura, base fundamental para o desenvolvimento, como a reforma de aeroportos, estádios, realização de obras viárias e com isso a geração de milhões de empregos.
As jornadas de junho trouxeram a tona, questionamentos acerca dos problemas na mobilidade nos grandes centros urbanos. As obras de melhoria de mobilidade contidas nos projetos dos grandes eventos, não estão concluídas ou, em alguns casos, não saíram do papel. São obras que podem melhorar a qualidade de vida de milhões de pessoas e precisam se concretizar.
 
A possibilidade do êxito desses grandes eventos esportivos como a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016, são a prova de que o Brasil é um país de grande capacidade, com um povo criativo e trabalhador e que não está fadado ao fracasso eterno. Essas qualidades, esse ímpeto, precisam ser revertidos para mobilizar a nação e dar cabo de resolver problemas centenários na saúde, educação, ciência e tecnologia.
 
 A UJS faz parte dos que querem que a Copa dê certo, no entanto acreditamos que a FIFA com sua agenda internacional, tem um projeto de tornar o futebol elitizado e para poucos. Desse projeto não compartilhamos. Queremos que o futebol permaneça como um esporte popular, democrático e que a maioria do povo possa desfrutá-lo plenamente, dentro e fora dos estádios. Por isso somos contra as concessões dos estádios e aparelhos esportivos à iniciativa privada! Somos contra as novas regras dos estádios que não permitem a venda de comidas regionais, proíbem a entrada de bandeirões e instrumentos das torcidas organizadas e tudo que iniba a participação popular. Somos pelo Fora Marin!
 
Os que ao longo da história estimularam e se beneficiaram do sentimento de “vira latas” em nosso povo, são desejosos do fracasso da realização da Copa. É falso o argumento de que não deixa qualquer retorno para a sociedade ou que tira investimentos de áreas como saúde e educação. A Copa é mais uma oportunidade para o Brasil ter mais investimentos, e da parte dos movimentos sociais, mais uma oportunidade para lutar por escolas e hospitais com alto padrão de qualidade. Ao todo serão esperados na Copa 600 mil turistas estrangeiros e 3 milhões de turistas brasileiro. Na Copa da Alemanha esse turismo deu impacto de 5,5 bilhões na economia.
 
No que diz respeito aos investimentos em infraestrutura são cerca de 985 bilhões investidos de 2011 a 2014, sendo esses distribuídos: 905 bilhões em obras do PAC 2 que inclui transporte, energia, saneamento básico, habitação, saúde e educação. 31 bilhões em transporte público e mobilidade urbana em 51 cidades; 26 bilhões em estádios, segurança, transporte e turismo nas cidades-sedes e 23 bilhões do setor privado
investido nos aeroportos.
 
O Brasil que foi às ruas demonstra a capacidade de luta e de sonhar de uma nação forte, democrática e soberana. Seguiremos na luta em defesa de um Brasil justo, desenvolvido, com serviços de qualidade e capaz de realizar esses grandes eventos esportivos que orgulhem seu povo!

União da Juventude Socialista

Chega de violência contra as mulheres

Já passou da hora de acabar com a violência contra a mulher
O Instituto Patrícia Galvão e o Data Popular divulgaram no dia 5 a pesquisa Percepção da Sociedade sobre Violência e Assassinatos de Mulheres onde constatou-se que 98% dos brasileiros conhecem a Lei Maria da Penha que completa 7 anos e tem ajudado no combate à violência contra a mulher.

Mas os prognósticos da pesquisa mostram que a mulher continua sendo agredida, principalmente dentro de casa, como disseram 70% dos entrevistados. Para a ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República, Eleonora Menicucci a violência não se restringe às classes pobres. Mas as mulheres das classes mais baixas têm menos medo e vergonha de ir “às delegacias” e são “as mulheres que mais denunciam são aquelas que dependem das políticas públicas e dos serviços públicos”. Acentua. Ou seja, as mulheres mais pobres são as mais vulneráveis, mas são as que mais se defendem. Já as de classe média e alta têm medo ou vergonha de ir a uma simples delegacia. 69% responderam que as agressões na acontecem somente em lares pobres.

Há que se reconhecer, porém, que ainda faltam muitas delegacias especializadas para o atendimento às mulheres vítimas de agressores. Como admite a secretária de Segurança Pública do Ministério da Justiça, Regina Miki. Para ela, “a efetividade da lei caminha lenta” porque “não temos delegacias especializadas em todo o país. Temos delegacias especializadas que ficam fechadas nos finais de semana e à noite, horários em que as mulheres mais precisam ter referências sobre aonde ir”, reclama.

A pesquisa aponta os problemas e mostra avanços porque a Lei Maria da Penha pegou e a luta contra a violência que acomete as brasileiras vai pouco a pouco fazendo parte do cotidiano. Mas questões comportamentais demoram muito mais a mudar no país. A violência contra a mulher é um traço cultural do brasileiro que já passou da hora de ser extinto. As escolas e os meios de comunicação poderiam exercer grande papel nessa transformação, mas nem um nem outro o fazem de maneira contundente.

Outro numa enquete do telejornal Repórter Brasil, da TV Brasil, sobre a questão dos idosos, vários entrevistados responderam que falta respeito ao próximo. Esse mesmo respeito tem que ser ensinado nas escolas desde a mais tenra idade. A juventude tomou as ruas para lutar por mudanças mais profundas na sociedade brasileira. Mudanças de mentalidade, tirando o foco do individualismo e trabalhando pelo coletivo, social. Mas nos meios de comunicação prevalece a velha tese do “vale tudo” para se dar bem.

Para a diretora do Instituto Patrícia Galvão, Fátima Jordão, “quando vemos notícias sobre agressão, vemos o agressor personalizado, o monstro que emparedou a mulher”, assim “passa-se a ideia de que existem doentes na sociedade, mas temos que passar a compreensão de que a sociedade é atrasada com essa questão e não entendeu que esse problema atinge graus de perversidade enorme competindo à mídia lidar com isso como um problema de uma sociedade machista”.

O representante do Conselho Nacional de Defensores Públicos Gerais, David Eduardo Dpiné Filho, observou que, enquanto a percepção da violência contra a mulher foi ampliada, a confiança no serviço público não aumentou na mesma medida e há ainda um deficit na qualidade do serviço prestado para essa mulher vitimizada. “Ela acaba sendo revitimizada quando procura uma Delegacia da Mulher e a burocratização do sistema ainda impede que essa mulher tenha no serviço público uma referência que lhe dê segurança para denunciar e não encontrar o agressor em casa para novamente a agredir”, analisa.

Resultados da pesquisa Percepção da Sociedade sobre Violência e Assassinatos de Mulheres:



A maioria (85%) acredita que as denunciantes correm riscos maiores de serem assassinadas. Por isso, foi criado um dispositivo pelo Tribunal de Justiça do Espírito Santo chamado de botão do pânico, que aciona a delegacia com a proximidade do agressor. O projeto piloto entregou aparelhos pra dez mulheres cujos ex-companheiros em desobediência às medidas protetivas determinadas pelo TJES. A juíza Hermínia Maria Azoury, coordenadora estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar da corte capixaba, conta que “o botão do pânico passou a ser um inibidor para os agressores. Esses homens passaram a ficar com medo de que as ex-companheiras tenham o dispositivo e o acionem”, comemorou. A ideia é ampliar esse serviço.

Para 50% dos pesquisados a forma como a Justiça pune os agressores não faz reduzir a violência. E 86% reconhecem que as mulheres passaram a denunciar mais com a vigência da Lei Maria da Penha. O que por si só já representa uma vitória da lei. Inclusive dados recentes apresentaram o aumento de casos de estupros no país, a maior violência contra uma mulher. E tramita no Congresso um projeto de lei denominado Estatuto do Nascituro que apresenta a mulher como um ser incompleto e que pretende lhe tirar o direito até de decidir sobre o que fazer em caso de gravidez pro estupro e ainda premiar o algoz com a paternidade, obrigando a mulher a ter relacionamento com ele.

A juventude está nas ruas para transformar a sociedade e mudar o país. E para isso, há necessidade de mudanças substanciais na vida do brasileiro. Mais mulheres na política, mais mulheres em cargos importantes nas empresas e mais mulheres nas instâncias de decisão do país. Juntamente a isso mais delegacias de mulheres e punições muito mais rigorosas a agressores, sejam maridos, namorados, pais, irmãos, tios, avôs, etc.

Por Marcos Aurélio RuyFone: UJS

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Tarda, tarda, tarda mas não falha aqui esta presente a juventude do Araguaia...

Juventude que luta por memoria, verdade e justiça.

 
Nós da União da Juventude Socialista, herdeiros históricos da combativa guerrilha do Araguaia onde mulheres e homens lutaram pelo estado democrático de direito, que foram torturados e mortos pela sanguinolenta ditadura militar, que assolou o Brasil dos anos de 1964 a 1985. Até hoje, muitos ainda aguardam encontrar os restos mortais de seus familiares e amigos, pelo reconhecimento do Estado pela tortura e assassinato dos militantes da guerrilha.
A Ditadura Militar reprimiu, torturou e matou centenas de jovens que sonhavam com uma sociedade justa, apagou milhares de sorrisos que emanavam dos rostos juvenis. Essa mesma ditadura que se estabeleceu por todos esses anos com a ajuda e incentivo da nação imperialista dos EUA.

Com todos esses crimes contra os direitos humanos ainda nos deparamos com ruas, praças, avenidas, prédios, viadutos e pontes que são batizados com nomes desses facínoras, que os remontam como “heróis nacionais”.
 
 A construção da memória do nosso povo também é um elemento de forte disputa de ideias. Conhecer a história, e ter acesso a verdade é decisivo para que possamos nos sentir sujeitos da construção do futuro e para que os erros do passado, não se repitam.

A UJS precisa promover mais espaços de discussão e formação sobre o tema da ditadura Militar e da Guerrilha do Araguaia e interferir nos espaços de elaboração acadêmica e políticas, que desvendem os segredos do regime militar. Somos pela abertura dos arquivos da ditadura; pela revisão da lei da anistia e PUNIÇÃO AOS TORTURADORES; e pelo fortalecimento da Comissão da Verdade do Ministério da Justiça.
 
Devemos realizar debates e núcleos de memória, justiça e verdade, fazer escrachos nos locais simbólicos da repressão e tortura, bem como os locais de moradia dos militares e responsáveis pelo regime e criar a Comissão da Verdade da União da Juventude Socialista, que possa estudar e investigar fatos e documentos que nos remetam à memória dos combatentes comunistas que enfrentaram a ditadura militar, especialmente aqueles que lutaram na região do bico do papagaio em 1972 durante a Guerrilha do Araguaia.
 
 Por fim, convocamos toda a militância da UJS a nomear os núcleos da UJS em escolas, universidades, bairros e locais de trabalho com o nome de nossos mortos do Araguaia e fazer no dia do aniversário da UJS, dia 22 de setembro, dia de luta em defesa da memória e da verdade, um dia de reivindicar a Guerrilha do Araguaia.
 
 
Guerrilha do Araguaia, presente!

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Vitória: Dilma sanciona o Estatuto da Juventude


Nas redes e nas ruas mais uma vitória da juventude
Mais uma vitória da juventude brasileira sai às ruas e não foge da raia e luta pela manhã desejada. A presidenta Dilma sancionou o Estatuto da Juventude com alguns vetos, que ainda não foram divulgados. Os vetos voltam ao Congresso e podem ser derrubados. O Estatuto é uma importante ferramenta para a batalha da juventude para ter seus direitos respeitados. Os 51 milhões de brasileiros entre 15 e 29 anos prometem continuar nas ruas contra a violência contra a juventude brasileira, principalmente contra os mais pobres, como as mais recentes pesquisas divulgadas confirma.

O Estatuto da Juventude foi aprovado pelo Congresso Nacional em 9 de julho, após mais de nove anos de tramitação. O texto define os princípios e diretrizes para o fortalecimento e a organização das políticas de juventude, em âmbito federal, estadual e municipal. Isso significa que estas políticas se tornam prerrogativas do Estado e não só de governos. A partir de agora serão obrigatórios a criação de espaços para ouvir a juventude, estimulando sua participação nos processos decisórios, com a criação dos conselhos estaduais e municipais de Juventude.

O Estatuto da Juventude representa o “aprofundamento da democracia por integrar de forma protagonista a juventude na sociedade que queremos”. A sanção, segundo a presidenta a União Nacional dos Estudantes, Vic Barros, dialoga com as “vozes que foram para as ruas”. O artista Genival Oliveira Gonçalves, o Gog, “a violência e a repressão experimentadas por alguns durante as manifestações de junho é o cotidiano da vida dos jovens da periferia, com uma diferença: a substituição das balas de borracha pelas balas de aço, de verdade”, comparou referindo-se a violência que acomete os negros, pobres e periféricos.

Mas a juventude quer ir além do já conquistado e luta por transporte público, tirando o foco das políticas públicas do carro individual e jogando peso no transporte coletivo e exige uma política de mobilidade urbana viável para os tempos atuais. Ninguém suporta mais tamanhos congestionamentos e transportes superlotados como ainda ocorre. E por isso, tomaram as ruas para lutar por vida boa para todos os brasileiros. Ao mesmo tempo em que se mostra disposta a atos de solidariedade humana, de generosidade e da vontade de ajudar e de viver melhor. De ter uma vida com acesso à educação, saúde, transporte, cultura, informação, lazer, enfim tudo o que possa fazer uma pessoa feliz com seus pares. Afinal “ninguém pode ser feliz sozinho”, com disseram Tom Jobim e Vinicius de Moraes. A juventude mostra sua vontade de estudar, trabalhar, divertir-se e garantir moradia digna, alimentação adequada, desenvolvimento sustentável e liberdade de expressão.

Para isso, a juventude mostra a cara de um novo Brasil que se projeta para o amanhã, na busca incessante do homem novo e de um mundo mais igual e justo. A juventude que caminha com um pé no passado, outro no presente e a cabeça no futuro.

Nesse contexto, a sanção do Estatuto da Juventude realizada hoje pela presidenta Dilma, representa um marco nas políticas públicas de juventude e uma sinalização de que os jovens devem ser integrados à construção de um novo projeto de desenvolvimento, com ampliação da distribuição de renda, valorização do trabalho e ampliação dos direitos sociais. “não há nada que não possa ser feito” cantaram os Beatles em “Love, love, love”. E a juventude “segue em frente e não foge da raia a troca de nada e constrói a manhã desejada”, como enfatizou Gonzaguinha na bela “Eu acredito na rapaziada”.

Com esse Estatuto a juventude avança na transição democrática que o Brasil vive desde o fim do regime militar e assegura à juventude o direito à livre organização e a participação na formulação e avaliação das políticas públicas, garantindo a criação de conselhos estaduais e municipais de juventude que aponte para a criação de um sistema nacional de juventude que atribui responsabilidades aos municípios, estados e União.

A UJS teve papel fundamental

A União da Juventude Socialista (UJS) acompanhou todos os passos da elaboração do Estatuto da Juventude com discussões, proposições e atuando para garantir um Estatuto que atenda a juventude brasileira. A deputada Manuela D´Ávila (PCdoB-RS) foi a relatora da Câmara dos Deputados do Estatuto, sendo que ela integrou a direção nacional da UJS até junho de 2010 e hoje está entre as mais bem avaliadas parlamentares brasileiras, além de ser um alicerce no acompanhamento das questões pertinentes à juventude no Congresso Nacional. Como relatora do Estatuto da Juventude, ela elaborou um relatório final avançado, que hoje foi sancionado pela presidenta Dilma.

Também participamos ativamente do Conselho Nacional de Juventude (Conjuve), até mesmo quando Danilo Moreira, ex-dirigente nacional da UJS presidiu o Conjuve entre 2010 e 2011, sempre levando as bandeiras da UJS na intenção de avançar na luta pela ampliação dos direitos dos jovens. Mais que tudo, porém, foi a efetiva participação de nossa militância nas conferências sobre os temas relevantes à juventude, em audiências públicas sobre os direitos dos jovens e para a elaboração do texto do projeto que agora se transforma em lei. E também na forte pressão que fizemos no Congresso Nacional para aprovação do nosso Estatuto.
UJS sempre presente nas questões dos jovens

À juventude que não se basta em consumir cultura enlatada, o Estatuto garante o direito à “livre criação, o acesso aos bens e serviços culturais e a participação nas decisões de política cultural” e ainda o direito à meia-entrada estudantil em atividades culturais, desportivas e de lazer.

Aos jovens que se levantaram contra os barões da mídia que controlam os meios de comunicação a seu bel prazer e, para defender seus interesses mesquinhos, manipulam a informação e prestam um desserviço à sociedade com a desinformação característica de seus veículos. Além de restringirem o direito de liberdade de expressão. O Estatuto tem como base a Constituição Federal para reafirmar o ”direito à comunicação e à livre expressão, à produção de conteúdo, individual e colaborativo, e ao acesso às tecnologias de informação e comunicação”. Define claramente a veiculação de conteúdos pertinentes aos interesses da juventude e da sociedade nas emissoras de rádio e TV, que são concessões públicas e dessa forma têm responsabilidades para com a sociedade.

De acordo com as vozes da juventude que ocupou as ruas com a pauta da mobilidade, e com o intuito de possibilitar que os jovens conheçam melhor o Brasil, o Estatuto assegura o direito a passagens gratuitas em transportes coletivos interestaduais. Aos jovens, que são os maiores atingidos pela precarização do trabalho e pelo desemprego, o Estatuto garante “direito à profissionalização, ao trabalho e à renda, exercido em condições de liberdade, equidade e segurança, adequadamente remunerado e com proteção social”, compatibilizando trabalho e estudo. Sem prejuízo de sua formação.

À juventude é garantido ainda o direito ao ensino de qualidade básico, ao superior, profissional e também ao tecnológico, independente de sua condição econômica, social e psicomotora. E, além disso, o Estado fica obrigado a garantir aos educadores uma formação adequada e moderna para combater todos os tipos de preconceito, seja religioso, de gênero, racial ou de orientação sexual.

Os netos dos que deram a vida na luta contra a ditadura militar e os filhos dos que conquistaram as eleições diretas para presidente e, depois conseguiram o primeiro impeachment republicano no país, levando para as ruas o Fora Collor, a juventude que agora conquistou a redução de tarifas do transporte público foi às ruas e às redes afirmar que quer mais. Quer melhores cidades, com direito a mobilidade urbana, a espaços culturais e desportivos, a trabalho e educação de qualidade e querem direito a vida – negado a mais de 20 mil jovens negros que morrem anualmente por causas violentas nas cidades brasileiras.

A sanção do texto aprovado no Congresso Nacional expressa uma política de Estado que atende aos anseios dos movimentos juvenis organizados e responde à mobilização dos milhões de jovens que ocuparam as ruas e as redes sociais em centenas de cidades, pelo Brasil dos nossos sonhos.

Por André Tokarski, presidente da UJS e Marcos Aurélio Ruy, da redação
Fonte: UJS
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