domingo, 24 de novembro de 2013

Vídeo: Campanha #EUSOUMAISUM, contra o extermínio da juventude negra!

A Nação Hip-Hop e a U.J.S. (União da Juventude Socialista) promovem a campanha EU SOU MAIS UM.

Neste dia dedicado a Consciência Negra, devemos refletir que a luta diária a favor do povo negro e pobre, ainda se faz necessária, SEJA MAIS UM no enfrentamento contra o extermínio da juventude negra, contra a redução da maioridade penal, pelo fim dos autos de resistência e pela desmilitarização da polícia.

JUNTOS SOMOS MAIS FORTES!!

Comissão de Marco Feliciano aprova dois projetos contra gays e rejeita um a favor

A Comissão de Direitos Humanos da Câmara aprovou, na última quarta-feira (20), dois projetos de lei que contrariam interesses de grupos ligados aos direitos dos homossexuais.

Na sessão comandada pelo presidente da comissão, deputado Pastor Marco Feliciano, o colegiado aprovou a tramitação de uma proposta de plebiscito para consultar a população sobre a realização do casamento entre pessoas do mesmo sexo.

O deputado André Zacharow (PMDB-PR) propõe a realização de plebiscito na mesma data do primeiro turno das próximas eleições, questionando o eleitorado sobre a realização de casamentos homossexuais. “Você é a favor ou contra a união civil de pessoas do mesmo sexo?” é a pergunta proposta por Zacharow .

Após a aprovação do plebiscito, a comissão aprovou outro projeto de decreto legislativo, com o objetivo de suspender a validade da resolução do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) que estabeleceu, em 2013, o direito à realização do casamento civil entre pessoas do mesmo sexo.

Na sequência, a comissão barrou a tramitação do projeto que garante mais direitos aos homossexuais e pretende consolidar a oferta de benefícios previdenciários para o parceiro (a) em uma união homo afetiva.

Feliciano é assunto freqüente na internet, com milhares de seguidores em um microblog, recebe tanto manifestações de apoio quanto críticas e segue conciliando a vida de pastor com a atividade política em Brasília. Antes de ser o centro de diversas polêmicas, o pastor era um desconhecido no Congresso e com pouca visibilidade fora da esfera religiosa até se tornar o político mais comentado nas redes sociais por sua postura preconceituosa e moralista.

É preciso fazer valer os direitos iguais a todos os homossexuais, é imprescindível que a Comissão de Direitos Humanos da Câmara Federal seja presidida por um deputado que compreenda os desafios que esses cidadãos enfrentam. Não há mais espaço para preconceito, intolerância e retrocessos. Os grupos no parlamento que lutam para caçar os direitos que foram conquistados depois de muita luta não podem emperrar os avanços e os direitos que os homossexuais já conquistaram.

Entidade indica 13 filmes que discutem o racismo na escola

No mês onde se comemora o dia da Consciência Negra (20 de novembro), O Centro de Referências em Educação Integral selecionou 13 filmes que discutem o racismo nas escolas.

Obras imperdíveis para quem ainda não as assistiu e para quem já viu, vale a pena rever. A indicação objetiva “discutir como o racismo está presente ainda hoje e como a luta do movimento negro é necessária na sociedade”, segundo Jéssica Moreira do Centro de Referências.
São filmes que abordam como o racismo se dá no ambiente escolar.Assista abaixo o trailer
de cada um dos 13 filmes:
1. Escritores da Liberdade, Richard LaGravenese – EUA/ 2007/Comédia Dramática

Uma nova professora chega à escola tentando mostrar aos estudantes que aquilo que trazem de casa ou das ruas faz sentido também dentro da sala de aula. Problemáticas como racismo, desigualdade social e exclusão. Baseado em fatos reais, o longa mostra como a professora Erin Grunwell transformou a relação de aprendizagem em uma escola dividida por tribos. Onde os estudantes não se enxergavam com integrantes do ambiente escolar e sentiam-se rejeitados. A coisa começou a mudar quando essa professora levou para a sala de aula a discussão de sobre os preconceitos e levou os alunos a escreverem sobre a história de vida de cada um.
2. Vista a minha pele, Joel Zito Araújo & Dandara – BRA/2004/ Comédia

O vídeo ficcional-educativo traz em menos de 30 minutos uma paródia sobre como o racismo e o preconceito ainda são encontrados nas salas de aula do Brasil. Invertendo a ordem da história, o vídeo utiliza a ironia para trabalhar o assunto de forma educativa. Nele, negros aparecem como classe dominante e brancos como escravizados e a mídia só apresenta modelos negros como exemplo de beleza.
3. Cultura Negra – Resistência e identidade, Ricardo Malta – BRA/2009 /Documentário

O documentário, produzido pela da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa (CCIR) e do Centro de Articulação de Populações Marginalizadas (CEAP), organizações sociais que combatem a intolerância religiosa e buscam por maior visibilidade da cultura negra. Um dos objetivos do vídeo é contribuir com o debate entorno da Lei nº10639/03, que torna obrigatório a inclusão do ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e inclusão, no calendário escolar, do dia 20 de novembro como “Dia da Consciência Negra”.
4. Olhos azuis, Jane Elliot- 1968/EUA/Documentário

O documentário mostra como foi o trabalho desenvolvido pela educadora norte-americana Jane Elliot, que realizou atividades de conscientização tanto com crianças quanto com adultos brancos, em 1968. O vídeo mostra o processo de conscientização realizado durante as oficinas, no qual os brancos poderiam sentir a discriminação sofrida por negros.

5. Ao mestre com carinho, James Clavell, 1967/ EUA

Um engenheiro desempregado começa a lecionar em uma escola pública da periferia de Londres, formada por estudantes rebeldes e também racistas. Aos poucos, ganha a confiança, amizade e respeito dos alunos.
6. Mãos talentosas, Thomas Carter-2009/EUA/Drama

O filme conta a história de um menino pobre do Detroit. Desmotivado por tirar baixas notas na escola, era motivo de bullying de forma frequente. Incentivado a estudar pela mãe, que voltou a estudar já adulta, Ben Carson torna-se diretor do Centro de Neurologia Pediátrica do Hospital Universitário Johns Hopkins aos 33 anos, em Baltimore, EUA.
7. Encontrando Forrester, Gus Van Sant – 2000/ EUA

O filme trata sobre a história de Jamal, um adolescente do Bronx que vai estudar em uma escola de elite de Manhattan (EUA). Mas continua sofrendo discriminação e preconceito por conta de sua cor. Com a ida, conhece o talentoso escritor William Forrester , que percebe seu talento para a escrita e o incentiva a prosseguir nessa área.
8. Mentes Perigosas, John N. Smith -1995/EUA/ Drama

A professora Louanne Johnsonganhar dinheiro com artesanato entra em uma escola da periferia norte-americana e é hostilizada pelos alunos. Percebendo que seu método de ensino não está funcionando Louanne passa a se envolver mais com a diversidade cultural de seus estudantes e, assim, percebe melhor as dificuldades que passam.
9. Entre os muros da escola, Laurent Cantet – 2008/ França/ Drama

François Marin atua como professor de língua francesa em uma escola de ensino médio, na periferia de Paris, composta por estudantes de diversos países da África, do Oriente Médio e da Ásia. Ele e seus colegas docentes tentam buscar diversas ações para ensinar os estudantes, mas ainda assim encontram dificuldades, dada as condições socioeconômicas em volta da unidade escolar.
10. Separados mas iguais, George Stevens Jr – 1991/ EUA/ Drama

Baseado em fatos reais, o filme narra a disputa entre pais de alunos negros e juízes do Condado de Claredon, na Carolina do Sul, no início dos anos 50. Na época, as escolas separavam os alunos brancos, que claramente tinham acesso à educação de maior qualidade acesso à verba para manter a estrutura das escolas.Um diretor da escola , tem o pedido de um ônibus escolar negado, com o apoio do pai de um de seus alunos, entra com processo contra o estado, alegando a inconstitucionalidade do país ao promover escolas diferenciadas para negros e brancos.

11. Sarafina – o som da liberdade, Darrell Roodt – 1992/África do Sul/Musical

Com Whoopi Goldberg no papel principal, o filme conta a história de uma professora sul-africana que não aceita ver seus estudantes se sentindo diminuídos. Em um processo educativo permanente, ela ensina seus alunos negros a lutarem por seus direitos e compreenderem a sociedade em que vivem, não esquecendo que podem diariamente transformá-la.
12. Preciosa, Lee Daniels – 2009/EUA/ Drama

O filme conta a trajetória de Claireece “Preciosa” Jones, uma garota negra que sofre diversas dificuldades. Quando criança, é abusada e violentada pelos pais. Cresce pobre e passa por uma série de discriminações por ser analfabeta e acima do peso. Após muita insistência pessoal e com a ajuda de uma educadora que muito acredita na sua possibilidade de mudança, Preciosa dá a volta por cima.
13. Alguém falou de racismo, Daniel Caetano – 2002/Brasil/Drama

A obra mistura trechos documentais e ficcionais para contar a história de um professor que decide provocar seus alunos a pensarem sobre o preconceito racial e a construção da sociedade brasileira que sistematicamente segregou negros e brancos.

Fonte: Centro de Referências em Educação Integral

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Dia 20 de Novembro não é só um feriado!


Passamos séculos sendo retirados de nossas terras para sermos levados como animas para servir outras pessoas sendo escravos.

Nesses séculos não passamos calados nem um dia se quer. Mesmo com um massacre diário cultural e social preenchido com piadas, brincadeiras, peças e músicas isso tudo só para afirmar que os negros não têm vez e que são a ralé que não merecem nem a rapa!
Mas estou aqui hoje nesse dia tão importante venho lembrar a todos vocês que os homens que falavam isso estavam errados e que nossa cultura é mais forte que seu preconceito e sua necessidade de se afirmarem superiores!

Hoje venho mais uma vez dizer que sou Negro, sou Negra por dentro e por fora de Luta e nas Lutas, Lutando no dia a dia quebrando barreiras que dizem que não consigo que não posso ou que minha cor não permite.

É por isso que todo dia lembro quem sou de onde vim e como tenho que ter orgulho de ser descendente de um povo guerreiro que não foge a luta por nada e que ajudou a construir esse país!

terça-feira, 19 de novembro de 2013

“O opressor não seria tão forte se não tivesse cúmplices entre os próprios oprimidos” Simone de Beauvoir

No ano de 2012 o caso da universitária indiana, vítima de estupro coletivo em um ônibus, chocou o mundo. Há algum tempo atrás, chocou-nos o caso da jovem Eloá, de 15 anos, morta por seu ex-namorado que não aceitava o término do relacionamento.

Todos os dias centenas de “Marias da Penha” surgem, vítimas de violência em seus lares por parte de seus companheiros, e esta semana, o caso da jovem de 17 anos que se suicidou ao ter sua relação sexual, exposta nas redes sociais, nos faz pensar: O que histórias tão diferentes têm em comum?

Indiscutivelmente as mulheres estão ganhando mais espaço no mercado de trabalho, nas universidades, tem mais escolaridade e mais direitos. Mas é também indiscutível que ainda vivemos sobre forte domínio do machismo que impõe seus padrões de comportamento, de beleza e de sexualidade, manifestando-se de diversas maneiras.

Na sociedade capitalista, as mulheres são vistas como propriedade, seja dos pais, maridos ou companheiros, o que não lhes permitem dispor de seu corpo e de sua vida, como desejarem. Além disso, é imposto um comportamento sexual “correto”, onde o papel das mulheres está longe de ser a de receptora de prazer.

Essa repressão sexual exercida desde a infância, ainda mais forte entre as jovens mulheres tem suas razões não somente em questões religiosas, culturais e de valores, por trás se esconde a própria opressão social do capitalismo.

Minha amiga Flavinha me apresentou um livro chamado “A Revolução Sexual” de Wilhelm Reich. Nele, o autor demonstra como a repressão sexual, desde a infância, forma seres tímidos, acanhados, dóceis, bem comportados e submissos frente a uma autoridade – seu pai, depois seu companheiro, e no final a própria sociedade. Ou seja, a repressão sexual fabrica indivíduos obedientes e servis, para se adaptarem e se subordinarem a essa sociedade autoritária.

A repressão sexual serve a essa sociedade capitalista, opressora, hipócrita e machista, e é um dispositivo de poder e de submissão sobre homens e mulheres, mas sobre tudo, sobre as mulheres.

A jovem não aguentou a “vergonha” frente a família e na escola. Mas onde foi que ela errou? Ao buscar a satisfação sexual? Porque a carga sobre ela foi mais pesada do que sobre o rapaz que também estava no vídeo? Porque pra ela fazer sexo virou um crime, tão terrível a ponto de tirar a própria vida? Essas são questões sobre as quais devemos refletir.

A escola como espaço não apenas de formação científica, mas de desenvolvimento integral do individuo como cidadão crítico, precisa cumprir seu papel nisso, uma educação sexual, livre de preconceitos e tabus ajudaria a esclarecer algumas questões que perturbam e oprimem nossos jovens.

O problema não está na jovem em busca de prazer, está em nós. A jovem piauiense infelizmente foi morta pelo machismo nosso de cada dia.

Por uma Educação Sexual nas escolas!

Combater o machismo, emancipar as mulheres e construir o socialismo!

A reformulação do ensino médio no Brasil

A “era de ouro da comunicação”, que trouxe fácil acesso a qualquer tipo de informação em questão de segundos, provocou rupturas na organização social e política do mundo contemporâneo. Todos esses avanços tecnológicos na área da informação e da comunicação têm acarretado uma rápida superação dos conhecimentos e coloca a escola uma questão importante: para que serve a educação, nesta sociedade, se forem mantidos o mesmo padrão de trabalho e os mesmos objetivos que foram definidos há 20 anos?

O Ensino Médio no Brasil está em perigo e segue rumo à falência, não tem um papel efetivo no desenvolvimento e nas fases de aprendizagem, apresenta o conhecimento em compartimentos que não se relacionam e encara como tabu questões que são constantes nos nossos dias.

A escola passa longe de temas muito presentes na vida dos jovens e se quer esbarra em debates fundamentais como: sexualidade, política, drogas, gravidez na adolescência, orientação vocacional e a tecnologia parece privilégio.

A forma com que as salas de aula se organizam e a maneira como as aulas são ministradas, o jeito como os alunos são obrigados a se vestir e os acessórios que são proibidos de usar. O projeto pedagógico só reforça a ideia de uniformização e padronização das pessoas suprimindo a identidade e individualidade que o aluno está desenvolvendo justamente nessa fase da vida, fatores fundamentais que irão definir a personalidade desse adolescente.

É preciso uma escola que estimule e canalize a energia e identidade da juventude. Que ajude o aluno a descobrir seus talentos, gostos e aptidões. É preciso mais arte, mais esporte e mais música. Uma mudança de formato onde a escola explore além dos quatro muros que a cercam. Trazer para o ambiente escolar elementos do mundo do trabalho e aprendizado de ofícios.

Temos o dever de reformular totalmente o ensino médio brasileiro, defendemos em uma Base Nacional Comum com Parte Diversificada, as matérias devem ser reorganizadas em áreas de conhecimento comuns e em disciplinas eletivas que valorizem a vocação da região em que a escola está inserida.

A reformulação do currículo do ensino médio brasileiro será a tônica que pautará o 40° Congresso da União Brasileira de Estudantes Secundaristas que irá acontecer em duas cidades mineiras, a capital do estado Belo Horizonte e Contagem, de 28 de novembro a 1° de dezembro, e conta com um número recorde de delegados eleitos em escolas dos 26 estados e do Distrito Federal.

#VemPraRua por uma escola com a cara da juventude brasileira!

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Professor de qualidade é professor valorizado

Fica impossível falar da problemática das escolas brasileiras sem esbarrar na questão da desvalorização dos professores no país. Receber pouco, trabalhar em vários turnos e escolas diferentes e com material didático defasado, é a realidade desses trabalhadores. Talvez, uma das classes mais desvalorizadas no Brasil.

E exatamente isso que aponta uma pesquisa, divulgada em outubro passado, da Fundação Internacional Varkey Gems, sediada em Londres. No índice – que avaliou 21 países-, o Brasil ficou em penúltimo lugar. Em primeiro lugar aparece a China, seguida da Grécia, Turquia, Coreia do Sul e Nova Zelândia.

Os países analisados foram selecionados pelo desempenho no Programa Internacional de Avaliação de Estudantes. Foram feitas mil entrevistas em todas as 21 nações analisadas, que levaram em conta o status de professor, a recompensa recebida pelo trabalho e a organização do sistema de ensino. O Brasil ganha apenas de Israel.

Esse profissional passa boa parte da vida na “corda bamba” por ter que se desdobrar entre mais de um local de trabalho para driblar um salário indecente. Uma profissão que têm (ou deveria ter) a tarefa e responsabilidade principal de encher de bons conhecimentos e sonhos, as mentes de milhões de crianças e adolescentes em formação.

A defesa da escola pública e a valorização dos professores, importantes pautas que irão mover alguns dos debates no 40° Congresso da União Brasileira de Estudantes Secundaristas que dessa vez, acontecerá em duas cidades mineiras: Contagem e Belo Horizinte, entre o dia 28 de novembro e 1° de Dezembro. Participe!

#VemPraRua pra mudar a escola no Brasil

domingo, 17 de novembro de 2013

UBES lança programação oficial do 40° CONUBES



A União Brasileira dos Estudantes Secundaristas lançou, na tarde de ontem (12), a programação completa do 40º Conubes que acontecerá de 28 de novembro a 1º de dezembro, em Minas Gerais, nas cidades de Contagem e Belo Horizonte. O Congresso conta com um número recorde de delegados eleitos em todo país.

Confira a programação completa: http://wp.me/s3POeY-11380.

Participe!

Saudações Estudantis

#VemPraRua lança Barbara Melo candidata à presidência da UBES

Barbara Melo, candidata à presidência da UBES


A União da Juventude Socialista reúne sua direção nacional no dia 13 de novembro para fazer atualização política, debater a reta final da campanha do congresso da União Brasileira de Estudantes Secundaristas (UBES) e reafirmar os desafios colocados até o fim de 2013.

A juventude brasileira, como no mundo inteiro, permanece em luta por mais direitos, mas principalmente mobilizadas contra o modelo de sociedade consumista a que somos submetidos pelo capitalismo.

Os desdobramentos das pressões das ruas de junho já estão em curso. A UJS teve um papel decisivo nas vitórias recentes como a aprovação de 75% dos royalties para a educação, 25% para a saúde e 50% do fundo do Pré –sal para a educação pública, além da histórica aprovação do estatuto da juventude. Isso significa que podemos acreditar que é possível construir uma revolução na educação brasileira no próximo período. Nosso projeto de construir uma profunda reforma do ensino médio e universitária deverá, pelas mãos da juventude, virar realidade.

Outra vitória importante – comemorada pela UJS nos aeroportos do país inteiro – foi a chegada de centenas de médicos Cubanos e de várias outras nacionalidades, para fortalecer a saúde pública nos lugares mais carentes do país.

Estamos presentes na disputa pela aprovação do Marco Civil da Internet, que regula e amplia o controle social sobre o mundo cibernético, e seguiremos mobilizados até a conquista final.

O Congresso da UBES será o maior espaço de organização e encontro da juventude brasileira após as mobilizações de junho. Agora, a UJS está chamada a concluir com êxito a campanha de mobilização rumo ao Congresso da UBES. As entidades estudantis cumprem papel decisivo no avanço da pauta política mudancista. Uma UBES mais forte é absolutamente necessária para a realização das Reformas Democráticas, que podem nos alçar a um novo patamar de desenvolvimento econômico e social.

Em 2014, lembraremos os 50 anos do Golpe Militar no Brasil. Esse precisa ser o marco na consolidação da democracia brasileira, que ainda tem entraves severos a serem superados. A Polícia militarizada, junto com o tráfico, está entre os principais agentes de extermínio da juventude negra no Brasil. Ela é herança da ditadura, na medida em que a força policial, naquele momento foi responsável pelo extermínio de centenas de jovens que ousaram combatê-la através da atuação política e que hoje reprime os movimentos sociais e as manifestações democráticas.

Desmilitarizar a Polícia e revisar a Lei da Anistia terá centralidade na agenda da UJS e do movimento estudantil brasileiro.

O congresso da UBES será um grande espaço de construção da Jornada de Lutas da Juventude, apresentando diversas bandeiras de lutas com clareza para a sociedade, canalizando a força do povo nas ruas pelo Passe Livre e as Reformas profundas e democráticas.

É com este espírito combativo que nós da União da Juventude Socialista e o movimento Vem Pra Rua apresentamos o nome da estudante da Escola Técnica Oscar Tenório, Barbara Melo, candidata a presidência da UBES. Forjada no forno mais quente da luta política brasileira na atualidade, a cidade do Rio de Janeiro, Barbara preside a Associação Municipal de Estudantes Secundaristas do Rio de Janeiro (AMES-Rio), e poderá – junto com os milhões de estudantes – empreender um movimento radical que transforme profundamente a realidade da escola brasileira!

Para além do desafio que é o congresso da UBES, teremos mais duas grandes batalhas neste semestre, o 18º festival Mundial de Juventude e Estudantes e o I Encontro de Jovens Feministas da UJS.

O Festival Mundial das Juventudes Democráticas – FMJD, que ocorrerá de 7 a 13 de dezembro, é o maior palco da juventude em todo o mundo da luta anti-imperialista. Precisamos organizar uma grande delegação brasileira rumo ao Equador.

Por fim, reafirmamos a mobilização do I Encontro de Jovens Feministas da UJS e convocamos toda nossa militância a construir esse debate na nossa organização. O machismo tem raízes culturais tão profundas na sociedade brasileira, que se reproduz mesmo em espaços mais avançados como nas nossas fileiras. Ampliar a compreensão coletiva, de homens e mulheres da UJS, de que construir o socialismo é acabar com a exploração do homem pelo homem, mas também romper com as amarras que tiram a autonomia das mulheres decidir sobre suas vidas, que as subestima na relação trabalhista e as privam dos espaços públicos.

Estão renovados os desafios que encerrarão nosso longo ano de 2013. Vamos com muito ânimo, unidade e sangue quente construir o Brasil dos nossos sonhos!

Direção Nacional, 13 de Novembro de 2013
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