sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

'Aliança com PT pode se quebrar', diz presidente do PC do B


Em entrevista ao iG, Renato Rabelo cobrou 'responsabilidade' do partido de Dilma e falou sobre a aproximação com Kassabe
Aliado de primeira hora do PT há mais de 30 anos, o PC do B pode romper com o partido da presidenta Dilma Rousseff caso os petistas insistam em exercer uma hegemonia absoluta tanto na partilha dos cargos federais quanto nas eleições municipais de 2012. A afirmação foi feita pelo presidente nacional do PC do B, Renato Rabelo, em entrevista ao iG.



Foto: Futura Press Ampliar
Renato Rabelo, presidente do PC do B, falou ao iG sobre aliança do alianças histórica com o PT
“Cabe ao PT uma grande responsabilidade. Do contrário essa aliança pode se quebrar ou até pior, surgir uma antialiança ao PT. Pode até haver separação”, disse.

Sentado sob um retrato do histórico líder comunista João Amazonas (1912-2002) na reformulada sede do partido no centro de São Paulo, Rabelo disse que o PC do B prepara para 2012 o lançamento do maior número de candidatos a prefeito de sua história, muitos deles contra o PT - como o vereador Netinho de Paula, na capital paulista - e não descartou alianças pontuais com partidos de oposição a Dilma.

Quanto à recente aproximação do partido com o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), Rabelo admitiu, pragmático, não haver afinidades ideológicas, mas defendeu a aliança. "Com o Kassab não há uma identidade ideológica, há aproximações políticas. Se tivéssemos, por exemplo, a mesma ideologia que o PT nós seríamos do PT, faríamos parte do PT", disse Rabelo, que falou ainda sobre o movimento do prefeito em direção à base aliada à presidenta Dilma Rousseff. "Não estamos indo para o lado do Kassab. O Kassab é que está vindo para o lado de cá." Leia abaixo os principais trechos da entrevista:

iG - O PC do B já traçou uma estratégia para 2012?
Renato Rabelo - O PC do B levou 15 anos tendo somente candidatos proporcionais e assim mesmo concentrando em algumas candidaturas. De 2004 e 2006 para cá começamos a mudar essa orientação e ter candidaturas majoritárias. Agora pretendemos ir mais ainda. Em 2010, fomos o quarto partido mais votado para o Senado, mais até do que o DEM. E se tivemos estes votos é porque temos lideranças importantes. Essa acumulação eleitoral vai desembocar em 2012. O que a gente chama de projeto 2012 é o maior da história do PC do B. Podemos até eleger prefeitos de capitais, como por exemplo a Manuela (D’Ávila) em Porto Alegre, onde podemos contar com apoio até do PT. O governador Tarso Genro (PT) admite que PC do B teve um papel importante na eleição dele. Em São Paulo queremos dar peso à candidatura do Netinho de Paula.

iG - O senhor disse que durante 15 anos o PC do B só teve candidaturas proporcionais. Isso se deve em grande parte aos apoios oferecidos ao PT. Em 2012 essa relação vai mudar?
Rabelo - Na evolução política há sempre variações nas relações. Não se pode dizer que uma relação política vai ser igual a vida inteira. Toda aliança é fruto de um momento. Tudo na vida é assim. Pode mudar para melhor ou para pior. Pode mudar para uma aproximação maior ou para um afastamento. Nós tivemos sempre uma relação de primeiro nível com o PT. O que acontece agora é que o PT é o partido hegemônico na esfera federal e luta para manter essa hegemonia. Exatamente por isso pode cometer erros, tender a querer uma hegemonia absoluta. Se nesse processo não houver entendimento e confiança mútua pode criar problemas e afastamentos, uma reação em sentido contrário, uma frente contra o partido hegemônico. Isso a história mostra. Então cabe ao PT uma grande responsabilidade que é exercer uma hegemonia que dê harmonia à aliança. Do contrário essa aliança pode se quebrar ou até pior, surgir uma antialiança ao PT. Pode até haver separação. Depende da atitude de cada partido.

iG - A forma como o PT tem lidado com a divisão de cargos do governo Dilma é um risco?
Rabelo - O governo está começando. Ainda não se pode dizer. Mas vai ser um fator indicador importante e vamos levar em conta tudo isso. Não vamos raciocinar com o fígado mas se a atitude é política vamos responder politicamente. Dentro das nossas condições, é claro.

iG – Qual é sua opinião sobre a aproximação do PC do B com Gilberto Kassab?
Rabelo – Há uma convergência com o prefeito em algumas questões políticas que já vem de um ano ou mais. O episódio da mesa da Câmara de Vereadores (onde o PC do B apoiou Kassab contra o PT) mostra isso. Nós apoiamos o candidato do prefeito porque aquele grupo dominava a mesa há muito tempo. O prefeito Kassab resolveu enfrentar essa questão e nós tivemos um papel importante porque nossos dois vereadores foram a fiel da balança. Kassab está determinado em vir para um partido da base de apoio do governo federal. É por isso que houve essa aproximação. Para o PC do B, a definição política dele é muito importante. Não vamos fazer aliança com pessoas que estão do lado político que não é o nosso. Em resumo: não estamos indo para o lado do Kassab. O Kassab é que está vindo para o lado de cá.



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iG - O PC do B vai participar da administração Kassab?
Rabelo - Neste processo de aproximação ele aventou a possibilidade de oferecer esta secretaria que não existe ainda, que é a secretaria dita especial para preparar a Copa de 2014 em São Paulo. A cidade está enfrentando uma série de problemas. Nem o estádio foi construído. O que ele diz é que o PC do B já está na área e poderia levar adiante esta questão. Não sei exatamente se ele já fez o convite.

iG – Existe alguma identificação ideológica ou programáticas entre Kassab e o PC do B?
Rabelo – Proximidade ideológica do PC do B com os outros partidos é muito pequena porque cada partido tem sua ideologia. Com o Kassab não há uma identidade ideológica, há aproximações políticas. Se tivéssemos, por exemplo, a mesma ideologia que o PT nós seríamos do PT, faríamos parte do PT.

iG – O PC do B concorda com a forma como Kassab administra a cidade, com as políticas do governo dele para, por exemplo, a questão dos moradores de rua?
Rabelo – Não temos ainda uma aliança formal e é evidente que existem diferenças importantes do PC do B com ele. Uma das questões que a gente coloca como um divisor de águas é o tratamento dado aos movimentos sociais. E aí entra a questão dos moradores de rua. Para o PC do B, esta é uma questão que pesa muito. A aliança política é um processo. Na medida em que ele vem para o lado de cá tem que dar demonstrações políticas que nos identifiquem. O PC do B nunca coloca de lado a plataforma política. Ninguém pode apontar que o PC do B fez alianças de momento, fisiológicas. Como é que vou explicar para a militância? Isso é uma convergência que vai se dando.

iG – Já se falou que Kassab pode ir para o PMDB, fundar um partido, ir para o PSB. O PC do B acolheria o prefeito?
Rabelo – Os caminhos mais naturais para o prefeito são o PMDB ou o PSB. Podemos tê-lo como aliado. Acho até que tem havido progressos na negociação dele com o PSB. Outra possibilidade seria fundar um novo partido. Porque aí ele manteria o mandato e num segundo momento este partido poderia se fundir a outro da base aliada de Dilma como, por exemplo, o PSB. É uma saída, embora fundar um partido no Brasil hoje não seja uma coisa fácil.

iG – Apesar da aproximação com a base do governo Dilma, Kassab continua fiel a José Serra e mantém muitos serristas em cargos importantes da prefeitura. O rompimento com Serra é uma imposição para a aliança?
Rabelo - O PC do B não vê essas coisas como absolutas. O que interessa para o partido é a tendência que vai se esboçando. Na prática, o prefeito já está se identificando mais com a base de Dilma e formalmente ainda tem vínculos com Serra, mas é só formal.

iG – Mas ele mantém muitas pessoas ligadas a Serra na prefeitura.
Rabelo – Tudo isso não se faz da noite para o dia. Se a tendência fosse de manter o vínculo com a oposição se tornaria mais difícil uma aliança. Se ele tem compromisso com o Serra, e ele disse que tem o que mostra até uma certa honestidade ele, poderia dizer que deve a Serra compromissos que Serra realizou. Kassab diz claramente que o Serra foi leal com ele e agora está retribuindo a lealdade.

iG - O PC do B espera uma ruptura de Kassab com José Serra?
Rabelo - O Kassab vindo para a situação se afasta naturalmente do Serra. Ele vai criando essas condições, as pontes vão sendo queimadas e a essa altura não tem como haver retorno. A oposição está desbaratada, é natural que uma parte da oposição se desgarre.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

UNE promove III Encontro de Negros, Negras e Cotistas


Evento contará com debates sobre os resultados das ações afirmativas e acontece em maio, em Salvador.

A previsão é de que cerca de 600 pessoas – entre estudantes, militantes e observadores – participem do III Encontro de Negros, Negras e Cotistas da UNE (União Nacional dos Estudantes). O evento, que incluirá entre as atividades, debates, palestras e apresentações musicais, será realizado em Salvador, nos dias 20, 21 e 22 de maio. Essa terceira edição tem como objetivo levar os participantes a refletirem sobre o tema que dá nome ao encontro. “O Brasil após a expansão das políticas de ações afirmativas”.

“O III ENUNE 2011 abrirá um espaço para os estudantes pensarem a política de cotas, que hoje já é uma realidade em mais de 70 instituições públicas de ensino superior no Brasil, mesmo que encontre resistências em setores da sociedade. Nosso objetivo é avaliar os avanços e pensar em perspectivas futuras, o que significa avaliar estes programas (de concessão de cotas para estudantes afrodescendentes) e traçar diretrizes”. A avaliação é de Cledisson Junior, de 27 anos, diretor, desde 2009, da Diretoria de Combate ao Racismo da UNE, organismo criado em 2001, e cuja finalidade, ainda segundo Cledisson, é contribuir para a democratização do acesso à universidade, que deve estar aberta a esta parcela da população do país, que representa 50,6% do total dos brasileiros. “Além de estabelecer uma articulação entre a rede do movimento estudantil e os movimentos negros”, afirma o dirigente, que é aluno do curso de Ciências Sociais da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG).

Os encontros para discutir as relações entre negros e a educação universitária promovidos por este organismo da UNE são bienais. No primeiro deles, realizado em 2007, os alunos e demais participantes discutiram o papel da União Nacional dos Estudantes no combate ao racismo, assumido como fator presente nas relações sociais e nas instituições do país. Já o segundo encontro, ocorrido em 2007,” teve como proposta a apresentação de ações de apoio da entidade à política de cotas raciais”, completa Cledisson Junior.

Para os interessados em participar do III ENUNE 2011, a Diretoria de Combate ao Racismo da UNE informa o seguinte endereço:

www.unecombateaoracismo.blogspot.com

Resolução da UJS sobre a questão das drogas no Brasil




A ausência de um debatedor que apresentasse uma opinião de contraponto não prejudicou a qualidade do debate realizado no seminário sobre drogas organizado pela UJS durante o seu Curso Nacional de Formação Política, que ocorreu de 4 a 13 de fevereiro, incluindo o seminário e uma plenária nacional da organização, onde foi aprovada resolução sobre a questão das drogas. O fato de não haver um contraponto foi, entretanto, levantado em praticamente todas as falas, que argumentaram que isso enriqueceria a discussão.

Cortina de Fumaça

As atividades do seminário se iniciaram com a apresentação do documentário “Cortina de Fumaça”, que é uma coletânea de depoimentos de neurocientistas, psicólogos, psiquiatras, médicos, policiais, ex-policiais, juristas, sociólogos, antropólogos ou seja, especialistas das mais diversas áreas e de variadas nacionalidades que apresentam as contradições, os mitos e o moralismo presentes no debate acerca da questão das drogas.

Após a exibição do longa com 1h30 de duração, o debate se iniciou com a fala do seu diretor, Rodrigo Mac Niven. O cineasta disse que não tinha posição definida acerca da legalização ou não das drogas antes dos dois anos gastos na produção do filme. Disse ainda que procurou fazer um material capaz “trazer a informação que normalmente as pessoas não têm, pois o outro lado a gente escuta e lê nos veículos de massa”. A intenção, declarou Mac Niven, é “elevar o nível do debate”. Para ele, legalizar o uso de drogas significa regulamentar e não liberar.

Guerra contra as drogas

Em seguida, foi a vez da deputada federal Manuela D’Ávila (PCdoB/RS) dar a sua opinião. Ela defendeu que a luta é para que o mundo, sobretudo a Organização das Nações Unidas (ONU) mude a forma de debater o tema das drogas, visto que até hoje vigora a política do ex-presidente dos Estados Unidos Ronald Regan, que inaugurou a “guerra contra as drogas” e a sua utilização para intervenção nas nações, sobretudo latino-americanas. Para a deputada, a forma de debater o tema das drogas “tem uma relação muito profunda com questão de opressão militar das nações latinas”.

A deputada denunciou ainda a lógica da polícia brasileira, que “pega o pequeno. São os 30 mil jovens que estão na ponta que morrem, e não os grandes traficantes. Trata-se de um tipo de polícia que oprime a nossa juventude”. A dimensão deste debate, argumentou Manu, é a da economia internacional. O ataque, a repressão ao tráfico, entretanto, é no varejo.

Ela contrapôs algumas visões em favor da legalização das drogas que acreditam que não é preciso regulamentação do Estado para a questão. “É uma visão liberal”. Manuela criticou ainda o tom moral que hegemoniza o debate sobre drogas no Brasil.

Por fim, Manu falou sobre a Holanda, país que possui mais flexibilidade na lei sobre drogas no mundo, dizendo que há uma regulação sobre a quantidade de cada substância contida nos produtos comercializados. Comparou com a realidade do Brasil, onde o usuário não tem como saber o que é colocado no produto que é consumido. “O problema é que ao proibir as drogas, proibimos de saber o que as pessoas consomem e o mau que causa cada substância”.

Criminalização da pobreza

O último da mesa a falar foi o delegado da polícia civil e mestre em Ciências Penais Orlando Zaccone, que é membro da ONG Law Enforcement Against Prohibition (Leap). Ele contou que foi por muitos anos delegado da Polícia Civil em Jacarepaguá e que depois foi transferido para a delegacia da Barra da Tijuca: “foi quando eu percebi que a prisão, o encarceramento por crime relacionado a drogas, é feito de forma desigual”.

Zaccone disse que na Barra da Tijuca fez apenas três flagrantes de tráfico em 2010 e que todas as delegacias da zona sul somaram 67 flagrantes, que dão o número de uma única delegacia em outra região, a de São Cristóvão. Em seguida, provocou: “você acha que na Tijuca não tem tráfico?”, ao que respondeu que sim, mas que nos bairros de classe média o tráfico é feito em espaços privados – dentro de condomínios, casas de show, etc. – enquanto na periferia ele é feito no espaço público, e por isso gera mais prisões. “O patrimônio, a dignidade são distribuídos de forma desigual. O tráfico também”, completou. Ele deu, ainda, o exemplo do filme “Meu nome não é Jhonny”, em que um traficante de classe média é tratado como usuário pela Justiça.

O delegado defendeu a proposta do ex-Secretário Nacional de Políticas Sobre Drogas Pedro Abramovay, de estabelecer penas alternativas a pequenos traficantes, ao invés de encarcerá-los. Aproveitou o ensejo para protestar contra a demissão de Abramovay pelo fato de ter defendido tal proposta publicamente.

Zaccone concordou com Manu sobre o motivo da legislação brasileira sobre drogas ser proibitiva: “assumimos [a política proibitiva] por alinhamento do Estado brasileiro a interesses internacionais dos Estados Unidos. Existem no mundo outras políticas de drogas que não estão sendo apresentadas para a gente”, e citou uma frase de Eduardo Galeano para combater a moralidade frequentemente dominante no debate sobre a questão das drogas: “na luta do bem contra o mau, é o povo que entra com os cadáveres”.

Debate intenso

O debate que se seguiu demonstrou a variedade de posições presentes no conjunto da militância da UJS acerca desta controversa questão. Foram pautadas questões de violência relacionada ao uso das drogas, questões de saúde individual e coletiva, razões históricas para o uso e a proibição de determinadas substâncias e também a contextualização do uso de drogas no sistema capitalista, onde esta serve à alienação, segundo opiniões apresentadas. Apresentou-se também, durante as intervenções, um temor que a legalização se reduza, no final das contas, à liberação do uso e comercialização legal, mas que os efeitos do uso continuarão sendo sentidos, sobretudo nas periferias.

Diante do debate, o presidente da UJS, André Tokarski, defendeu que a resolução da entidade não deveria se reduzir só à questão de legalizar ou não, levando em conta que é um debate muito presente na realidade do país. Para ele, o central é que a UJS funciona com consenso progressivo, método que favorece o debate, que – ao menos acerca da questão das drogas – foi iniciado com bastante qualidade neste seminário: “é necessário coesionar a nossa organização e apontar um projeto de ruptura estrutural”, argumentou o presidente da UJS, que defendeu uma resolução focada em políticas de saúde pública, como políticas de redução de danos.

Resolução

A resolução da UJS sobre a questão das drogas foi aprovada no domingo (15), último dia da plenária nacional realizada pela organização com dirigentes de todo o país. Embora não chegue a uma conclusão sobre a defesa da legalização ou não, o texto demonstra a maturidade do debate conquistada a partir do seminário: “Somos, portanto, contra a apologia ao uso das drogas lícitas e ilícitas que trazem danos físicos e psíquicos aos seus usuários. Acreditamos no entanto, que a legislação proibitiva vigente não tem dado conta de resolver este problema de saúde pública”, diz um trecho da resolução, que também condena a criminalização da pobreza e pauta o tom classista do debate, do início ao fim.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Abrace a serra







Abrace a Serra
Djavan, Alcione, Seu Jorge, Arlindo Cruz e Lenine são os primeiros nomes que já confirmaram presença em um show dia 27 no Parque de Exposição, em Itaipava. Está sendo batizado de Abrace a Serra e toda a renda será destinada à reconstrução dos locais atingidos pelas enchentes em Petrópolis, Teresópolis e Nova Friburgo.
Os artistas abriram mão de seus cachês em prol do projeto, e empresas como TIM, Itaipava e a Cool Produções estão se associando para doar a parte estrutural para as apresentações. Também vai haver venda de camisetas e outras ações para angariar fundos. Artistas nascidos em Petrópolis, como Rodrigo Santoro e outros que mantêm residência aqui ou têm forte ligação com a serra, como Thiago Lacerda e Gisele Fraga, já confirmaram presença e apoio na divulgação.
Todo o dinheiro arrecadado será depositado numa conta corrente do Instituto da Criança, uma ONG de total transparência e que conta com a auditoria da PricewaterhouseCoopers.

Os ingressos estão a venda pelo site www.ingressomais.com.br

Pista 30,00 - Camarote 60,00 - Camarote VIP: R$ 200,00 (comida e bebida incluidos - ingressos limitados)


O evento é organizado pelo Cool Produções e para maiores informações, detalhes e entrevista em rádios, jornais, programas de tv ou telejornais podem fazer contato com José Carauta pelo telefone (24) 9216-6000

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Tranformar Sonho em Realidade


Movimento da juventude socialista inicia mobilização por intensa jornada de lutas.

Ainda estamos no início de fevereiro de 2011, mas a juventude socialista já se mobiliza de maneira intensa para fazer barulho diante da nova realidade política brasileira. Depois de uma participação maciça no CONEB e na Bienal da UNE e no inédito Encontro de Grêmios da UBES em janeiro último, as principais lideranças juvenis lançaram na última semana o Movimento Transformar o Sonho em Realidade.

Encabeçado pelos dirigentes das principais entidades estudantis do país, o Transformar o Sonho em Realidade pretende encampar uma jornada de lutas a fim de aprofundar o processo de mudanças na Educação iniciado pelo governo Lula. O movimento quer estabelecer diálogo constante com os estudantes e reunir ideias sobre temas como o novo Plano Nacional da Educação, a ampliação de vagas no ensino superior e a destinação de verbas ao setor, principalmente no que diz respeito ao PIB e ao Fundo Social do Pré-Sal. Tudo isso para construir democraticamente os alicerces ideológicos do movimento estudantil rumo ao 52º Congresso da UNE, que acontece no meio desse ano.

Como meio de divulgação de informações e contato mais estreito com os jovens, o Transformar o Sonho em Realidade conta com um blog, que traz notícias relacionadas à Educação e às atividades da militância, além de documentos e materiais de divulgação. Paralelamente ao blog, o movimento também pode ser acompanhado via Twitter, no perfil @sonhorealidade.

A campanha mais recente tem foco nos atos pelo passe livre e contra o aumento de passagens do transporte público. Ainda no blog, o movimento conta detalhadamente o que quer, quem faz parte dessa iniciativa da juventude socialista e os motivos que levaram à escolha de seu nome.

Curso Nacional de Formação da UJS


A UJS promove no próximo dia 05 de fevereiro mais um Curso Nacional de Formação para seus militantes. Com realização em Serra Negra, interior de São Paulo, o curso irá tratar temas relacionados à realidade política, do marxismo, da luta pelo socialismo na atualidade e da formação da nação e do povo brasileiro, dentre outros temas relevantes para os jovens socialistas. Ainda na programação de orientação à juventude, será realizado no dia 11/02 um seminário que irá analisar a questão das drogas, também em Serra Negra.

O valor do curso para os participantes da regiões sul e sudeste é de R$350,00. Para quem é das regiões norte, nordeste e centro-oeste, o valor é de R$250,00. A plenária nacional, que acontecerá nos dias 12 e 13/02, terá a taxa única de R$100,00.

Vale lembrar que o pacote inclui a estadia e alimentação durante todos os dias das atividades. Para obter mais informações, entre em contato com a sede nacional da UJS pelo telefone (11) 3624-0269.

SERVIÇO:

DATAS:

- 05 A 10 DE FEVEREIRO: CURSO NACIONAL DE FORMAÇÃO
- 11 DE FEVEREIRO: SEMINÁRIO SOBRE DROGAS
- 12 E 13 DE FEVEREIRO: PLENÁRIA NACIONAL

LOCAL:

- HOTEL AUTO TOUR – SERRA NEGRA – SP (http://www.autotour.com.br)
- ENDEREÇO: Rodovia Serra Negra – Lindóia Km 157 – Bairro Três Barras

VALORES/PAGAMENTO:

- Regiões SUL e SUDESTE: R$350,00 (curso/seminário) e R$100,00 (Plenária)
- Regiões NORTE, NORDESTE e CENTRO-OESTE: R$250,00 (curso/seminário) e R$100,00 (Plenária)
Importante: Os pagamentos devem ser feitos por depósito bancário ou em dinheiro diretamente na UJS (não serão aceitos cheques e o pagamento das taxas não está sujeito a negociações). Seguem os dados bancários para depósito: Banco: Banco do Brasil Agência: 3653-6 Conta Corrente: 17898-5 Nome: Edilson Cavalcanti Fialho.

TRANSPORTE:

Os ônibus sairão da sede nacional da UJS (Rua Treze de maio, 1016 – Bela Vista – São Paulo/SP) às 10:00 do sábado, dia 05 de FEVEREIRO, ficando a cargo dos participantes chegarem ao local de saída.
OBS.: Aos que forem participar apenas da Plenária Nacional será disponibilizado transporte que sairá da sede nacional da UJS às 7h de sábado, 12 de FEVEREIRO (A palestra do camarada Renato Rabelo, presidente nacional do PCdoB, está marcada para as 9h do mesmo dia).

COMO CHEGAR:

Aos que pretendem chegar por vias próprias ao HOTEL AUTO TOUR, seguem as informações:
Chegar à Rodoviária do Tietê e pegar o ônibus da Rápido Fênix Viação para Lindóia. Ele passará pela Rodoviária de Serra Negra e continuará sentido Lindóia. Descer em frente ao HOTEL AUTO TOUR, na Rodovia Serra Negra – Lindóia Km 157 – Bairro Três Barras.
site: http://www.rapidofenix.com.br/


PROGRAMAÇÃO:

Data
Dia
Módulo
Manhã 08:00h
Tarde 14:00h
Noite 19:00

05/fev
Sáb
Juventude

16:00h

Juventude, Trabalho e Educação



Prof. Luísa Barbosa e André Tokarski
Balanço e Perspectivas das PPJs





Prof. Brenda Espíndola/ Bia Costa

06/fev
Dom
Socialismo/ Brasil
Conceitos Básicos da Filosofia Marxista/ Tendências da luta Ideológica



Prof. Madalena Guasco
As transições na história brasileira



Prof. Fernando Ninderberg


07/fev
Seg
Socialismo
Elementos da Economia Política Marxista



Prof. Dilermando Toni
Socialismo no Mundo Contemporâneo



Prof. Alemão


08/fev
Ter
Socialismo
A Teoria Político Marxista (Estado e Classe)



Prof. Augusto Buonicore ou Ruy



09/fev
Qua
Brasil
Seminário sobre os 120 anos de Gramsci



Prof. Felipe Maia
Nação e Povo







Prof. Júlio Vellozo
Classes Sociais no Brasil







Prof. Julio Vellozo

10/fev
Qui
Brasil
Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento Nacional e Social





Prof. Fábio Palácio
O legado dos grandes eventos esportivos para a juventude brasileira





Prof. Waldemar
Encerramento Festivo do Curso

Responsável: Redó

11/fev
Sex
Seminário sobre Drogas
CineDebate:

Exibição do Documentário “Cortina de Fumaça” e debate com o Diretor Rogério
Mesa: Milton Barbosa (Psicólogo – Mestre em saúde coletiva) + Orlando Zaccone (Mestre em Direito – Delegado) + Manuela D’ávila (Deputada Federal)


12/fev
Sáb

Abertura da Plenária

Palestra de Conjuntura com

Renato Rabelo
Plenária
Plenária

13/fev
Dom

Plenária
Plenária





Enteressados entrar en contato com o presidente da UJS Petropolis.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Ato de Solidariedade ao Processo Bolivariano e ao Povo Venezuelano


Nesta quarta feira, dia 2 de fevereiro
Dia de Mobilização Mundial de Solidariedade à Venezuela


02 de Fevereiro de 2011

18hs

Auditório do Instituto Cultural Brasil- Argentina

Edifício Argentina,Praia de Botafogo, nº228, Botafogo, RJ


No ato será entregue o Manifesto Continental ao Consul no Rio de Janeiro, como forma de solidariedade ao povo venezuelano e que será levado a todas as representações diplomáticas no continente.


Após a entrega, acontecerá a projeção do Documentário “Al Sur de la Frontera” de Olivier Stone.

Envie sua adesao, com nome, e/ou entidade e cidade, para o correio eletronico
solidariedadelatina@gmail.com

MANIFESTO DE APOIO AO PROCESSO BOLIVARIANO NA VENEZUELA


Brasil, 2 de fevereiro de 2011.


Ao povo da Venezuela,

Ao Governo do Presidente Hugo Chavez,

Aos movimentos sociais da Venezuela.

Estimados companheiros e companheiras,

Há doze anos o povo venezuelano decidiu mudar o rumo da história de seu país, romper
com a longa noite neoliberal e décadas de exploração de uma oligarquia que se
locupletava com os recursos do petroleo, sem nada beneficiar o povo.

O povo venezuelano pagou o preço da pobreza e das desigualdades sociais.

No dia dois de fevereiro de 1999, resultado de muitas mobilizações populares e de um
massacre em Caracas que custou a vida de milhares de cidadãos, finalmente tivemos uma eleição democratica e o presidente venezuelano Hugo Chávez assumiu a Presidência da Venezuela com o compromisso de refundar o país por meio de um processo de transformação social baseado na participação popular e no resgate do papel do Estado como gestor de políticas públicas em pró da maioria da população.

A partir de então, iniciou-se um programa que erradicou o analfabetismo,universalizou o sistema de saude pública, garantiu acesso à universidade aos jovens e iniciou a democratização da propriedade da terra no campo e na cidade. Um novo projeto economico de desenvolvimento nacional passou a ser construido baseado na utilização dos recursos do petroleo para resolver os problemas fundamentais do povo,como: emprego, moradia, educação, saude,terra e acesso a energia. E o governo assumiu a vocação internacionalista do pensamento de Simon Bolívar e estimulou a integração com outros países e povos da America Latina, contribuindo para processos regionais como o projeto ALBA, entre outros.

Seguindo as regras da democracia representativa, o presidente Chávez e seu projeto de governo realizaram nesse periodo 15 processos eleitorais, sendo vitoriosos em 14, e assumindo publicamente a autocritica da derrota de 2008, como uma lição popular.
Mesmo assim, as empresas transnacionais, as classes dominantes locais e os interesses economicos e militares do império dos Estados unidos não se conformam
com a perca do controle do petroleo Venezuelano e com a perca do poder politico.

Por isso, durante esses anos todos, tem organizado uma campanha permanente, sistemática, para desqualificar o processo bolivariano, agredindo o povo venezuelano
e a seu presidente, como nunca aconteceu antes na historia do país. Usando todas
as armadas possiveis, desde a tentativa de golpe de estado, sabotagens e mnaipluçaões mediáticas. E ainda ousam denunciar de que não há liberdade de imprensa na Venezuela.

Essas forças direitistas, que mantiveram o continente latinoamericano a serviço dos
interesses do capital dos Estados Unidos,como agora, perderam o poder politico em muitos países, se articulam então atravé do controle que tem dos meios de
comunicação. E usam os meios de comunicação de massa, como sua arma permanente
para mentir, manipular e atacar. Isso vem ocorrendo não só na Venezuela, mas tambem no Brasil, na Argentina e em todos os países da america latina.

No ano de bicentenário da Independência politica de vários paises da america
latina, reiteramos que apesar da campanha de ódio orquestrada a partir dos meios massivos de comunicação contra a Venezuela,nosso compromisso de realizar todos os
esforços para construir a verdadeira integração de nossos povos, e apoiar o
exemplo do povo venezuelano, que inspirados em Simom Bolivar, General Abreu e Lima, Jose Martí, Che Guevara, e tantos outros, nos acena para a necessidade de nos
unirmos na america latina, para juntos nos ajudarmos a resolver os problemas fundamentais de nosso povo.


Por confiar no caráter popular e democrático da revolução bolivariana, por defender o direito soberano do povo venezuelano e de todos os povos do mundo a decidir seu
destino, sem ingerencia do capital e das forças do império, por considerar de fundamental importância o processo de integração regional que vem sendo impulsado na america latina nos ultimos dez anos, e que se concretiza, atraves da Unasul, do
CELAEC e de um projeto de integração popular da ALBA, saímos a público à
manifestar nossa solidariedade com o povo venezuelano, ao seu governo e ao projeto de mudanças sociais em curso naquele país.

Defendemos que haja um processo de democratização de todos os meios de comunicação
de massa em todos nossos paises, para livrar nossos povos, da manipulação e do seu uso, apenas em defesa dos interesses da burguesia e das empresas que querem controlar
nossa economia e nossas riquezas.

Os povos da America Latina precisam caminhar com suas proprias pernas, trilhando
um mesmo caminho, de soberania politica, economica, de controle de seus recursos naturais, para construir sociedades justas, democráticas e igualitárias.

Atenciosamente,



--
te deseo revolución, primavera y amor!
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