quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Nota da União da Juventude Socialista sobre a intervenção na "cracolândia"

A questão das drogas, no Brasil e no mundo, é um tema de intenso debate. Contra ou a favor da legalização, acadêmicos, cientistas, políticos, artistas, o povo tem pensado e repensado o tema, proposto alternativas e soluções. Para a UJS a temática das drogas relacionam soluções mais complexas que a simples repressão policial, envolvem problemas de saúde, assistência social, educação, segurança pública e, refletem também a extrema desigualdade econômica e social do nosso país. Não podemos fechar os olhos para este problema, que em relação ao consumo de crack, tem se demonstrado extremamente danoso aos jovens que, animalizados e jogados a margem da sociedade vivem sem perspectivas. O consumo do Crack, embora atinja todas as classes sociais, tem um corte social bem definido, devido ao seu baixo custo é consumido, sobretudo pelos mais pobres, que se reúnem na chamada "cracolândia", esta por sua vez existe a mais de uma década, ações repressoras nunca faltaram, entretanto, a população de dependentes tem aumentado sobremaneira. O Governo do Estado de São Paulo, que reprime estudantes em luta por democracia na USP, agora busca "pela dor e pelo sofrimento" solucionar o problema dos dependentes e acabar com a cracolândia. "Pela dor e pelo sofrimento", a séculos atrás, torturavam-se os chamados hereges para que se arrependessem de seus pecados, "pela dor e pelo sofrimento" a ditadura militar impôs aos lutadores sociais o gosto amargo do autoritarismo, "pela dor e pelo sofrimento" a história se repete, "como tragédia ou farsa". O problema do crack deve incluir a prevenção, a garantia ao tratamento dos tóxicodependentes e a reintegração social. Nós da União da Juventude Socialista repudiamos veementemente a atual intervenção do Estado e da Prefeitura na “cracolândia”, a dependência química não se combate com política de segurança, esta serve para combater o crime organizado. A mera coerção física já demonstrou ser ineficaz, sua consequência é a criminalização da pobreza, aumentando a violência e marginalizando cada vez mais a juventude.

2 comentários:

Unknown disse...

sabias palavras...precisamos mudar esta cultura...DEPENDENCIA QUIMICA É UMA QUESTÃO SOCIAL, DE SAUDE PUBLICA...NÃO DE POLICIA...contem sempre conosco
Gruppo Assistencial SOS VIDA e
REDLACVO+ ( REDE LATINO AMERICANA E CARIBENHA DE AÇÕES VOLUNTARIAS NO COMBATE AO HIV/AIDS )- Antonio Carlos de Souza Piires ( Cal ) secretario geral

Unknown disse...

ENTREVISTA AO PROGRAMA PESSOAS E POLITICAS Do VEREADOR GIL MAGNO
http://www.youtube.com/watch?v=VuQ7Wj97UrU&list=UUvyCmRuMfVppPma1jvLS1LQ&index=1&feature=plcp

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