segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

O decreto de calamidade tá ok ?

A decisão do prefeito da nossa cidade imperial (Rubens Bomtempo), de declarar em estado de calamidade a rede pública de saúde foi recebida com perplexidade pelo presidente do Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro, Jorge Darze. Segunde ele, a medida reflete a crise pela qual a maioria dos municípios fluminenses estão passando.
“O que leva a uma situação de perplexidade entre nós da sociedade, e do sindicato dos médicos em particular, é esse discurso uniforme dos novos prefeitos de reconhecer a crise do setor de saúde em suas cidades. Se por um lado isso é positivo: um novo governo já assumindo reconhecendo uma situação de calamidade, por outro é preciso que esses discursos tenham como contrapartida ações governamentais que venham a transformar, de fato, a situação da rede de saúde, dando-lhe condições de atender bem a população”, disse.
Rubens Bomtempo tomou essa decisão após fazer uma vistoria no hospital Alcides Carneiro - o principal de Petrópolis. 
Mesmo reconhecendo a validade da decisão, que permite a compra de medicamentos e contração de serviços e pessoal sem os trâmites burocráticos de praxe e a realização de licitações, Darze manifestou preocupação com os rumos que a decisão do prefeito pode tomar. “Ao mesmo tempo em que o governante usa o decreto para agilizar a tomada de decisões, ele também pode usá-lo de maneira indevida, como fator gerador de improbidade administrativa, se os órgãos fiscalizadores não exercerem efetivamente o seu papel e, desta forma, evitar que desvios de conduta possam ocorrer”. Na avaliação do presidente do Sindicato dos Médicos, é preciso que os prefeitos que estão assumindo o Executivo de suas cidades, ao reconhecerem a existência do problemas, busquem soluções que efetivamente beneficiem a população. “O problema é que, na maioria das vezes, essas posições são muito mais marketing político do que propriamente uma decisão concreta de assumir o compromisso de solucionar o problema e encontrar uma saída responsável para o caos existente da rede pública de saúde”, declarou.

A pergunta é: será que a saúde vai melhorar de fato no governo que se segue ?

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