sexta-feira, 10 de maio de 2013

Bloco na Rua: A educação Cubana e a brasileira

Estudantes de Medicina em Cuba

A professora Roberta Traspadini, integrante da Consulta Popular, compara o sistema educacional cubano com o brasileiro. A professora da Escola Nacional Florestan Fernandes e da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, em Minas Gerais, afirma que o governo cubano investe 30% do PIB (Produto Interno Bruto). O ensino tem um enfoque no “posicionamento político que garante o direito à reflexão crítica e a formação continuada, com centralidade dos gastos do governo em educação”, assegura.

Em uma população estimada em pouco mais de 11 milhões, há mais de 2 milhões de estudantes em Cuba, em todos os níveis, quase 20% da população. Além de destinar 30% do PIB à educação, o país conta com 9.673 escolas públicas que empregam 298.508 professores e conta com 170 mil bolsistas. No ranking de controle do analfabetismo Cuba está em primeiro lugar há anos.

No Brasil, em 2006 tínhamos 2.270 instituições de ensino superior, sendo 87,73% privadas e 248 públicas, ou seja, 12,27%. Mesmo com os investimentos do governo Lula nas universidades federais essa realidade pouco mudou. Segundo Roberta, “o artigo 214 da constituição não prevê ser obrigação total do Estado a universalização da educação. Tem como objetivos a erradicação do analfabetismo; universalização do atendimento escolar; melhoria da qualidade do ensino; formação para o trabalho; promoção humanística, científica e tecnológica do país; e estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em educação como proporção do produto interno bruto”.

As importantes políticas que ampliaram a oferta de vagas no ensino superior Brasileiro chamaram a atenção de inúmeros investidores para o setor no país, atraindo inclusive capital estrangeiro, o que é inadmissível e prejudicial para o país. Em 2004, 4,4% da população brasileira concluíram o ensino superior e em 2010 esse número subiu pra 7,9% aponta o IBGE. Em 2000, a população de 15 a 17 anos nas escolas era 77,4% e em 2010 passou pra 83,3%.

Mesmo assim, para Renata a situação do Brasil é de falência porque “o modelo brasileiro de educação está diretamente relacionada à vitória do capital transnacional na conduta política da ordem e do progresso brasileiro, a partir dos anos 1990”, com a prevalência da política neoliberal.

Fonte: facebook.com.br/bloconarua

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