sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Em pesquisa 91% acreditam que juventude pode mudar o mundo

Juventude nas ruas para mudar o mundo

A Secretaria Nacional de Juventude (SNJ) divulgou ontem (8) a primeira parte da Agenda Juventude Brasil: Pesquisa Nacional sobre Perfil e Opinião dos Jovens 2013, que foi feita nos meses de abril e maio. Para a secretária Severine Mendes “a pesquisa representa um passo importante para estabelecer o diálogo sobre a juventude, subsidiando as políticas voltadas para esse segmento” da sociedade. A percepção de Severine se justifica quando 91% dos pesquisados acreditam na possibilidade de a juventude mudar o mundo, sendo que 69% creem que pode mudar muito.

A traçar o perfil da juventude brasileira, levantamento aponta que 20% dos 51 milhões de jovens têm entre 15 e 17 anos, 47% estão entre 18 e 24 anos e 33% aparecem de 25 a 29 anos. Desse montante, 45% se identificaram como pardos ou negros e 34% como brancos, sendo ainda 49,6% do sexo masculino e 50,4% do feminino. Na questão de renda, 50% concentram-se na faixa média, 11% ns rendimentos altos e 28% ns de baixa renda. O que confirma a mobilidade social ocorrida nos últimos 10 anos no país. A pesquisa mostra ainda um Brasil majoritariamente urbano, 85% dos jovens entre 15 e 29 anos moram na cidade.

maioria trabalha (53%) e 21% procuram emprego. Estudam e trabalham 14%. Mas 40% trabalham e não estudam 26% não procuram emprego. Entre 15 e 17 anos 65% somente estudam o que é salutar e 16% trabalha. Enquanto, mais de 70% entre 25 e 29 anos faz parte da População Economicamente Ativa. Sendo que 33% pararam de estudar antes de atingir o grau desejado. Desses 35% apresentaram defasagem em ter a idade e a escolaridade. A pesquisa mostra ainda que somente 13% atinge o nível superior de ensino.

Para 24% a violência é a maior preocupação. Também pudera as mais recentes pesquisas apontam os jovens como as maiores vítimas das mortes violentas no Brasil. Em segundo lugar vem a preocupação com o emprego e a escolha da profissão, item escolhido por 19%. A educação aparece em terceiro com 9%, empatada com a preocupação com a possibilidade de uma crise econômica, depois vem a família e as drogas com 8% cada. Saúde vem a seguir com 7%.

Os assuntos que os jovens gostariam de discutir apresenta um perfil que contraria a pecha de alienados, vista por muitos. Com os pais ou responsáveis a preferência para debate consiste na educação e futuro profissional para 45%, a violência vem a seguir com 32% e as drogas 31%. Já com os amigos os pesquisados gostariam de discutir sobre drogas (41%), sexualidade (31%) e violência (30%). Os jovens acreditam que a sociedade deveria discutir a desigualdade e a pobreza aparece em primeiro lugar para 40% dos entrevistados. Drogas e violência vêm a seguir com 38% cada e a política surge em terceiro lugar com 33% e a questão sobre direitos humanos preocupa 32%.

O perfil traçado da juventude desmonta teses sobre a alienação dos jovens. Para 54% a política é tema muito importante e entre os problemas apontados a corrupção aparece com 36% das opções, enquanto a desigualdade com 20% das preocupações. Para 13% dos jovens o poder mantido pelos traficantes é fator de desestabilização.

Os resultados da pesquisa feita pela SNJ revelam uma juventude com muitas preocupações ao mesmo tempo e voltada para o progresso, com vontade de participação nos projetos do país e preocupados com o futuro, com questões que vã da escolha profissional à desigualdade social e a extinção da pobreza. Os jovens querem expressar livremente seus pensamentos num regime democrático. Mostra ainda grande preocupação com a falta de segurança e não se conforma com a violência que está matando os jovens. A juventude mostra que quer ser feliz agora e mostra vontade mudar e melhorar o mundo.

Por Marcos Aurélio Ruy
Fonte: UJS

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