terça-feira, 27 de agosto de 2013

#SaúdePadrãoCuba: Médicos brasileiros têm medo de quê?

Muita celeuma tem se feito com a chegada de médicos estrangeiros no país para participar do Programa Mais Médicos, criado para melhorar a saúde pública brasileira que tem um gargalo secular. O Ministério da Saúde pretende levar médicos para todos os municípios e universalizar o atendimento médico com qualidade.
Para isso, abriu inscrições recentemente e 18.450 candidatos se inscreveram, mas menos de um terço confirmou o cadastro. O governo deu toda prioridade para médicos brasileiros, mas esses profissionais deram às costas ao país, mais preocupados em ganhar dinheiro do que em salvar vidas, como está no juramento que fazem.
Saíram às ruas para protestar contra o Mais Médicos e criticaram com veemência a vinda de médicos estrangeiros, voltaram-se principalmente contra os cubanos. Mas os nativos não querem prestar atendimento onde tem mais necessidade, muito menos no Sistema Único de Saúde (SUS) para atender quem não tem dinheiro para pagar. Todas as manifestações das entidades médicas nacionais, além de partidárias, calcaram-se em críticas à falta de estrutura para se trabalhar em determinados locais, mas os profissionais “siliconados” como diz o blogueiro Cadu Amaral, “esquecem que também há postos e hospitais com equipamentos e falta de profissionais para colocá-los a funcionar”.
Mas quando se imaginava que a coisa não poderia piorar. Os médicos brasileiros mostram claramente a visão mercantilista que têm da medicina e mostram mais ainda falta de educação, inclusive. O jornal Folha de S.Paulo publicou reportagem em que alguns “siliconados”, do sindicato dos Médicos do Ceará, foram vaiar os colegas cubanos que compareceram ao curso dado pelo governo pra se adaptarem ao país. A soberba dos brasileiros de jaleco ultrapassou todos os limites do bom senso e envergonham o Brasil. Essas imagens serão mostradas no exterior e o povo brasileiro poderá ficar com fama de sem educação.
Mas os mesmos que agora vão para rua vaiar os cubanos não fizeram isso para “protestar contra médicos estupradores como Roger Abdelmassih, condenado a 278 anos de cadeia por violentar 37 mulheres”, revela Cadu. E também “não vão às ruas reclamar da postura dos planos de saúde que negam inscrição a idosos ou quem eles julgam com alto risco de uso dos serviços que afirmam oferecer”, acentua o blogueiro. Não fazem nem nunca fizeram anda para melhorar a saúde pública brasileira. Reclamam que falta estrutura e salários, mas nunca se viu nenhuma manifestação desses médicos com propostas pra melhorar o atendimento e salvar vidas dos mais pobres.
É muito cômodo apoiar-se na velha mídia antinacional e antipopular e esconder suas verdadeiras intenções. Por que os médicos brasileiros não vão par a rua contar que o governo gasta com a formação deles nas universidades públicas cerca de R$ 800 mil, para depois eles irem para a iniciativa privada, fugindo do SUS. O cubano Nelson Rodrigues disse à imprensa que “a base de nossa formação é humanista. É esse o caráter de nossa formação. A atenção ao indivíduo como forma de tratá-lo como ser humano integral é um elemento forte em qualquer processo de cura”. É de dar mais vergonha ainda aos jalecos brasileiros que protestam contra o que nem sequer conhecem. 
Sabe-se também que os cubanos trabalham coma medicina preventiva, ou seja, trabalham para que as pessoas não fiquem doentes. Ao contrário daqueles que atendem a interesses de laboratórios multinacionais e receitam remédios determinados por eles muitas vezes.
Cadu Amaral nota que os médicos brasileiros nunca deram “um pio sobre os inúmeros tratamentos que não são cobertos e só descobertos nos corredores dos hospitais” e jamais se indignaram “com colegas que vão a restaurantes com seus jalecos os entupindo de bactérias e ajudam a adoecer ainda mais os doentes. Tudo para andar nas ruas e as pessoas verem que ali está um médico”, reafirma.
“Vergonha. Essa palavra de oito letras é o que se sente ao ver a reação daqueles que
Médicos cubanos vêm trabalhar por solidariedade
juram de pés juntos dedicar a vida a salvar vidas, mas vaiam aqueles que estão em solo brasileiro para fazer o que eles dizem que fazem, mas ninguém vê”, acentua Cadu. Os médicos nativos também mostram ranço racista. Porque entre os cubanos há grande número de negros, pois lá não se exclui ninguém e todos têm a mesma chance. E como tem muito negro em Cuba, naturalmente muitos médicos negros. Em Fortaleza houve inclusive agressão fisica a um funcionário do Ministério da Saúde. Os “mauricinhos” e as “patricinhas’ que custam R$ 800 mil aos cofres públicos para concluírem seus cursos em universidades públicas, poem as garras de fora covardemente, mas se recusam a atender onde não tem dinheiro circulando aso borbotões.
Nem precisa mais repetir os números da saúde de Cuba, pois são de deixar qualquer brasileiro sensato boquiaberto. Espera-se que os médicos cubanos consigam ignorar essa manifestação de setores da elite nativa, muito mais preocupada em passear em Miami ou Europa do que em trabalhar em prol da Medicina, assim com “eme” maiúsculo, não a praticada por esses profissionais do dinheiro, que passam longe da real necessidade da saúde dos brasileiros.
Os médicos brasileiros devem estar com medo de perderem o pouco prestígio que ainda têm. O que acontecerá quando o povo brasileiro descobrir que há outras alternativas de atendimento eu não seja a do descaso e pouco caso com o paciente que não tem dinheiro para pagar os tratamentos. Afinal, o que temem os médicos brasileiros?
Vídeo com comentário do jornalista Bob Fernandes no Jornal da Gazeta. Os médicos cubanos atenderão inicialmente a 11 milhões de brasileiros sem médico:
Por Marcos Aurélio Ruy, da redação 

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