Juventude que luta por memoria, verdade e justiça.
Nós da União da Juventude Socialista, herdeiros históricos da combativa guerrilha do Araguaia onde mulheres e homens lutaram pelo estado democrático de direito, que foram torturados e mortos pela sanguinolenta ditadura militar, que assolou o Brasil dos anos de 1964 a 1985. Até hoje, muitos ainda aguardam encontrar os restos mortais de seus familiares e amigos, pelo reconhecimento do Estado pela tortura e assassinato dos militantes da guerrilha.
A Ditadura Militar reprimiu, torturou e matou centenas de jovens que sonhavam com uma sociedade justa, apagou milhares de sorrisos que emanavam dos rostos juvenis. Essa mesma ditadura que se estabeleceu por todos esses anos com a ajuda e incentivo da nação imperialista dos EUA.
Com todos esses crimes contra os direitos humanos ainda nos deparamos com ruas, praças, avenidas, prédios, viadutos e pontes que são batizados com nomes desses facínoras, que os remontam como “heróis nacionais”.
A construção da memória do nosso povo também é um elemento de forte disputa de ideias. Conhecer a história, e ter acesso a verdade é decisivo para que possamos nos sentir sujeitos da construção do futuro e para que os erros do passado, não se repitam.
A UJS precisa promover mais espaços de discussão e formação sobre o tema da ditadura Militar e da Guerrilha do Araguaia e interferir nos espaços de elaboração acadêmica e políticas, que desvendem os segredos do regime militar. Somos pela abertura dos arquivos da ditadura; pela revisão da lei da anistia e PUNIÇÃO AOS TORTURADORES; e pelo fortalecimento da Comissão da Verdade do Ministério da Justiça.

Por fim, convocamos toda a militância da UJS a nomear os núcleos da UJS em escolas, universidades, bairros e locais de trabalho com o nome de nossos mortos do Araguaia e fazer no dia do aniversário da UJS, dia 22 de setembro, dia de luta em defesa da memória e da verdade, um dia de reivindicar a Guerrilha do Araguaia.
Guerrilha do Araguaia, presente!
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