quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Contra o feminicídio, pela plena implementação da Lei Maria da Penha

Basta de violência contra a mulher


O Brasil lidera o ranking mundial de violência contra a mulher. De acordo com a pesquisa feita pela Sociedade de Vitimologia Internacional, chega a 25% o número de mulheres assassinadas, 70% vítimas de seus próprios maridos ou companheiros. E só denunciam a partir da décima agressão.

A cada uma hora e meia 15 mulheres são mortas por dia no Brasil. Segundo pesquisa divulgada na última quarta-feira pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou os resultados de uma pesquisa na qual o número de feminicídio após a vigência da Lei Maria da Penha. A situação é grave. A CPMI de Violência Contra a Mulher previu no relatório final a inclusão do feminicídio como qualificadora no crime de homicídio.

No entanto, não podemos negar, que a Lei Maria da Penha é uma importante ferramenta para coibir a violência contra a mulher. A lei contribuiu para o reconhecimento da existência da violência doméstica. Antes, “em brigada de marido e mulher ninguém metia a colher”. A sociedade e o poder público faziam vistas grossas. Tipificar a violência doméstica foi uma vitória fruto da luta dos movimentos feministas e de mulheres.

Mas, a Lei Maria da Penha precisa ser implementada na sua plenitude. É preciso fortalecer toda a rede de proteção e enfrentamento à violência contra a mulher. O Brasil precisa ampliar o número de delegacias da mulher, hoje temos pouco mais de 500 em todo país, concurso público para delegadas e demais profissionais da rede, mais casas abrigos, centros de referência e varas especializadas. Muitas mulheres não têm para onde ir e acabam tendo que conviver com o agressor. E a violência acaba reincidindo.

Se a lei funcionar direito a pespectiva é que haja redução das estatísticas. Mas, ainda assim não erradicaria a violência contra a mulher. A violência é uma questão cultural. Enraizado por séculos de patriarcado que acaba por naturalizar a violência contra a mulher. O machismo é o que mata as mulheres, a misoginia e a coisificação da mulher. Os homens matam porque acham que podem, porque que acham que tem controle e total poder sobre o corpo da mulher. Combater a cultura do machismo é central para combater a violência contra a mulher.

Portanto, a União da Juventude Socialista cobra do governo federal a imediata implementação da Lei Maria da Penha. E repúdia declarações como a do articulista da Folha de S.Paulo, Hélio Schwarstman que atacou duramente a lei e culpabilizou as mulheres pelas agressões sofridas e justifica que os são mais fortes, por isso matam. Nada justifica assassinato de milhares de mulheres, muito menos o machismo!

Violência contra a mulher a UJS não cala, denuncia!
UJS Feminista defende implementação de Lei Maria da Penha
NOTA DA UJS FEMINISTA

Nenhum comentário:

Utilizadores Online