quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Enem ajuda a construir a igualdade

As provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) serão aplicadas no sábado (26) e no domingo (27), com início às 13h (horário de Brasília). Os portões de acesso aos locais de provas serão abertos às 12h e fechados às 13h. O Enem se constitui atualmente como o principal exame seletivo do país para o ingresso ao ensino superior. Em 2013 inscreveram-se para o exame 7.173.574 estudantes, sendo que 1,6 milhão concluindo o ensino médio.
No sábado os estudantes terão 4h30 para fazer as provas de ciências humanas e suas tecnologias e ciências da natureza e suas tecnologias. No domingo, em 5h30,

enfrentarão as provas de redação, linguagens, códigos e suas tecnologias e matemática e suas tecnologias. Todas as provas terão 45 questões de múltipla escolha.

Nascido em 1998, ainda sob o governo neoliberal de FHC, o exame servia apenas para uma avaliação do ensino médio. A mobilização do movimento estudantil, através de suas entidades representativas, obrigou a efetivação de profundas mudanças até que em 2009, o governo Lula transformou o Enem na grandiosidade que ele é hoje.

Todas as 59 universidades federais e os 38 institutos federais de educação, ciência e tecnologia usam o Enem como seleção para preencher suas vagas. Centenas de instituições do ensino privado também utilizam a nota no exame em seus processos seletivos. No caso das particulares, os estudantes têm a possibilidade de se inscrever no Programa Universidade Para Todos (ProUni) que concede bolsas de estudo de acordo com o desempenho nas provas e com a necessidade de cada um.

Criado em 2004, o ProUni já atende mais de 1,2 milhão de estudantes, sendo 68% com bolsas integrais. Sem o Enem isso seria praticamente impossível. Sendo a principal porta de entrada para oriundos da classe trabalhadora.

A principal novidade para este ano refere-se às cotas sociais que já determinam a reserva de 12,5% das vagas no ensino superior público a estudantes que cursaram o ensino público em toda sua trajetória. A proposta determinada pela Lei 12.711/12 é de que até 2016 50% das vagas em universidades públicas federais sejam destinadas a estudantes oriundos da rede pública regular ou de educação de jovens e adultos. Além das cotas raciais que estipulam percentual de reserva para negros e índios nos bancos universitários.

Fato de grande

importância porque segundo o Censo Escolar de 2012, a absoluta maioria dos jovens freqüenta escolas públicas, sendo 84.9% matriculados na rede estadual, 1,5% nas federais e 0,9% nas municipais. O ensino privado responde por 12,7% dos estudantes matriculados no ensino fundamental e médio.

No ensino superior a realidade é diametralmente oposta. O Censo da Educação Superior do ano passado, divulgado pelo Ministério da Educação (MEC) revela que 73% dos 7.037.688 universitários brasileiros estavam matriculados nas 2.112 instituições de ensino superior privadas. No ano passado existiam 2.146 instituições de ensino superior no país, com oferta de 31.866 opções de curós. As universidades públicas eram 304. Além do ProUni, o Financiamento Estudantil (Fies), que neste ano passou a cobrar juros de 3,4% ao ano, facilita a permanência dos estudantes carentes nas instituições, além do Programa Bola Permanência que dá uma ajuda de custo de R$ 400 aos estudantes carentes em instituições públicas.

O MEC orienta os estudantes a comparecerem aos locais das provas com pelo menos meia hora de antecedência com os documentos e apetrechos necessários à realização das provas.
O Enem já é o maior processo seletivo do país e o segundo do mundo. No Brasil atua a favor das políticas de combate à desigualdade.

Acompanhe o passo a passo do Enem aqui.

Veja os locais das prova antecipadamente.

Marcos Aurélio Ruy, da redação

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