quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Juventude reúne milhares em apoio aos professores no Rio de Janeiro

Milhares tomam conta das ruas em solidariedade aos professores em greve
A juventude carioca tomou a cidade dia 07/10, em solidariedade aos educadores estado do Rio de Janeiro, em greve há dois meses. Em São Paulo, também houve protesto. A noite desta segunda-feira foi marcada por ter sido palco da maior manifestação realizada até o momento após as jornadas de junho. Milhares de pessoas saíram às ruas do Rio de Janeiro para apoiar o protesto dos professores estaduais e municipais, que lutam por melhores estruturas no plano de carreira e condições de trabalho.

A educação pública no Rio de Janeiro está ameaçada. Os educadores do Estado e do município estão em greve, alguns desde o dia 8/8, por melhoria de condições de trabalho, plano de carreira e melhoria de salários.

Cerca de 16 mil professores da rede municipal de ensino estão parados e exigem a negociação com a prefeitura e revogação do Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCR) aprovado no dia 02/10. De acordo com o Diretor da UNE, Igor Mayworm, os professores querem que executivo, legislativo e trabalhadores da Educação discutam um plano que realmente contemple a categoria.

“A UNE e a União Estadual dos Estudantes (UEE-RJ) tem participado ativamente a favor dos professores e repudiado a violência e intransigência do Governo do Estado através da ação da Polícia Militar”, destacou Mayworm.

A paralisação já dura semanas e as manifestações dos profissionais da educação tem causado vários embates com repressão violenta da PM fluminense.

No âmbito estadual a principal reivindicação é 20% de aumento salarial, segundo o Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro (Sepe).

A solidariedade se estendeu até São Paulo, onde centenas de manifestantes também apoiaram a luta dos profissionais da educação.

Na capital fluminense, manifestantes se confrontaram com a polícia militar e incendiaram um ônibus e o Clube Militar, ambos no centro. Bombas foram atiradas contra o prédio do Consulado dos EUA. O edifício Serrador, onde fica a sede da EBX, holding do empresário Eike Batista, teve as vidraças quebradas por pedras.

Os professores do Rio estão em greve desde o dia 8 de agosto. Há estimativas de que a greve conta com uma aderência de 81% das escolas da rede municipal.

O governo manteve a proposta de reajuste salarial de 5% acima da inflação em 2014, seguido de 6% em maio de 2015 e 7,69% até 2023.

A categoria, porém, decidiu continuar com a paralisação em assembleia no dia 4 de outubro, reivindicando que o primeiro reajuste seja efetuado até, no máximo, o início do ano que vem.

A pauta dos professores passa também pelo fim da lógica do professor polivalente e da meritocracia, o que estimula a aprovação automática.

São Paulo

No centro da capital paulista, um grupo de manifestantes se concentrou em frente ao Teatro Municipal enquanto outro, formado por educadores, se reuniu no Vão do Museu de Arte de São Paulo (MASP).

Após se encontrarem, seguiram juntos até a Secretaria Estadual de Educação. Houve confronto com a polícia e o ato foi dispersado.

Fonte: Brasil de Fato e UNE

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