Violência, salários baixos, tripla jornada de trabalho e uma série de desvantagens profissionais, as mulheres ainda precisam lutar muito pela ruptura da lógica machista na sociedade, apesar dos avanços e todas as amarras rompidas ao longo da história, os números mostram uma realidade preocupante.
Segundo aponta o estudo do Instituto de Pesquisa Econômica (IPEA), divulgado em setembro de 2013 – entre 2009 e 2011, o Brasil registrou 16,9 mil feminicídios -, especialmente em casos de agressão perpetrada por parceiros íntimos. Esse número indica uma taxa de 5,8 casos para grupo de 100 mil mulheres. A maioria das denúncias realizadas na lei Maria da Penha partem de relacionamentos não estáveis. O primeiro tapa geralmente não acontece aos 40, após anos de casamento. O primeiro tapa ocorre aos 15 anos, com o primeiro namorado. É preciso esclarecer essas meninas, informá-las sobre seus direitos legais, para que isso não volte mais a acontecer.
“Um conjunto de fatores que oprimem a mulher – estereótipos de beleza e submissão que são reproduzidos diariamente na televisão e na mídia com um todo, violência doméstica, a falta de autonomia da mulher sobre seu próprio corpo e a falta de políticas públicas para as jovens brasileiras-, são alguns deles”, avalia Maria das Neves,
diretora de jovens mulheres da UJS e organizadora do encontro.
“O capitalismo é o inimigo central das mulheres é principal obstáculo a ser superado para conquistarmos nossa plena emancipação. Emancipar as mulheres é construir o socialismo. É e está será a tônica do evento que espera reunir mais de 500 jovens feministas que atuam nas diversas frentes da UJS”, completa Maria.
A participação feminina é fator decisivo para impulsionar as transformações necessárias para que esse país continue a se desenvolver com igualdade. As mulheres são minoria na política nacional. Hoje, das 5565 Câmaras Municipais, apenas 56 são presididas por mulheres. Representa apenas 1%. Em contra partida, as mulheres representam 51% da população nacional, e são maioria nas escolas e universidades no Brasil.
A União da Juventude Socialista (UJS) dirige as principais entidades estudantis do país: UNE (União Nacional dos Estudantes), UBES (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas) e ANPG (Associação Nacional de Pós- Graduandos). No último congresso da UJS aprovou 50% da direção nas mãos das mulheres, e isso é um caminho sem volta.
Faça sua inscrição e envie o Formulário para ujsfeminista@gmail.com
Leia o documento base do encontro Emancipar as mulheres, construir o socialismo!
As mulheres nas ruas conquistam vitorias!
Natália Padalko, da redação
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