segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Seminário: Mesa debate transição democrática inconclusa no Brasil

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Aconteceu hoje (26) pela manhã a mesa “Das reformas de base às reformas democráticas – A transição inconclusa da democracia no Brasil” que contou com a participação de Aldo Arantes e Julio Velloso, membros do Comitê Central do PC do B e Paulo Abrão, Secretário nacional de Justiça.
O debate teve início com Julio Velloso que falou sobre a importância de não aceitarmos passivamente a idéia de que é uma característica brasileira que os processos de rupturas democráticas sejam inconclusos. Citando o governo de João Goulart chamou atenção para quando o governo se afasta mais das elites e se torna mais representativo passando a ter mais apoio das massas.
Julio citou exemplos como Equador, Venezuela e Bolívia que tiveram mudanças muito importantes para os movimentos sociais e que só puderam se tornar realidade pela vontade de mudanças do governo e dos movimentos sociais unidos. Com isso, segundo o dirigente comunista, esses países tiveram grandes conquistas para o povo e assim. Para ele temos condições de conquistarmos tais mudanças também no Brasil e citou a questão da correlação de forças citando Lênin: “A essência da política é a correlação de forças”.
Abrão abordou a conjuntura do governo vigente e também demonstrou preocupação com as correlações de forças, sobre as manifestações de junho citou de forma mais informal que “Depois que os coxinhas saem das ruas, ficam os que fazem a luta propondo política”.
Aldo Arantes deu continuidade ao debate de forma profunda, afirmou que a reforma política seria o pilar para a execução de todas as outras reformas citando educação, reforma agrária entre outras, na seqüência ressaltou os projetos de reforma política propostos pelas bancadas partidárias que na atualidade compõe o parlamento brasileiro, colocando que só existem duas maneiras de fazermos as reformas, “uma é a reforma política e a segunda é a revolução, mas se não for com revolução tem que ser com financiamento público de campanha”.
Arantes reforçou também a importância das entidades de lutas populares UNE,UBES,ANPG, MST, no convencimento do povo brasileiro de que o centro político se mobiliza de acordo com a pressão popular pautando as exigências das massas, por exemplo o passe-livre. Finalizou afirmando que a UJS, a UNE e a UBES precisam estar nas ruas como sempre estiveram mostrando a revolução e conquistando ideologicamente, pois se trata de uma luta ideológica para conquistarmos “as mentes e corações do povo brasileiro”.
Por Yan França, secretário de comunicação da UJS de Petrópolis-RJ e Daiany Macedo, Diretora executiva da UBES.

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