terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Seminário: UJS discute Copa do Mundo e os onze anos de governos progressistas

mesa manhã
O terceiro dia do Seminário Preparatório para o 17º Congresso Nacional da UJS foi aberto com o debate sobre o tema “11 anos de governos democráticos: por mais democracia e desenvolvimento”, que contou com a presença do ministro dos Esportes, Aldo Rebelo, e do presidente do Instituto Lula, Luiz Dulci.

Uma das maiores conquistas desse período – a realização da Copa do Mundo de 2014 no Brasil – também foi bastante discutida. Aldo lembrou o papel que o futebol brasileiro cumpre no mundo (vale lembrar que mais países compõem a FIFA do que a ONU). Segundo o ministro “O Brasil ajudou a tornar o futebol mais popular e não mais um esporte anglo-saxão sem repercussão mundial”.



De acordo com Aldo Rebelo, “a Copa de 2014 trouxe benefícios importantes, antecipando obras de mobilidade urbana que poderiam demorar 30 ou 40 anos para serem realizadas”, sem contar com os efeitos positivos para a economia do país através da geração de 3,6 milhões de empregos e um crescimento de 0,7% do PIB como consequência da Copa. Sobre o debate em torno dos investimentos realizados com o esporte no Brasil, incluindo os gastos do Estado com a Copa, Rebelo afirmou: “O orçamento do esporte não chega a 1% de saúde e educação mesmo com investimento que temos feito, como 5 mil quadras e 285 centros de iniciação ao esporte”.

Luiz Dulci, que ocupou a secretaria geral da presidência durante o governo Lula, apontou para os avanços promovidos na última década com a ampliação de direitos sociais, a redução da miséria, ampliação do acesso ao emprego e mais investimentos em educação (o orçamento da área saltou de R$ 22 bilhões em 2002 para R$ 106 bilhões em 2012).

Para Dulci, programas sociais como o Bolsa Família cumprem um papel importante na luta pela redução das desigualdades: “o direito de não morrer de fome é o primeiro dos direitos humanos”, afirmou. O programa “Mais Médicos”, lançado pelo governo federal após as Jornadas de Junho, proporcionará uma ampliação do atendimento básico de saúde, inicialmente com a preferência para médicos brasileiros e posteriormente com a vinda de estrangeiros – especialmente de Cuba – para o Brasil.

Uma das áreas que mais registrou avanços na última década foi a política externa, frequentemente atacada pelos setores conservadores que se opõem à aproximação do Brasil com as demais nações latino-americanas, em detrimento do tratamento prioritário dado aos EUA e Europa até então. O desafio agora, para Luiz Dulci, é o de aprofundar as mudanças com a realização de reformas estruturais: “é imprescindível fazer uma reforma política que resgate a democracia participativa e avance nos instrumentos da democracia participativa”.

Por Yan França, secretário de comunicação da UJS em Petrópolis (RJ); Caio Botelho, diretor de formação da UJS na Bahia; e Thiago Cassis, editor do Portal da UJS.

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