Toque de recolher em Petrópolis!
Não basta ser pobre, tem que ser reprimido pelo Estado e impedido de se reunir socialmente. O evento espontâneo que ocorre na rua da feira, conhecido por alguns como rolezinho de Petrópolis, já antes criticado por reunir muitos jovens no mesmo local (!), agora é caso de polícia. Após denúncias de que menores estavam bebendo no local, em um espaço público, uma ação foi desencadeada. A operação com o fim de dar cabo ao evento semanal pode obrigar bares das redondezas a fecharem as 20:00h em plena sexta-feira, lembrando claramente ações repressoras da PM no gramado do CDC (Centro de Cultura), bem como atitudes jornalísticas com o intuito de incriminar os participantes das rodas culturais do CDC.
Dessa forma, e mais uma vez em nossa cidade, fica claro que o espaço, mesmo sendo público, só é acessível a quem tem poder aquisitivo suficiente. Quem faz seu próprio evento, com os seus próprios recursos e meios de diversão e entretenimento não tem direito a cidade, infelizmente. A UJS é contra toda e qualquer forma de perseguição aos jovens, aos negros, aos pobres e a qualquer movimento popular e dá todo apoio a luta de mais espaços pela juventude e pelos moradores das periferias de Petrópolis. Meu baile funk é no morro, é na rua é em qualquer lugar. Desce o morro que eu quero sambar! A Final, essa cidade é pra quem?
Matéria no Site da Prefeitura:
Após denúncias, Prefeitura, Juizado da Infância e Juventude e a PM intensificam fiscalização nas ruas Paulo Barbosa e Souza Franco
Por: Matheus Teixeira, estudante de História da UCP
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