terça-feira, 28 de junho de 2011

Igor Mayworm é eleito presidente da UEE-RJ


O estudante de História Igor Mayworm, da UJS, foi eleito no dia 26 para a presidência da União Estadual dos Estudantes do Rio de Janeiro (UEE-RJ). O 16º congresso da entidade começou no dia 23, em Volta Redonda, e reuniu cerca de 500 universitários.

A chapa Movimento Estudantil Unificado para Desenvolver o Rio de Janeiro, que reuniu UJS, CNB, DS, Mudança, PDT e PSB, recebeu 238 votos. Outras três chapas foram apresentadas: Levante, vamos à luta, do PSOL, que teve 19 votos; UEE para lutar, do PCR e Refazendo, com 17 votos; e a quarta – Chapa de Aço – não teve nenhum voto.

Para Flávia Calé, que deixou a presidência da UEE-RJ, “o congresso foi vitorioso pela qualidade dos debates, pelo êxito na infra-estrutura montada para receber os estudantes e, principalmente, por contar com diversas forças políticas que atuam no movimento estudantil”. Segundo Flávia, isso fortalece a entidade e mostra sua amplitude, elevando o papel da UEE-RJ e sua atuação entre os estudantes universitários.

Segundo o novo presidente, Igor Mayworm, o grande congresso coroou uma gestão vitoriosa, que conquistou a meia-passagem para os universitários bolsistas do ProUni e do sistema de cotas das universidades públicas na cidade do Rio e a reserva da vagas na UFRJ.

“Os estudantes viram que quando a gente se organiza e luta é possível conquistar e é isso que faremos nesta nova gestão”, declara Igor, que pretende buscar a aprovação da meia passagem em todo o Estado do Rio: “O alto valor das passagens é o grande empecilho para a continuidade do estudante na universidade, principalmente para os que moram no Interior e outras regiões”.

Segundo Mayworm, “o objetivo também é fazer com que as universidades públicas do Rio de Janeiro também cresçam e se interiorizem. Para isso, diz que é fundamental a aplicação de 6% do orçamento para as universidades estaduais – UERJ, UENF e UEZO – como determina a Constituição estadual, mas seguidamente desrespeitada pelos governos”.

“No próximo biênio, teremos também os desafios de realizar o primeiro encontro de Cotistas e Prounistas e a III Bienal de Arte, Ciência e Cultura da UEE-RJ. Para aprovar toda essa pauta e preparar a nossa entidade, vamos realizar já na volta do congresso da UNE um encontro com toda a direção da UEE, convocando ainda os DCEs e DAs para que também opinem e tragam sua contribuição. Sem dúvida, dessa forma, vamos fazer uma UEE ainda mais forte e garantir mais conquistas para os estudantes do Rio de Janeiro”, finaliza Mayworm.

terça-feira, 14 de junho de 2011

Entrevista com Igor Mayworm Petropolitano, candidato à presidência da UEE-RJ


Confira as propostas do representante do movimento "Transformar o Sonho em Realidade" no RJ.


Dando continuidade à série de entrevistas feitas com importantes lideranças do movimento estudantil brasileiro, o Blog Fatos Sociais conversa com o candidato à presidência da UEE-RJ, Igor Mayworm. Estudante de história da Universidade Gama Filho, Mayworm acaba de ser anunciado como candidato pela chapa “Transformar o Sonho em Realidade”.

Nesse bate papo, Igor mostra como conheceu o movimento estudantil e quais são as perspectivas para a próxima gestão da UEE-RJ. Sobre o governo Dilma, avisa: “Não há outra receita senão muitas manifestações e mobilizações”.

Confira abaixo a entrevista com Igor Mayworm:

Igor, no último domingo o movimento Transformar o Sonho em Realidade, dirigido pela União da Juventude Socialista, lhe delegou a responsabilidade de ser o candidato à presidência da próxima gestão da UEE-RJ. Como você começou a militar no movimento estudantil e como encara esta nova tarefa?

Comecei a militar no movimento estudantil secundarista, tinha apenas 14 anos de idade, cursava a última série do ensino fundamental na antiga Escola Municipal Alto da Serra, no município de Petrópolis. Certo dia os militantes da UJS Guilherme Barcelos e Luciana Bastos Dias foram na minha escola, através da APE (Associação Petropolitana de Estudantes), para organizar o grêmio estudantil. Após participar da chapa "Revolução" que venceu a eleição do grêmio, me filiei à gloriosa União da Juventude Socialista, entidade que tenho muito orgulho ser militante!

Encaro a nova tarefa como o maior desafio que já me foi delegado. Substituir Daniel Iliesco, Rodrigo Lua, Alexandre Costa, Alan Frick e tantos outros que presidiram essa importante entidade não será tarefa simples. Principalmente em se tratando de uma entidade que acabou de obter uma das mais importantes vitórias de sua história, que é a aprovação da meia passagem para cotistas e prounistas na capital do Rio de Janeiro. Isto responsabiliza a próxima gestão a conquistar vitórias ainda maiores.

A UEE-RJ conquistou no último mês o direito a meia passagem para os estudantes universitários da cidade do Rio de Janeiro. Como está esta questão?

A luta pela meia passagem é antiga na década de 80 os estudantes já levantavam esta bandeira. Após o 15º.Congresso da UEE RJ, enviamos um projeto de lei da UEE-RJ e da UNE à câmara municipal de vereadores, com a finalidade de beneficiar todos os estudantes universitários do Rio de Janeiro com a meia passagem. Porém, infelizmente este PL foi arquivado com o pretexto de não ter fonte de custeio. Então fomos a luta pela fonte de custeio e após muita pressão o prefeito enviou um projeto de lei para a câmara de vereadores com subsídio para a meia passagem, de cotistas e prounistas. Este PL foi a votação no dia 23/05/2011 quando a UEE-RJ junto com a UNE, UEES-RJ, UBES e AMES foram com mais de 3 mil estudantes as ruas do centro do Rio, ocuparam a câmara de vereadores e exigiram a aprovação da meia passagem.

Esta lei já foi sancionada pelo prefeito, mas ainda falta regulamentar. Os estudantes precisam ficar atentos, pois exigiremos a regulamentação já para o início do 2° semestre ou faremos novas manifestações. A luta não pode parar!

E, em sua opinião, quais são os desafios da UEE-RJ para o próximo período?

No próximo biênio a UEE-RJ tem grandes desafios, penso que merece maior destaque os seguintes: conquistar a meia passagem para universitários em todo o estado do Rio; e intensificar a luta pela ampliação do direito a todos os universitários. A realização de um Encontro de Cotistas e Prounistas e a III Bienal de Arte, Ciência e Cultura da UEE-RJ devem ser os grande feitos da gestão.

No Rio de Janeiro a constituição estadual garante 6% da previsão orçamentária para a UERJ. Mas o governador nunca respeitou esta previsão legal. Como a UEE-RJ enfrentará este problema?

Na verdade o previsto na constituição do estado é 6% do orçamento destinado as universidades estaduais. O Sérgio Cabral não é o primeiro governador a não respeitar a constituição. Este desafio exige muita unidade do movimento estudantil e social do Rio de Janeiro, pois sem unidade e pressão popular não há governador que irá respeitar a constituição. Portanto a UEE-RJ buscará a unidade necessária para a conquista dos 6% para UERJ, UENF e UEZO.

Uma das principais bandeiras do movimento estudantil é o aumento do investimento público em educação para 10% do PIB. A presidenta Dilma Rousseff afirmou recentemente que esta meta não passará de 7% antes de 2020. Como o movimento estudantil atuará para garantir os 10% ?

No mês de Julho será aprovado o PNE (Plano Nacional de Educação), ele vai deliberar sobre a educação brasileira pela próxima década. O desafio é aprovar no congresso nacional os 10% do PIB para a educação, esta será a primeira luta da gestão. Depois é mobilizar os estudantes para pressionar nossa presidenta a implementar o plano aprovado. Não há outra receita senão muitas manifestações e mobilizações das mais variadas espécies, só assim os estudantes conseguem vitórias.

Para além das questão relacionadas à educação, como você observa este início de governo Dilma?

Nos 5 primeiros meses, sem dúvidas, o governo Dilma deixou muito a desejar. Quando milhões de brasileiras e brasileiros elegeram Dilma não foi para cortar 50 Bilhões de investimentos e aumentar juros, essa foi a receita de Serra, derrotada nas urnas por nosso povo. Espero ver o quanto antes uma agenda de avanços no Brasil, a começar por uma profunda reforma política democrática que transforme a forma de se fazer política em nosso país.

Por fim, qual mensagem você gostaria de deixar para os estudantes do Rio de Janeiro?

Unidade e combatividade! Essa é a mensagem que deixo aos estudantes do Rio de Janeiro. Temos grandes desafios pela frente, a educação em nosso estado vai de mal a pior, a universidade ainda é um espaço para poucos privilegiados, a educação básica pública é caótica e o investimento em assistência estudantil, pesquisa, extensão e iniciação científica é insuficiente. Portanto, vamos arregaçar as mangas e todos juntos, mãos à obra!

Por Theófilo Rodrigues, do blog Fatos Sociais

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Carta a população de Petropolis






S.O.S. Bombeiros
Atenção população,nos que sempre os servimos viemos agora pedir sua ajuda.
Os cidadãos sempre nos tiveram com heróis e hoje somos tratados como"vândalos e bandidos" Arriscamos nossas vidas para salvar pessoas, perdemos 10 heróis nas chuvas de Janeiro.
Agora seja você nosso herói, nos apoiando nessa causa.
Venha com nosco nesta marcha em prol dos 439 militares que foram afastados de suas famílias apenas por reivindicar melhores condições de trabalho
Juntos Somos Mais Fortes!!!!!


A UJS Petropolis se solidariza com toda luta de qualquer trabalhador sendo ele dos setores privado publico ou militar...

terça-feira, 7 de junho de 2011

Manifestações chegam a Petropolis #sosbombeiros





Oito bombeiros lotados nos quartéis de Petrópolis, Itaipava e Três Rios foram detidos durante a manifestação da categoria no Quartel Central do Rio de Janeiro, no último sábado, dia quatro. Acompanhados das esposas e filhos, mais de dois mil homens invadiram a unidade. na madrugada de sexta-feira, dia três. Durante os protestos, os manifestantes impediram que viaturas saíssem do quartel para realizar salvamentos. Sem negociação entre a categoria e o governo, homens do Batalhão de Operações Especiais (Bope) foram acionados e invadiram o quartel. Houve confusão e tumulto durante a ação, que ocasionou a prisão de 439 bombeiros.
O relações públicas do Corpo de Bombeiros de Petrópolis, capitão Ramalho, não confirmou as prisões dos oito soldados. De acordo com ele, há uma expectativa de toda a corporação para que as negociações comecem. “Estamos apreensivos com todo esse movimento. Há um clima de expectativa em todo o quartel”, ressaltou o oficial. Ainda de acordo com o capitão Ramalho, os trabalhos não foram interrompidos nos dois quartéis – Itaipava e Centro. “Estamos funcionando normalmente, com os plantões completos. A população pode ficar despreocupada com relação a isso”, frisou.
Em apoio aos homens detidos, algumas viaturas e carros particulares dos bombeiros estavam com fitas pretas amarradas nos retrovisores e antenas. O pedido de S.O.S. também foi inscrito nos vidros e em postes próximos ao quartel, na Avenida Barão do Rio Branco. Ontem pela manhã, as manifestações continuaram em frente à Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) e em várias cidades do estado. No último domingo, dia cinco, uma carreata pelo Centro Histórico chamou a atenção. “A população está nos apoiando. Nossa intenção é conseguir a libertação dos bombeiros presos”, comentou um soldado, que não quis se identificar. As manifestações da categoria tiveram início há mais de um mês. Eles reivindicam um salário de R$ 2 mil – atualmente, um soldado em início de carreira ganha em torno de R$ 950.


Manifestação pacífica no Centro

No fim da tarde de ontem, bombeiros e seus familiares fizeram uma manifestação na Praça Dom Pedro, no Centro, pedindo a libertação de oito militares presos e também a melhoria dos salários. Estavam presentes representantes do 15ºGBM (Grupamento de Bombeiros Militar), que engloba os quartéis de Petrópolis, Itaipava e Três Rios. Faixas, apitos e buzinas fizeram o barulho necessário e chamaram a atenção de todos que passavam para o ato público. Em uma das faixas estava escrito: “Nossos maridos não são criminosos e vândalos, são heróis e pai de família lutando por uma causa justa”. Alguns carros decorados também acompanhavam os manifestantes.
“Estamos apoiando o protesto, pois há muitas famílias com seus respectivos chefes presos. São pessoas que dependem deles. E não acontece só com os homens, tem bombeira detida também. Meu marido não está preso, mas poderia ser um deles. Por isso que apoio, nós todos sentimos por aqueles que ficaram detidos e lutam por justiça. Tenho quatro filhos e penso como eu ficaria nessa condição”, declarou Zuleika Magrani, esposa de bombeiro.
Um bombeiro que preferiu não se identificar também comentou a situação. Ele disse que o protesto de Petrópolis faz parte de uma movimentação em todo o Estado do Rio de Janeiro, em todos os quarteis. “A concentração de maior impacto mesmo é no Rio de Janeiro, mas a adesão é geral. Queremos que o piso chegue a R$ 2 mil ainda neste ano, para todos os 17 mil bombeiros. Quem chega hoje à corporação ganha R$ 950”, afirmou o bombeiro.
O mesmo militar reclamou ainda que eles não recebem vale-transporte. “Nós dependemos da gratuidade e boa vontade dos motoristas, pois não contamos com uma regulamentação própria para isso. Já aconteceu de alguns bombeiros que moram no Rio ficarem barrados no ônibus intermunicipal. Isso também precisa ser visto”, declarou ele. A manifestação deve ser repetida até que o governo estadual libere todos os presos e as reivindicações sejam atendidas.
FONTE: Tribuna de petropolis
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