sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Cuba: Movimento pela Paz condena bases militares estrangeiras

Nesta quinta-feira (19), o Movimento Cubano pela Paz analisou e repudiou o papel que exercem as bases militares estrangeiras, principalmente as estadunidenses, sob o pretexto da luta contra o terrorismo e o narcotráfico. Durante uma oficina oferecida na sede do grupo, em Havana, os ativistas condenaram a ingerência das grandes potências contra a soberania dos povos.
The Guardian
Guantânamo  - protesto
 Protestos contra a prisão de Guantânamo são frequentes, como os realizados por organizações internacionais de direitos humanos (na foto, manifestantes da organização Anistia Internacional)
Neste sentido, Doris Quintana, membro do secretariado do movimento, denunciou os vícios jurídicos e as violações do direito internacional por parte dos Estados Unidos sobre o território ocupado pela Base Naval da Baía de Guantânamo.

Segundo ela, nesta base – a maior da América Latina, com 910 militares norte-americanos – “se comete o desrespeito aos direitos humanos, como a tortura dos presos”. A mesma denúncia já foi feita diversas vezes por organizações humanitárias internacionais. O próprio Comitê Antitortura da Organização das Nações Unidas (ONU) conclamou os Estados Unidos a fechar seu campo de detenção em Guantânamo, bem como todas as prisões mantidas pela CIA ao redor do mundo, e a parar de utilizar o que chamou de "métodos cruéis e técnicas de interrogatório degradantes".

Doris explicou que a estação naval foi imposta em Guantânamo mediante a alegação de um apêndice introduzido na Carta Constitucional de Cuba. A chamada Emenda Platt foi um dispositivo que autorizava os Estados Unidos a intervir naquele país a qualquer momento em que interesses recíprocos de ambos os países fossem ameaçados.

A ativista disse ainda que “sob o falso pacto de arrendamento in
finito, a administração norte-americana deposita milhares de dólares anuais em um banco”, soma que o governo cubano não cobra por não reconhecer esse acordo.

Por sua vez, Manuel Carbonel, funcionário do Ministério de Relações Exteriores de Cuba, ressaltou que o instrumento principal da política exterior da nação norte-americana, sempre foi o uso de suas forças militares. Segundo ele, “o único objetivo dos EUA é a hegemonia e a ingerência”.

O encontro sublinhou a ameaça de instalações militares para os povos do mundo, pela sua multiplicidade e modernização tecnológica, além de sua rede bélica capitaneada, na maioria dos casos, pelos Estados Unidos.

Da redação do Vermelho,
Com informações da Prensa Latina

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