terça-feira, 1 de outubro de 2013

Nota: Dia latino-americano e caribenho pela legalização do aborto




A União da Juventude Socialista convoca a população brasileira e o poder público a fazer o debate sobre a legalização do aborto. No Brasil a cada ano, de acordo com o Ministério da Saúde, ocorrem mais de 1 milhão de abortos provocados. O aborto inseguro é a terceira maior causa de mortalidade materna. A curetagem pós-parto induzido de risco é o segundo procedimento mais realizado pelo SUS em obstetrícia. 42% das mulheres fizeram seu primeiro aborto entre 18 e 29 anos, 53% dessas mulheres tinham baixa escolaridade e baixos salários. Os dados estatísticos são alarmantes e não negam: O aborto inseguro é uma questão de saúde publica!

Confirme sua participação nas manifestações pela legalização do aborto


Queremos debater a vida! A vida das mulheres, negras e pobres que morrem nas mãos de açougueiros em clinicas clandestinas, vitima da negligencia do estado, consequência da falta de políticas públicas universais de planejamento familiar e acesso a métodos contraceptivos.

Na América Latina 7 países ainda criminalizam e penalizam totalmente o aborto: Chile, Nicarágua, Honduras, Haiti, El Salvador, Suriname e República Dominicana. Uma América Latina soberana e desenvolvida não pode criminalizar suas mulheres. O Estado deve garantir para mulheres acesso universal aos serviços públicos, planejamento familiar, métodos contraceptivos, pré-natal, parto, creche e educação sexual.
UJS-Feminista faz ato em frente a Embaixada Chilena pela legalização do aborto

No Brasil, com o crescimento de setores religiosos no congresso nacional, pautas reacionárias quanto ao direito sexual e reprodutivo das mulheres ressurgem na sociedade, como o Estatuto Nascituro, emendas à Reforma do Código Penal que visam criminalizar ainda mais o aborto.

Precisamos resgatar a laicidade do Estado brasileiro. A questão do aborto precisa sair dos juízos morais e religiosos e ser encarada como tema central de saúde pública. O aborto seguro

garantido pelo Estado evita mortes e seqüelas, reduzindo as altas taxas nacionais e mundiais de morte materna.

Consolidar a democracia brasileira e assegurar as mulheres mais direitos, incluindo o direito básico a seu próprio corpo, direito a tomar suas próprias decisões, direito a questionar. A maternidade é o destino natural das mulheres, ser mãe é uma decisão coletiva.

Somente a massiva participação política das mulheres poderá aprofundar a democracia. As mulheres são metade da população brasileira, não podem ficar apartadas das tomadas de decisões no país. Uma reforma política com financiamento publico de campanha, com lista fechada e alternância de gênero e fundamental para que as mulheres conquistem mais direitos. Mais mulheres, menos Felicianos no poder!

O Estatuto Nascituro e retrocessos na legislação sobre aborto não passarão. Nenhum direito a menos. Estaremos nas ruas, escolas e universidades pela liberdade dos nossos corpos, pela liberdade de amar e mudar as coisas.

UJS Feminista

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