domingo, 26 de abril de 2015

G de Globo, G de Golpe!

Rede Globo, a líder de audiência brasileira que apoiou a ditadura. Para falar sobre o suporte que a poderosa emissora de TV carioca presta ao imperialismo, não precisamos remontar aos anos ditatoriais e a todo apoio recebido pelo veículo por parte do grupo norte-americano Time-Warner, o vínculo contratual entre a empresa e Roberto Marinho era inclusive proibido pela Constituição Brasileira, e todos os editoriais elogiosos aos militares e seus “feitos” durante um dos períodos mais sombrios de nossa história.

Vamos avançar ao período da reabertura, campanha pelas “Diretas Já”, ano de 1984. Em um dos maiores comícios da campanha a favor da redemocratização do Brasil, na cidade de São Paulo, em uma data que coincidiu com o aniversário da capital paulista, o noticiário dominical da emissora, o Fantástico, ignorou o fato de milhões estarem nas ruas lutando pela democracia, e afirmou, manipulando de forma vergonhosa a verdade, que as pessoas estavam reunidas apenas para celebrar mais um ano da capital.

Já em 1989, nas eleições para presidente do país, que ocorreram mesmo sem a emissora apoiar o movimento “Diretas Já”, mais uma avalanche de manipulações. Editorais tendenciosos em seus telejornais, edições do debate visando fortalecer Collor e fazer com que Lula parecesse perdido. Até o cenário e o figurino do futuro presidente, Collor, foi planejado pelos profissionais da emissora, como um de seus diretores assumiu anos depois.

E a lista de tentativas da Rede Globo de colaborar com o imperialismo é enorme. A democracia interessa desde que seja para o lado que a emissora apoia. Mesmo as manifestações populares, como as que ocorreram em Junho de 2013, foram instrumentalizadas pela Globo, para que de alguma forma, os 20 centavos de aumento no transporte coletivo se transformassem em uma queda vertiginosa de popularidade da presidenta Dilma. Muitos não perceberam e permaneceram nas ruas.

Esse ano a Globo mais uma vez reserva espaço em sua programação para o já tradicional golpismo. Até horários de jogos de futebol foram alterados para que as manifestações contra o governo fossem exibidas ao vivo. Manifestações a favor dos direitos dos trabalhadores, assembleias de professores em greve? Nada. É como se não existissem no universo golpista da emissora.

A resposta do povo, embora ainda distante da força que precisa concentrar para enfrentarmos os monopólios midiáticos, começa a aparecer. A torcida do Santos se manifestou com veemência contra a emissora no último domingo. O motivo foi justamente a emissora ter preterido uma partida importante da equipe para dar holofotes para a manifestação contra a presidenta Dilma. Vale lembrar que a Ley de Medios, na Argentina, que democratizou os meios de comunicação por lá, só ganhou força depois de chegar nos estádios do futebol, tratemos de aproveitar a onda por aqui.

Nunca é muito relembrar, “a verdade é dura, a Rede Globo apoiou a ditadura”.

Fonte: UJS Nacional. 

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