quinta-feira, 27 de junho de 2013

É HOJE! VEM PRA RUA! #MobilizaçãoPetropolitanaII

 
 A UJS Petrópolis convoca toda sua militância para a II Mobilização Petropolitana que acontecerá nesta quinta dia 27 de junho a partir das 17 horas na Praça Dom Pedro. Consideramos extremamente importante esse segundo ato, onde toda a população estará mais um vez nas ruas pautando suas principais reivindicações. 

 A UJS reconhece a Mobilização Petropolitana como importante espaço de luta e integra de forma construtiva e atuante esse espaço, fazendo a voz do jovem e do estudante estar presente mais uma vez nas principais lutas deste país. Vale ressaltar a importância de se manter a unidade do movimento a fragmentação do mesmo interessa a poucos, por isso devemos permanecer juntos!
 
Algumas das nossas principais bandeiras de luta são os 10% do PIB pra educação pública, eleições diretas para diretores. No Transporte Público defendemos o fim da dupla função motorista/cobrador, a integração de 100% das linhas, a melhoria dos veículos e a redução da tarifa. Defendemos também a democratização dos meios de comunicação além da reforma politica.

Sou estudante, sou de luta, sou brasil. Em todas as lutas dessa gente, eu estarei presente!

VEM COM A GENTE!
 
Nossa Concentração:
HOJE A PARTIR DAS 15:30 EM FRENTE AO QUARTIER
 (EM FRENTE A LOJA DA CLARO).

sexta-feira, 21 de junho de 2013

MANIFESTO DA MOBILIZAÇÃO PETROPOLITANA



   O Brasil está mobilizado, neste momento devemos refletir sobre qual o projeto queremos de Brasil, e em particular, de Petrópolis. Essa indignação popular que está levando o povo Petropolitano/Brasileiro às ruas não pode perder a força e nem o foco, ou seja, enquanto não houver transparência pública e um diálogo produtivo entre o povo e o governo para construir uma Petrópolis/Brasil mais justo, nós continuaremos lutando por essas premissas.
   A manifestação que está ocorrendo em nosso país nos faz refletir sobre os pontos negativos da nossa sociedade, portanto, a presença de cada pessoa é fundamental para fazer a Petrópolis/Brasil que queremos e necessitamos.
   Faz-se necessário discutir alguns temas fundamentais na busca de um(a) cidade/país igualitário(a) e mais justo(a), esses pontos não podem ser pensados isoladamente pois estão todos interligados. Aqui será exposto alguns desses temas, como o caso do transporte, que foi o estopim que gerou a manifestação popular. Acreditamos que o transporte alternativo deveria ser um foco no planejamento da cidade, fortalecendo a infraestrutura. Quanto à saúde: a melhoria dos hospitais e um atendimento de qualidade é de suma importância. Não podemos pensar a saúde separada do saneamento básico, e sobretudo, a prevenção de doenças. Em relação a educação, desejamos uma reestruturação do sistema educacional  em prol de um cidadão crítico e atuante. Visando assim, ampliação das escolas técnicas e de nível superior, onde instituições educacionais ofereçam programas culturais, esportivos, dentre outros.
   O laudêmio é um imposto de uma concepção atrasada. Nossa sociedade de caráter democrático não deve sustentar a monarquia, portanto, devemos buscar a extinção do laudêmio. Outro ponto a ser salientado é construção das casas populares e lugares dignos para o redirecionamento das famílias que habitam áreas de riscos.
   Existem outros pontos à bordar na construção da cidade/país, porém esses são as primeiras reivindicações. E ainda temos que exigir do governo uma maior transparência nas contas e nos seus projetos.

VENHA EXERCER O SEU DIREITO DE CIDADÃO

                                                                                                                  O POVO


Pauta do movimento

Saúde:
1- Implementação imediata do Ponto Biométrico nos Postos de Saúde e Hospitais
2- Informação sobre 1 milhão do carnaval
3- Reabertura da urgência do Alcides Carneiro
Educação:
1- Aumento do número de cursos no CEFET e CEDERJ
2- Ensino Integral
3- Implementação do PCCS (Plano de Cargos e Salários)
4- Convocação dos concursados
5- Eleição direta para diretores(as) de escola
Transporte:
1- Construção de Ciclovias/Ciclo Rota
2- Redução imediata de R$ 0,30 centavos no preço da passagem e abertura de mesa de negociação
3- Fim do monopólio da Única
4- Reativação das linhas férreas
5- Reativação dos Inter bairros
6- Sinalização de caminhos alternativos para desafogar o trânsito
7- Pontos de aluguel de bicicleta estatais
Moradia:
1- Fim do Laudêmio
2- Transparência na verba da construção de casas populares
3- Construção de Casas Populares
4- Transformação da Casa da Morte em museu
Esporte:
1- Cobertura das quadras e campos dos bairros
Cultura:
1- Campanhas de combate à homofobia
2- Democratizar os espaços culturais
3- Criação do Parque da Juventude
4- Lei municipal de incentivo a cultura
5- Criação do Corredor Cultural
                                                                                                   Petrópolis  20/06/2013

Não é só por 15 centavos!


Não é só por 15 centavos!

O Brasil inteiro tem se mobilizado contra o aumento das tarifas do transporte público nos últimos tempos. Ato após ato, mesmo com forte repressão policial à maioria pacífica de manifestantes, a juventude, os trabalhadores e trabalhadoras de nosso país têm comparecido às ruas do Brasil inteiro.

Nessa luta em que a juventude, o movimento estudantil e a classe trabalhadora são protagonistas, cabe às manifestações o compromisso não só com a mobilização, mas também com a garantia de avanços concretos para a sociedade; o aprofundamento do debate, mostrando que o problema dos recorrentes aumentos e da forte repressão que o movimento social sofre tem raízes muito mais profundas.


Pelo direito de lutar!

O direito à manifestação, uma garantia constitucional, tem que ser garantido também pelo Estado. A violência cometida contra estudantes, trabalhadores e repórteres não reflete o mínimo vivenciado diariamente por aqueles que são colocados à margem da sociedade.

Defendemos uma atuação e formação policial atenta aos Direitos Humanos e ao direito de manifestação. Defendemos também a DESMILITARIZAÇÃO das polícias.


Pelo transporte público e acessível a todos !

Um dos maiores custos na vida de cada trabalhador ou estudante é o transporte. Temos visto nos últimos anos, recorrentes e injustificáveis aumentos em suas tarifas. Ao mesmo tempo, a melhora da qualidade não acompanhou o aumento dos preços. Tampouco o salário dos motoristas e trocadores acompanhou o aumento no lucro das concessionárias de transporte de Petrópolis. Isso porque a realidade que vivemos hoje é a de um transporte público mais compromissado com o lucro de seus empresários, do que com o direito de ir e vir da população.

Indo além, assistimos com cada vez maior frequência motoristas acumulando a dupla função de dirigir o veículo e dar o troco, em clara tentativa de maximizar os lucros das empresas de ônibus em detrimento da segurança de passageiros e pedestres. Por isso, exigimos o fim da dupla função.

Defendemos a imediata revogação do aumento e a revisão dos contratos de concessão às empresas de transporte - há claros descumprimentos no contrato, principalmente no que toca à qualidade do serviço. Defendemos também um transporte, em que a lógica do lucro não se contraponha ao direito de mobilidade!


Por uma mídia ao lado do povo!

Além de enfrentar a repressão policial, quem se mobiliza sempre se depara com a cobertura parcial da mídia, que criminaliza qualquer manifestação. Anunciados sempre como vândalos e badernistas sem causa pelos jornalões, TV e internet, as legítimas causas dos protestos sempre se perdem em função da demonização d@s manifestantes.

Não é segredo para ninguém que a grande mídia do Brasil está na mão de pequenos grupos econômicos – 7 famílias em nosso país – que têm pouco compromisso com a mudança da realidade. Esse oligopólio foi construído de mãos dadas com a Ditadura Militar e hoje, além de criminalizar a luta do povo, veda o direito à comunicação.

Por isso, defendemos e assinamos o Projeto de Lei de Iniciativa Popular da Comunicação Social que visa criar uma nova regulamentação da mídia, acabando com o oligopólio e dando voz à população e aos movimentos sociais. É preciso dar incentivos à mídia independente e questionar as frequências de TV e rádio – concessões públicas – estarem atualmente na mão de tão poucos.


Por uma  educação de qualidade!

Apesar do grande avanço da educação no nível superior não podemos comemorar da mesma forma nos níveis iniciais de ensino, hoje temos uma escola que não atende as expectativas dos estudantes, uma escola que permanece no mesmo modelo do século passado, que não evoluiu, que é "quadrada".

Por isso defendemos mais investimentos em educação e queremos IMEDIATAMENTE 10% do PIB para educação pública, eleições diretas para diretores nas escolas,  a implementação imediata de um programa municipal de assistência estudantil tanto para os bolsistas das universidades privadas locais quanto para os que estudam nas públicas da capital e queremos a criação de uma Universidade Pública em Petrópolis.


Pelo incentivo a cultura e espaços para a juventude!

O direito de acesso a cultura é legítimo de todo cidadão, inclusive a juventude. No entanto, nossa realidade é outra. Estamos sofrendo e os jovens que estão nas ruas promovendo cultura são duramente oprimidos. Por isso defendemos a criação do Corredor Cultural, defendemos a criação imediata do Parque de Juventude e defendemos a legitimidade do movimento Roda Cultural do CDC  da Nação Hip Hop. Não admitimos de forma nenhuma a conotação negativa que os movimentos culturais juvenis tem sofrido! Os jovens precisam e devem estar engajados no âmbito cultural, seja ele, no movimento hiphop, no teatro, na dança, etc.


Pela política a serviço do povo!

Os aumentos das passagens só se dão porque a classe política desse país sofre com grande pressão dos empresários dos transportes e autorizam os aumentos. Para muito além de pedir a exoneração de político X ou Y, é preciso analisar profundamente nosso sistema político e eleitoral que favorece a corrupção.

Hoje, as campanhas eleitorais dos partidos recebem quantias exorbitantes de dinheiro privado, inclusive dos empresários dos transportes. Após investir na campanha (de forma legal, vale ressaltar), o empresário cobra do político eleito favores - entre eles o aumento abusivo das tarifas, favorecimento nos contratos de concessão e omissão na fiscalização.

Por isso, defendemos e assinamos o Projeto de Lei de Iniciativa Popular Sobre a Reforma Política. Esse projeto visa a criação de um financiamento EXCLUSIVAMENTE público de campanha, para reduzir a promiscuidade entre poder público e privado, tornando a disputa partidária estritamente ideológica e acabando com financiamento privado, principal fonte da corrupção desse país.

União da Juventude Socilaista - PETRÓPOLIS

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Se liga Dilma: a mídia é o partido da oposição

 As manchetes da mídia buscam criar um clima de crise (a palavra mais proferida pela mídia, junto com a de caos), visando desgastar a imagem do governo, artificialmente, a partir de dificuldades reais. Para aumentar a dimensão do problema, o governo revela não ter uma politica de comunicações para desmentir as diárias falácias que a mídia lança.

A proximidade da campanha eleitoral aumentará a guerra no plano das comunicações. Não basta o governo governar bem. É preciso democratizar os canais de comunicação, ouvir e falar o tempo todo.

Dilma buscou uma relação de boa convivência com a mídia privada. Afirmou que preferia uma imprensa barulhenta que uma imprensa calada, como na ditadura. Fez acenos para uma convivência pacifica.

A mídia fez que aceitou, cobrando como preço o distanciamento do Lula. Quando a mídia percebeu que a ligação entre os dois é inquebrantável, retomou um clima de guerra contra ela e seu governo.

As manchetes da mídia buscam criar um clima de crise (a palavra mais proferida pela mídia, junto com a de caos), visando desgastar a imagem do governo, artificialmente, a partir de dificuldades reais. A própria Dilma faz uma resenha dessas manipulações, recordando o caos energético, como modelo de manipulação, cujas previsões se revelaram totalmente falsas.

As manipulações em torno do suposto descontrole inflacionário. Adeptos do governo que levou a inflação no Brasil à casa dos 4 dígitos, querem aparecer como os defensores da estabilidade monetária.

Buscam igualmente passar a ideia de que não temos o governo competente que se impôs pela sua eficiência, mas uma presidenta supostamente incapaz de enfrentar os problemas do Brasil.

Para aumentar a dimensão do problema, o governo revela não ter uma politica de comunicações – é a politica da não politica -, para desmentir as diárias falácias que a mídia lança contra o governo. Para transmitir a posições do governo. Para abrir os espaços indispensáveis, para que a Dilma e todo o governo, possa falar e ouvir constantemente o povo.

Toda vez que a Dilma fala, os resultados são muito positivos, confirmando que o governo tem o que dizer, faltam canais de comunicação. Além de que não se conhecem porta-vozes que estejam, constantemente, falando ao povo o que o governo tem a dizer.

A proximidade da campanha eleitoral aumentará a guerra no plano das comunicações. Não basta o governo governar bem. É preciso expandir, democratizar os canais de comunicação, ouvir e falar o tempo todo.

Se liga, Dilma! Seja um pouco mais bolada na vida real. Vai ser bom pro governo. E povo vai gostar!


Emir Sader é sociólogo e cientista social, mestre em filosofia política e doutor em ciência política pela Universidade de São Paulo (USP), na Carta Maior

Fonte: UJS

O movimento da hora presente

 Eppur si muove, mas ao contrário do movimento da Terra, que não sentimos, na frase famosa de Joaquim Nabuco, este movimento que aí está não dá para não perceber. Em cima, em baixo, nas grandes capitais, nas periferias, no coração do Brasil, lá em Belo Monte, entre os índios, os sem-teto, os sem-terra, nas corporações profissionais e entre os estudantes, de dentro dessa crosta encardida que, há anos, a tudo abafava há sinais de vida nova.

Os interesses e as ideias de cada qual são díspares, desencontrados uns dos outros, como seria de esperar numa sociedade que não mais reflete sobre si, que destituiu a política da sua dignidade e converteu os partidos políticos em instrumentos sem vida, máquinas eleitorais especializadas na reprodução política dos seus quadros.

Os acontecimentos recentes em São Paulo, no Rio de Janeiro e em outras grandes cidades – especialmente no caso paulista – somente na aparência podem ser tomados como um raio em dia de céu azul. Igualmente enganoso seria compreendê-los como um mero, embora significativo, episódio de políticas públicas de transporte urbano.

As reportagens dos meios de comunicação, em particular as da imprensa escrita, têm trazido à luz a identidade social de algumas lideranças desse movimento de ocupação popular das ruas, não poucas cursando universidades de elite, para as quais o aumento irrisório nas tarifas dos transportes não teria como explicar a reação, à primeira vista desproporcional, aos poucos centavos acrescidos a seu preço.

A memória política talvez ajude a pensar o caso em tela: no segundo ano do governo de Juscelino Kubitschek, em 1956, um movimento de estudantes durante vários dias tomou as ruas na chamada greve dos bondes, no Rio de Janeiro, então capital federal, e seu alcance foi de tal natureza que se temeu a iminência de uma crise institucional. A crise foi contornada politicamente, com o próprio presidente Kubitschek intercedendo junto ao presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), a quem recebeu em seu gabinete presidencial.

Nesse registro, o que vale notar é que aquela movimentação estudantil transcendia a sua motivação declarada, o aumento do preço das passagens, encobrindo um malaise – sintoma que não escapou das sensíveis antenas políticas do presidente – que se arrastava desde o suicídio do presidente Getúlio Vargas e a subsequente turbulenta sucessão presidencial, em meio a golpes e contragolpes de Estado.

Não há exagero em sustentar que a feliz solução daquela crise – exemplar em termos de sua orientação democrática – vai estar na raiz da afirmação dos movimentos sociais nos anos subsequentes, os chamados “anos dourados”, que viram nascer formas expressivas do moderno na cultura brasileira, como no Teatro de Arena, no Cinema Novo e na Bossa Nova, manifestações para as quais a UNE e o seu Centro Popular de Cultura desempenharam um não pequeno papel.

Foi assim que, de modo imprevisto e paradoxal, a modernização das estruturas econômicas do Brasil, desencadeada por decisões discricionárias do Poder Executivo – os “cinquenta anos em cinco” -, pôde se tornar compatível, numa sociedade dominada pelo tradicionalismo, com a emergência do moderno com as postulações que lhes são intrínsecas de autonomia da vida social.

O paralelo com a situação atual não é arbitrário: hoje, tal como nos anos 1950, vive-se um tempo de acelerada modernização promovida por indução da ação estatal, que vem revolvendo as suas estruturas sociais e ocupacionais e provocando o realinhamento, em curto espaço de tempo, da posição de classes e de estratos sociais.

Entre tantos processos dessa natureza, deve ser notada a nova configuração das chamadas classes médias, na esteira do processo de desenvolvimento capitalista do Brasil e da mobilidade social que a acompanha, inteiramente distintas, em termos de mentalidade e de inscrição no mercado, das que as antecederam.

Como inevitável, tais transformações vêm repercutindo no sentido de enriquecer as agendas de demandas sociais, como se verifica com o tema da mobilidade urbana que somente agora chega à ribalta. Contudo, esse ângulo tópico é apenas a ponta mais sensível das atuais manifestações – muitas delas mal escondendo a carga de fúria de que são portadoras – que irrompem por toda parte em diferentes cenários, não apenas urbanos.

Porém, sem dúvida, estamos longe das Praças Tahir, do Egito, e Taksim, da Turquia. Os movimentos sociais que emergem diante de nós não estão confrontados com um regime autoritário – vive-se na plenitude das liberdades civis e públicas.

Há, no entanto, um componente novo nessa movimentação social a requerer precisa identificação, a que o repertório de interpretação corrente nos últimos anos não concede acesso. A chave somente se fará disponível quando se compreender que se está diante de uma insurgência democrática em favor do reconhecimento de novas identidades sociais e de direitos de participação na vida pública, especialmente das novas gerações.

A hora da política está chegando e, com ela, a da remoção das instituições e práticas nefastas que a têm degradado, tal como nesta forma bastarda de presidencialismo de coalizão sob a qual se vive, engessando a moderna sociedade brasileira no passado e no anacronismo destes novos coronéis da vida republicana.

Há riscos na hora presente, e um dos maiores deles é o de não agir no sentido de evitar que a juventude se distancie dos valores da democracia, o que pode vir a ocorrer por intervenções desastradas dos atuais governantes. O desfecho de 2013 não pode repetir o de 1968.

* LUIZ WERNECK VIANNA É PROFESSOR PESQUISADOR DA PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO (PUC-RIO). E-MAIL:LWERNECK096@GMAIL.COM.

Fonte: UJS Nacional

domingo, 16 de junho de 2013

Estudantes do ICJ realizam Greve contra Diretora Ditadora #FORAVÂNIA





Na última sexta-feira dia 14 os alunos dos Colégio Estadual Irmã Cecília Jardim, localizado no bairro Estrada da Saudade, protagonizaram um episódio de manifestação e protestos na escola. Com vários cartazes e gritando "minha escola sem ditador quero eleger meu diretor" os estudantes se reuniram na entrada da escola. A greve realizada pelos estudantes aconteceu devido a postura ditatorial que a Diretora do colégio possui, não é de hoje que a Diretora Vânia Dias de Oliveira impede o Grêmio Estudantil da escola de realizar suas atividades além de também ameaçar professores da escola.  
 
Por diversas vezes os alunos já tentaram o diálogo, mas todas essas tentativas foram em vão. Em apoios aos estudantes a União da Juventude Socialista acompanhou de perto a manifestação junto com a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) e a União Estadual dos Estudantes do Rio de Janeiro (UEES-RJ).
 
Não é novidade alguma essa postura ditatorial adotada não só por esta diretor mais por tantos outros diretores das escolas de Petrópolis, onde impedem o aluno e o professor de participar da construção de uma escola melhor, e para construir uma nova escola do tamanho dos nosso sonhos é necessário que ela seja democrática onde possamos coletivamente modificar esse modelo ultrapasso. O estudante precisa ter uma escola democrática e livre, onde ele seja estimulado e não reprimido.

Veja o vídeo de matéria feita pela TVC da manifestação:
http://www.facebook.com/video/video.php?v=363927270396801

sábado, 8 de junho de 2013

“A UNE somos nós, a UNE é união, a UNE é nossa voz”

 
Hino da União Nacional dos Estudantes (UNE) completa 50 anos e o poeta Vinicius de Moraes, autor da letra é homenageado no 53º Congresso da UNE, por seu centenário de nascimento.

Vinicius contava com 50 anos na época. Mas sua juventude ficou marcada na letra do hino da entidade máxima dos universitários brasileiros, que em 76 anos de existência esteve presente em todas as principais lutas para melhorar a vida no país. Da campanha do “O Petróleo É Nosso” na década de 1950 à resistência à ditadura fascista implantada em 1964 sob o tacão do imperialismo estadunidense, em pela Guerra Fria.

Vinicius morreria 17 anos depois, mas a sua obra permanece e o Hino da UNE marca essa fase de sua trajetória junto às lutas para ajudar o Brasil a superar suas mazelas e construir um país novo, livre, soberano, onde valorizasse a cultura de seu povo e buscasse caminhos de erguer a tábua do saber e da ampliação dos horizontes culturais de todos. O autor da melodia, Carlos Lyra contava com 27 anos à época.

“A folha da juventude é o nome certo desse amor”, escreveriam Milton Nascimento e Wagner Tiso, anos depois da canção Coração de Estudante. A folha da resistência à opressão e da labuta diária pela construção do homem novo. Tão bem expressada no Hino da UNE, no qual música e letra se casaram tão perfeitamente que é impossível entoar sua melodia sem lembra da letra ou ler a poesia sem assobiar a canção. Você já deve estar curioso para conhecer o teor dessa poesia cantada. Segure as pontas e acompanhe a canto de Carlos Lyra ao final, lendo a letra de Vinicius.

Dois anos antes de ter seu hino, a UNE criou o Centro Popular de Cultura (CPC), criado para ajudar os brasileiros a se entenderem e superar a miséria que vingava no país. Queriam que todos tivessem “comida, diversão e arte”, como diriam anos depois os Titãs. O CPC buscava compreender o país e seu povo pra ajudar a superação da miséria e da ignorância. O movimento, assim como todas as lutas de caráter nacional, e popular, foi sufocado pelos militares. “O CPC era uma referência da década de 1960, um organismo vivo que movimentava a cultura no país e reunia intelectuais e artistas, grande parte deles engajados na luta contra o regime autoritário e repressivo e defensores do caráter coletivo na arte”, afirma Cristiane Tada.

Cinquenta anos depois, o Hino da UNE mantém sua força e atinge o âmago dessa juventude “que não corre da raia a troco de nada”, como nos diz Gonzaguinha e complementa: “Eu vou no bloco dessa mocidade/Que não tá na saudade e constrói/A manhã desejada”, na canção Acredito na Rapaziada.

Vídeo na sede da UNE, no Rio, em 2007. Carlos Lyra interpreta o hino.
 
 
HINO DA UNE (Carlos Lyra e Vinicius de Moraes)

União Nacional dos Estudantes
Mocidade brasileira
Nosso hino é nossa bandeira
De pé a jovem guarda
A classe estudantil
Sempre na vanguarda
Trabalha pelo Brasil
A nossa mensagem de coragem
É que traz um canto de esperança
Num Brasil em paz
A UNE reúne futuro e tradição
A UNE, a UNE, a UNE é união
A UNE, a UNE, a UNE somos nós
A UNE, a UNE, a UNE é nossa voz

Fonte: UJS

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Vic: “Não há projeto de nação sem investimento em Educação”

Em entrevista à Rádio Vermelho, Virgínia Barros (Vic), a nova presidenta da União Nacional dos Estudantes (UNE), eleita no 53º Congresso da entidade realizado em Goiânia, no último domingo (2), sinalizou a agenda de luta da UNE para os próximos meses e declarou que “para atingirmos o projeto de Brasil que tanto queremos é preciso que o Estado amplie os recursos para a educação”.

Em entrevista, Vic destaca que desde a sua origem, a UNE possui uma história de luta, de defesa do Brasil e do povo brasileiro e que sempre norteou suas ações no cenário político do país. “Saliento ainda que a nossa entidade reúne as mais democráticas qualidades da juventude brasileira e a nossa perspectiva é fortalecer esse posicionamento ainda mais”.

Para os desafios que virão, a presidenta disse que o objetivo da nova gestão é ampliar e aprofundar as conquistas alcançadas nos últimos dois anos. Segundo ela, essa estratégia começará pelas salas de aula, nas universidades e nas ruas do país. “Voltaremos a tomar as ruas reapresentando as nossas bandeiras. Estamos preparados para reiniciar nossa jornada de consolidação de algumas conquistas e obter outras novas”.
Vic lembrou que “a última gestão da UNE conquistou os 10% do PIB (Produto Interno Bruto) para educação pública na Câmara dos Deputados, o projeto está em tramitação no Senado Federal, e o relatório apresentado demonstra retrocessos que nós iremos combater”.

A presidenta explica que da forma como o texto está não direciona os 10% do PIB para a educação ‘pública’, mas o contrário, abre espaço para investimento público em outros setores que não nas escolas e universidades federais. “A UNE está atenta e irá atuar nesta questão”, sinalizou a dirigente.

Privatização da educação

Vic também comentou que a UNE está na luta contra o processo de privatização da educação no Brasil. “Quando afirmamos que lutamos por desenvolvimento e soberania do país é porque entre as pautas mais amplas está a luta para barrar a entrada violenta de capital estrangeiro no país”.

Ela esclareceu que hoje “existem milhões de universitários brasileiros que estudam em instituições de composição, majoritariamente, estrangeiros, que maximizar os seus lucros rebaixam substancialmente a qualidade do ensino, demitem professores com mestrado e doutorado, ampliam a participação de ensino a distancia na grade, precarizam a estrutura da instituição”.

A nova presidenta ressalta que “a UNE combate essa ação, pois entendemos que tal postura coloca a universidade brasileira em um caminho desvirtuado daquele que é o principal, que é ter uma universidade voltado para a construção de um projeto de nação”.

Jornada de Lutas

A presidenta também destacou a preparação da próxima Jornada de Lutas que será realização pelo movimento estudantil em Agosto próximo (mês dos estudantes).

Segundo ela, além da luta pela Reforma Política, da Mídia, da Lei de Anistia, a jornada irá reforçar a luta pela ampliação dos investimentos em Educação; a valorização dos profissionais da área; reforçar a luta pelo petróleo e contra os leilões, com a defesa dos 50% do fundo social do Pré-Sal e 100% dos royalties para a educação; uma política macroeconômica que esteja a serviço da Nação; entre outras lutas.

Sobre a sua atuação à frente da entidade, a nova presidenta da UNE deu o tom: “para atingirmos o projeto de Brasil que tanto queremos é preciso que o Estado amplie os recursos para a educação. Não há projeto de nação sem Educação valorizada”, acrescenta.

Fonte: Vermelho

terça-feira, 4 de junho de 2013

Vic, do Bloco na Rua, é a nova presidenta da UNE, com 68,3% dos votos

Vic, a nova presidenta da UNE para o próximo biênio
 
“A juventude está viva e pronta para continuar suas lutas”. Declarou Virginia Barros (a Vic), presidenta eleita da União Nacional dos Estudantes (UNE), durante o 53º Congresso Nacional da UNE, que ocorreu entre os dias 29 de maio e 2 de junho, na cidade de Goiânia, no estado de Goiás.

Virginia Barros, que compõe a chapa Movimento Bloco na Rua, que é encabeçado pela União da Juventude Socialista (UJS), recebeu nestas eleições 68,3% dos votos dos 3.764 delegados credenciados.

Segundo dados atualizados da direção da UNE, participaram do Congresso mais de oito mil estudantes, representando cerca de 800 municípios. A UNE destaca que esta edição do Congresso mobilizou cerca de 98% das instituições de ensino do país.

A presidenta eleita destacou ser “muito simbólico os estudantes alçarem, à presidência da UNE, uma mulher”. Ela lembra que, além dela, somente mais quatro mulheres ocuparam esse cargo, o que demonstra os desafios das mulheres na luta por maior representatividade nos espaços de poder.

E constatou: “Empoderar as mulheres nos espaços de poder, seja instituído seja nos movimentos sociais, além de ser uma demanda urgente que está dada para a sociedade, de forma que consigamos naturalizar a presença das mulheres nesses espaços”, destacou Vic.

Sobre os desafios a serem enfrentados a partir de hoje, a nova dirigente da UNE destacou que a principal bandeira da UNE será a luta pela destinação de 10% do PIB [Produto Interno Bruto], 100% dos royalties do petróleo e 50% do Fundo Social do Pré-sal para educação.

“Recebemos o bastão de uma gestão que já obteve grandes conquistas. Seguiremos no combate para ampliar essas conquistas. De modo que bandeiras como a luta contra a desnacionalização da educação, o reforço da luta pelo reforço da política de cotas, a luta pela reforma politica e dos meios de comunicação serão bandeiras que continuarão dando o tom da luta da UNE.

Daniel Iliescu reafirmou o significado de conduzir à direção da UNE mais uma mulher. “Nossa companheria (Vic) conduzirá com grande êxito as lutas da UNE”.

Ao passar o bastão para a nova presidenta, Daniel falou sobre a importância que a UNE ganhou nos últimos anos e destacou a pluralidade que a entidade possui. “A UNE é um se forjou como espaço fértil para as lutas políticas, a juventude tem muito a fazer e a UNE está ciente disso. A Vic liderará as nossas lutas e ampliará ainda mais a força da UNE”, pontuou.

O presidente da União da Juventude Sociaalista (UJS), André Tokarski, salientou que a UJS buscou se conectar com as lutas do movimento estudantil e o resultado alcançado nesse Congresso é resultado da luta de uma juventude conectada com as lutas e que está ciente dos desafios do nosso Brasil.

Segundo o dirigente da juventude socialista, “a militância está de parabéns. Ela se mobilizou nos 27 estados, colocou o bloco na rua, para refletir sobre as lutas da juventude e o resultado alcançado é fruto do esforço dessa militância aguerrida”.

E lembra “Junto com o Movimento Bloco na Rua, a UJS foi mais uma vez protagonistas nessa mobilização para a construção do Congresso da UNE e elegemos uma representante de todo o movimento estudantil brasileiro. A Vic ao tempo que é combativa e formuladora ela também é uma mulher que é atenciosa e que ouve a opinião dos estudantes. Tenho convicção de que por ser mulher, a nossa nova presidenta da UNE vai ampliar a representação da UNE nos rumos do debate da Educação”, disse Tokarski.

UNE 2013/2015

A nova direção é composta por 81 diretores assumem cargos na entidade, sendo que 17 participam da diretoria executiva, ocupando posições como presidência, vice-presidência, secretaria geral, diretoria de universidades públicas, diretoria de universidades particulares, diretoria de comunicação ou diretoria jurídicas militantes estudantis de várias regiões do país.

Fonte: UJS

Bloco na Rua e mais de dez mil estudantes ocupam as ruas de Goiânia



Na tarde desta sexta (31), Goiânia foi palco de um momento que ficará marcado na sua história. A cidade foi ocupada por uma passeata pacífica e organizada do movimento estudantil, cumprindo mais um evento da agenda do 53º Congresso da UNE, que começou no dia 29 e vai até dia 02 de junho, quando ocorre a votação da nova diretoria da entidade e também são definidos os novos rumos que os estudantes trilharão nos próximos dois anos.

Por hoje, os estudantes realizaram o ato fortalecendo os investimentos na educação, que compreende como principal bandeira, os 10% do PIB no setor. O Bloco na Rua, que defende não apenas essa, como também os 100% dos royalties e os 50% do fundo social do pré-sal no setor, se fez presente na passeata.

A passeata percorreu as ruas do Centro de Goiânia, que foram tomadas pelos trios e pelos estudantes, que ao todo, somaram mais de dez mil.

A quem esteve por ali pode ver que a bancada do Bloco era a maior de todos os demais, não por acaso, pois o Movimento foi o único a conseguir trazer delegados de canto a canto do país, isso mesmo! Universidades do Acre até o Rio Grande do Sul estão sendo representadas pelos delegados que foram eleitos, para participar e decidir o futuro da educação brasileira.

Além do número expressivo de delegados do Bloco, ainda contamos com a presença da representante do movimento à presidência da UNE, a estudante de Letras Virgínia Barros, que emocionada, agradecia o apoio dos estudantes e expressou sua bravura desde já ao defender a UNE.

“A UNE está prestes a completar 76 anos, e ela continua jovem. Ela é jovem porque ela é feita por nós, estudantes, que de geração em geração continuamos combativos, em defesa da educação de qualidade, do nosso país. Foi com essa combatividade que lutamos contra o nazismo, que fomos cobrar que o Petróleo é Nosso, que pintamos a cara, e derrubamos o Presidente Collorido. Foi com essa garra renovada que lavamos o Banco Central para pedir a redução dos Juros e ocupamos Brasília, pedindo pelos 10% do PIB na educação. Agora nossa luta continua, e cada vez estará mais forte, e isso se dá através desta união de todos nós”, esbravejou Vic.

A jovem foi saudada por todo o Bloco na Rua, que através de palavras de ordem e canções, entoavam o nome da nova líder, como a candidata mais preparada para ocupar a cadeira da UNE e brigar pelos direitos dos estudantes.

Além do glomerado de estudantes do Bloco, a passeata contou ainda com muitos outros movimentos estudantis, que assim como o Bloco, defendiam suas propostas. Segundo a polícia militar, a expectativa era que mais de 10 mil pessoas realizaram o percusso.

Fonte: UJS
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